Capítulo 21: O antídoto milagroso

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Violet correu desenfreada até conseguir se esconder atrás de um dos ginásios aleatórios do campus. Assim que teve certeza que nenhuma câmera ou segurança à pudesse ver, Violet se sentou em cima da cama e, com os dedos imensamente trêmulos, abriu sua bolsa para ver como estava a situação lá dentro.

A ampola de fato havia se quebrado, mas por algum tipo de sorte bizarra o antídoto amarelado sujou apenas o pano que o envolvia, ficando exclusivamente impregnado nele e nem sequer molhando o resto dos objetos dentro da bolsa. Violet sorriu quase aliviada diante daquela constatação, já que poderia pegar daquele tecido encharcado um pouco do antídoto com o conta-gotas.

Contudo, agora ela teria uma situação bem tensa pela frente. Violet não sabia se duas gotas seriam suficientes para a enorme quantidade de veneno que ela provavelmente havia ingerido com aqueles cookies de sabor comum. Karina não havia mencionado isso em suas observações sobre o antídoto. E Violet não tinha tempo para perguntar a ela nem por mensagem. E o pior é que Violet não tinha nem tempo para pensar sobre isso, já que haviam se passado alguns minutos desde que ela havia ingerido o veneno e seu prazo de 10 minutos estava perigosamente próximo.

Como Violet era do tipo prática, ela resolveu que só tomaria duas gotas mesmo, afinal essa foi a recomendação de Karina...

Violet controlou sua respiração e forçou suas mãos a ficarem firmes para poder retirar as gotas que precisava da toalha úmida. Foi meio difícil fazer isso, mas logo ela conseguiu encher o pequeno conta-gotas com o líquido amarelado e o colocou próximo a boca. Violet teve que usar ainda mais de seu autocontrole para pingar apenas duas míseras gotas em sua boca...

Por sorte ela conseguiu fazer isso (ou pelo menos acreditava que tinha, já que estava um pouco escuro demais para se ver com clareza) e logo jogou a toalha juntamente com o conta-gotas para longe de si, bem no meio da mata. Suas mãos voltaram a tremer tão incontrolavelmente que pareciam sofrer de mal de Parkinson. Violet respirava tão pesadamente por causa de seu medo de morrer que chegava a lhe faltar ar.

- Calma, calma, calma! Eu vou sobreviver a isso! Vou sobreviver... – Violet se tranquilizou passando as mãos nos cabelos e tentando se levantar dali para ir ao seu dormitório. Ela nem mesmo se importou em dar um jeito de se livrar mais apropriadamente do pano com o antídoto, o abandonando ali sem a menor preocupação.

A única coisa que Violet queria fazer agora era para seu quarto tomar o banho mais longo de sua vida, para ver se se recuperava daquele dia terrível.

Violet sabia que, se as previsões de Karina estivessem certas (e provavelmente estavam) as próximas 8 horas eram cruciais para saber se viveria ou morreria. Por causa disso, Violet não tinha certeza se conseguiria dormir naquela noite mesmo que sobrevivesse...

Durante todo o caminho rumo a seu dormitório, qualquer dor que sentia em sua barriga, mesmo que fosse só de fome (afinal aqueles cookies não eram tantos assim), faziam com que seu coração desse um salto do peito.

Demorou cerca de 20 minutos para ela chegar a seu dormitório.

Quando passou pela porta, Violet deu de cara com Dianna, Zuri, Freya e Felicity conversando entre si, sentadas em cima da cama de Dianna. Pelo visto o teor da conversa era meio sério já que todas tinham expressões focadas e graves enquanto Dianna falava:

- Então basicamente eu só fiquei decepcionada com todos eles como um todo, foi por isso que saí do Conselho Estudantil meninas. Violet não tem nada a ver com isso e... Violet? – Dianna se distraiu de sua explicação para suas amigas do motivo de ter saído do Conselho assim que avistou Violet passando pela porta – Minha nossa, Violet! O que houve com você? – Dianna se levantou apressadamente assim que viu a cara de Violet e correu para agarrar os ombros dela – Você está gelada...

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