Olá, minhas crianças

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-Quer ir agora? - ela perguntou para Rhysand quando Stephan se posicionou ao seu lado.

-Acha que conseguimos chegar à montanha? - ele perguntou, vendo que mais soldados inimigos apareciam. Raios começaram a sair do corpo de Stephan enquanto ele sorria.

-Fique no meio, Grão-Senhor - ele respondeu - Espero que consiga acompanhar a velocidade de Victoria - brincou e Victoria sorriu, seus olhos tornaram-se vermelhos.

-Nos vemos logo - ela prometeu e uma aura vermelha envolveu seu corpo, e os três começaram a correr em direção a montanha.

[...]

Está tudo certo?

Sim, Cass. Topamos com alguns soldados, mas já estamos quase no meio da montanha.

Tome cuidado.

Você também. Não vou me meter na frente da magia do Caldeirão todas as vezes.

-Voltando pra terra - Victoria sacudiu a cabeça quando Stephan estalou os dedos no seu rosto.

-Era Cassian? - Rhysand perguntou e ela assentiu.

-O ar aqui está ficando mais denso - ela comentou, seus olhos viajando até o topo da montanha.

-Por isso que fomos escolhidos para subir - Stephan respondeu.

-O Caldeirão parece estar mais poderoso desde a última vez - Rhysand comentou pensativo.

-É porque está - uma voz feminina disse e os três se viraram - Olá, minhas crianças - Zira sorriu felina encarando Victoria e Stephan - Quanto tempo.

-Chegue ao Caldeirão - Rhysand sussurrou para Victoria - Nós cuidamos dela.

-Eu... - ela começou, mas ele a interrompeu.

-Você é a mais rápida de nós - ele respondeu e ela assentiu, antes de retomar sua corrida.

Ela chegou ao topo da montanha e seu corpo quis se curvar quando ela encarou o Caldeirão. Sua magia se agitou, assim como seu espírito animal, conforme ela se aproximava do artefato.

-Magnífico, não é? - uma voz masculina disse atrás de si e ela se virou, vendo um feérico. Ele tinha uma alma e energia antigas, mas tinha uma aparência que não condizia com a sensação que Victoria sentia - Assim como você - ele acrescentou, farejando o ar.

-Quem é você? - ela perguntou, seus dedos brilhando com sua magia vermelha.

-Vocês me chamam de Koschei - o féerico respondeu - Mas não estamos aqui para falar de mim, e sim sobre o que você vai fazer por mim.

-Acho que não estamos falando a mesma língua - ela respondeu e viu a Coroa surgir na mão dele.

-Você pode me entregar o Arco, que sei que está com você, ou pode ser a responsável por destruir todo o exército de vocês - ele ameaçou, e a Coroa brilhou em suas mãos.

Victoria estudou todas as suas opções, que não eram muitas. O veneno ainda estava em seu sistema, e ela não sabia se seus escudos poderiam segurar o poder da Coroa, e entregar o Arco nunca seria uma opção.

Então, seus olhos prenderam-se nas águas turvas do Caldeirão. Poderia ser suícidio, mas também poderia ser a única chance deles.

Ela lançou uma esfera de magia contra Koschei que foi pego de surpresa e voou contra a parede. Ela ignorou todos os sons da batalha ao seu redor e correu na direção do artefato.

A última coisa que ela se lembra antes de mergulhar no Caldeirão foi de Cassian gritando seu nome.

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Continua...

O Senhor da Guerra não gosta de criançasOnde histórias criam vida. Descubra agora