Cecily e Aella

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França 1926....

A chuva forte caia fora, a mansão que sempre fora silenciosa no início da noite, agora tinha sua calmaria quebrada pelos gritos de dor da mulher no andar de cima.
O homem de cabelos castanhos escuros e olhos de avelã, andava ansiosamente pela sala de estar, seus olhos percorreram à poltrona em que seu irmão mais novo estava sentado em silêncio.

--- Brian.- chamou o homem parando em frente ao irmão, ele lhe deu um pequeno sorriso triste. --- Por que não vai descansar hein? Quando Cecily estiver melhor, você poderá vê-la sem demora.- disse Beamard.

O jovem de quinze anos e cabelos escuros levantou timidamente seus olhos azuis para encarar o irmão mais velho.

--- Eu fico... e espero Ceci melhorar.- respondeu ele em tom baixo, apertando suas mãos uma na outra em sinal de nervosismo.

Beamard soltou um suspiro de stress e afastou-se do irmão, seus olhos fecharam-se ao ouvir mais um grito de sua irmã gêmea

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Beamard soltou um suspiro de stress e afastou-se do irmão, seus olhos fecharam-se ao ouvir mais um grito de sua irmã gêmeaPorquê ela tinha que aceitar tal humilhação? Se perguntava ele, toda vez que à via ou a ouvia.
Os gritos cessaram após alguns minutos e o silêncio predominou novamente a residência, em passos rápidos Beamard subiu as escadas em direção ao quarto da irmã

A parteira abriu a porta e permitiu que o mesmo entra-se, ele entrou hesitantemente e olhou para sua irmã deitada na cama com a pele pálida e fraca.

--- Oh, Ceci.- murmurou ele com os olhos cheios de lágrimas e aflição.

Ele acariciou os cabelos longos e negros da irmã e rezou internamente para que a mesma abrisse seus grandes e lindos olhos azuis novamente.

--- Bea

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--- Bea.... - sussurou Cecily com a voz falha e os olhos cheios de cansaço.

--- Está tudo bem... você ficará bem.- murmurou ele sorrindo levemente a fim de passar confiança a irmã.

Cecily esboçou um leve sorriso e tentou se sentar na cama com a ajuda do irmão, seus olhos azuis se iluminaram na direção da porta. 
A outra parteira entrava com um embrulho envolto pela manta de algodão.

--- Quero vê-la. - pediu ela a parteira, está que não demorou a aproximar-se com o pequeno embrulho.

Cecily pegou cuidadosamente sua filha em seus braços e à observou atentamente, pelo que pareceu uma eternidade.

Beamard desviou os olhos para a janela enorme que tinha suas cortinas abertas e lhe dava a visão da chuva que ainda caia.

--- Bea.- chamou Cecily sorrindo radiante apesar de seu estado frágil. --- Venha vê-la, eu andei pensando em um nome para ela a alguns dias.- devagou ela voltando a olhar para o bebê.

O homem olhou para a irmã com certa incredulidade, ela pensava em ficar com aquela criatura? Perguntou-se ele, soltando um longo suspiro e tando as costas para a cena de mãe e filha diante dele. 
A porta foi aberta lentamente e por ela passou o jovem Brian de cabeça baixa, seus passos eram calmos e desajeitados, ele parou no meio do quarto e esperou a ordem dos mais velhos.

--- Venha Brain, quero que conheça sua sobrinha. - chamou Cecily tossindo um pouco e voltando a sorrir como se tudo estivesse bem.

Brian aproximou-se e olhou com carinho para a pequena criança de cabelos negros e olhos grandes e azuis,  olhos estes idênticos aos de sua irmã.

--- Tem seus olhos.- disse ele acariciando a bochecha gorda do bebê com as pontas dos dedos.

--- Ela é linda não é. - murmurou Cecily ainda encantada com sua filha.

Beamard que estava perdido em pensamentos virou -se para os irmãos e se aproximou por curiosidade, e ele viu que seu irmãozinho tinha razão... A criatura tinha os olhos de sua irmã, mais isso não apagava para ele o modo como ela surgiu e fez mal a sua irmãzinha.

--- Vou chamá -la de Aella, em homenagem a mamãe. - contou a jovem mãe beijando a testa de sua menininha e sorrindo.

Beamard deu alguns passos para trás e saiu do quarto sem disse nada, Cecily olhou para a direção em que o mesmo saiu com tristeza e angústia, enquanto Brian fez uma carranca de confusão e inocência.

--- Não se preocupe Bri... Eleestá irritado com alguns negócios mal sucedidos.- mentiu Ceci com um sorriso triste e uma sombra em seus olhar.

Ambos então voltaram sua atenção ao bebê e conversaram sobre os futuros planos de quarto para a pequena Aella.




  Beyond Death  // Tom RidlleOnde histórias criam vida. Descubra agora