Capítulo Vinte e Cinco

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Aidan Denver

Andava pelo campus em busca de Kalleb, essa rixa ridícula que ele tinha comigo ia acabar hoje. Na outra vez, eu não consegui ajudar Daphne, porque ela e a família não tinham condições de bater de frente com ele e nem ela nem sua família aceitaram minha ajuda financeira, quando a situação estourou, ela só pediu transferência para outra Universidade, mas dessa vez as coisas não ficariam por isso mesmo.

Kalleb está muito enganado se pensa que pode mexer com a minha mulher e sair impune. Ver o seu rosto tenso e a marca vermelha de sua mão em seu braço, me enfureceu, o calor da raiva ainda queimava por dentro, meus músculos doíam pela pressão e adrenalina que corria dentro de mim. O celular no meu bolso vibra incansavelmente, porém não o pego e nem penso em atender, Ryen vai querer fazer tudo pelos meios legais, pedir medida protetiva e tudo, porém filhos da puta como Kalleb só aprendem do pior jeito e não é como se uma medida protetiva ou de restrição adiantasse muita coisa.

O vejo andando sozinho, indo em direção do centro de treinamento da Universidade, acelero o passo, ele não percebe minha aproximação, talvez pense que Ryen irá fazer igual Daphne e se esconder ou esconder o seu assédio por medo, o que ele não imaginava era que eu iria aparecer a tempo de ver seu machucado e conhecendo Ryen, ela também não esconderia.

O alcanço quando ele está entrando no centro de treinamento, agarro sua camiseta por trás e o empurro na parede, ele se desequilibra e bate o rosto no concreto. Quando Kalleb se vira para ver quem o empurrou, posso ver o sangue escorrendo pelo nariz.

— Que porra, cara? — pergunta levando a mão no rosto, ele passa a mão no nariz para tirar o líquido vermelho que escorre dele.

— O que você falou para a Ryen? — me aproximo o segurando pela camiseta e bato suas costas na parede. Ele reclama de dor e isso só aumenta minha vontade de bater nele. — Achei que tinha entendido da outra vez que é pra ficar longe dela. — ele sorri para mim, mostrando os dentes vermelhos de sangue, não foi só o nariz machucado quando encontrou a parede.

— Falou para todo mundo ficar longe dela pra ter a putinha só pra você. — ele cospe no chão uma mistura de saliva e sangue. — Sempre egoísta, Aidan, quer tudo pra você, nunca aceita dividir e adorar tomar dos outros o que é deles. — balanço a cabeça em negação, Kalleb ainda se ressente dessa merda, caralho.

— Toda a palhaçada é por conta da Daphne? — pergunto já sabendo a resposta.

— Você tomou ela de mim, cara! — possessivo do caralho!

— Ela não teve nada com você, caralho! Vocês ficaram uma única vez, uma vez, Kalleb e você começou a perseguir a menina igual um louco, porra! — Kalleb é surtado do caralho que passou a seguir a menina, ficar indo no trabalho dela, a rodeando, achei que fosse ego ferido da parte dele já que à Daphne deu um pé na bunda dele logo depois de ficarem.

— E você se aproveitou da oportunidade pra se enfiar nela, seu filho da puta! — ele tenta me acertar um soco, que desvio com facilidade. — Nada mais justo que eu me enfie na sua vadiazinha. Ela tem cara de ser uma puta na cama, uma bocet... — ele não termina de falar porque enfio o punho na sua cara.

Uma

Duas

Três

Quatro

Cinco

Seis

Vezes

Um soco de cada lado.

Não Conte a Nossa Verdade - Livro II [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora