Capítolo 4

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(Igor) Estamos no ônibus...papai e mamãe dormem e eu apenas olho pela janela, imaginando como está meu irmão agora, se é que está vivo. Espero que esteja.
Cochilo, pois são 3hs de viagem. E acordo com mamãe me chamando.
- vamos filho. Chegamos.
Olhei pela janela e pegamos as malas que não eram muitas. Ficamos em uma casa do patrão por enquanto arranjamos um lugar fixo. No dia seguinte deixei meu curriculum em várias empresas. A vida no interior não era fácil, mas sempre me dediquei ao trabalho, sem atrapalhar os estudos. Eu sempre tirei boas notas. Então, talvez eu consiga algum emprego, por enquanto, só me resta esperar.

(Leon ) dessa vez não me atrazei. Cheguei na faculdade as 6hs e 55min. Fui para a minha sala e encontrei Victor que falava ao telefone.
- para de ciúmes idiotas, porra! Eu já disse que é só uma amiga Soh... Depois a gente conversa. Tchal.
Me sentei ao lado dele.
Ele soltou o Iphone na mesa. Era visivel sua raiva misturada com alguma coisa que não sei bem o que é.
- quer conversar?
- ok. Me fala o que fazer Leon, por que eu já estou ficando maluco! - disse ele com raiva.
- estou vendo! O que houve?
- ela está me deixando maluco!
- sua namorada?
- er. Ela cisma diz que eu estou distante. E o pior e que ela me viu com uma garota, e agora está me dando crise de ciúmes...
- você tem algo com essa "tal " garota?
- não. Mas já tive.
- Então tem razão dela está com ciúmes, não acha?
- não. Ela deveria confiar em mim pra variar...
- e se fosse ao contrário, iria ficar com ciúmes, não iria?
- sim. Mais eu ia chama-la para conversar...
- talvez seja isso que ela está tentando fazer.
- mais ela briga sem me esperar explicar...
- ela só está nervosa. Liga pra ela. Pede desculpas. Não vai adiantar ficarem brigados. Faz isso!
- ok.
Ele liga para ela e eu o observo. Coisas de casais, por que complicam tudo?!
- Soh... olha, desculpa, eu juro para você que eu não tenho nada com aquela garota... na faculdade... Agora não posso... ok. Te encontro depois. Beijo.
Ele desligou.
- Então?
- vamos ter uma conversa com calma mais tarde.
- bom... não fala merda ou piora o teu caso!
- onde aprendeu tanto sobre mulheres? Nunca te vi com uma...
- aprendi ouvindo a Lohane.
- ah. A Lohane. Ela deve está uma gata.
- deve. Sempre foi linda!
- e você é afim dela!
- eu era afim dela. Não sou mais, era coisa de criança.
- foi com ela que você deu o primeiro beijo, lembra?
- claro que lembro. Mas, isso é passado.
Os alunos começaram a entrar na sala e as 7hs em ponto o professor entrou...
- bom dia classe!
Todos responderam com um "bom dia" menos eu. Estava viajando em meus pensamentos... peguei minha medalhinha e coloquei entre os dentes. Voltei minha atenção ao professor e comecei a anotar o que ele escrevia no quadro e algumas coisas que ele falava e eu achava importante... Depois da aula fui de SKAT para casa. Chegando lá papai e mamãe Não estavam em casa, como sempre, estavam no hospital fazendo seu trabalho, que eu deverei assumir quando me formar, "os negócios da família" como diz papai.
Me sentei e Marta veio até mim.
Sentou-se ao meu lado e sorriu.
- como foi na faculdade?
- bom!
- e as paqueras?
Eu sorri.
- que paqueras?
- você é tão lindo Leon, não me adimira que as garotas caiam aos seus pés.
- bom... elas não caem. E mesmo assim estou focado nos estudos. Não tenho tempo para paqueras...
- mais você vive tão sozinho meu bem!
- não é verdade, eu tenho você, tenho papai, mamãe, vovó, Victor...
- mais nem sempre temos tempo para você!
- eu tenho o Tito. Ele sempre está comigo.
Ela me olhou com "certa" pena. Me incomodei com isso. Ela abaixou a cabeça.
- Marta, eu estou bem! Já me acostumei. Certo? Estou bem!
Ela assente com a cabeça. Dou um beijo em sua testa peço licença e vou para meu quarto.
Me deito em minha cama e olho para o teto onde tem as minhas estrelinhas que brilham no escuro. Mamãe as colocou quando eu era pequeno, lembro-me de quando ela as colocou... ela quase cai da escada, então papai decidiu coloca-las.
O olhar de Marta me deixou intrigado. Eu não poderia lhe dizer que sou inseguro em relação a garotas. Não que eu seja gay. Não sou. Mais tenho medo de me envolver... se eu morrer, ou passar mal... não quero nem pensar, já basta minha família sofrendo com minha doença.
Me levanto da cama e vou até a janela do meu quarto e olho para a praia. Decido caminhar um pouco. Então tomo um banho, visto uma bermuda jeans e uma camiseta preta. Calço havaianas e vou para a praia. Me sento na areia e sinto o vento bater no meu rosto, bagunçando meus cabelo castanhos. Observo alguns garotos e garotas jogando vôlei. Uma garota me chama para uma partida, mas eu recuso. Só quero observar o mar e sentir o vento. Até que começa a escurecer e ficar frio então descido ir para casa, onde encontro meus pais sentados no sofá convesando algo que não consigo escutar, mais ouço meu nome.
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