Capítulo 19.

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(Leon ) depois da confusão no Victor eu e Emilly fomos a praia e nos sentamos na areia. Ela chorava em silêcio, senti vontade de abraça-la, mas não o fiz. Ela abraçou os joelhos e colocou a cabeça entre os braços.
Apenas a observei por um tempo.
- não chora Emilly...
- ele tentou me bater. - falou entre soluços.
- eu não deixaria...
- por que não?  Você me odeia.
- não é verdade.
- então por que me chama de estúpida...
- por que... olha Emilly, não é nada  pessoal tá? Eu só não queria que meu primo sofresse por quê... - comecei a ficar sem ar...  ela me olhou e eu tentei respirar, mas tava difícil.
- Leon! - ela gritou em desespero. Me deitou na areia e procurou no bolso da minha calça o Tito. Ela o achou e colocou na minha boca Emilly precionou fazendo sair o líquido de dentro.
Ela me ajudou a ir até o carro e eu escorei a testa no volante respirando devagar...
- mas o que é isso Leon? Você é asmático? - ela perguntou aflita.
- desde que nasci tenho problemas no pulmão. Não sei por que... Desculpe.
- tá me pedindo desculpas por passar mal?
- não. Por ter te preocupado.
Ela me olhou feio.
- convencido.
Eu ri e ela deu um tapa no meu braço.
- que bom que eu "divirto "você! - ela disse emburrada. Mas estava tão linda que não resisti ao beija-la. Nosso beijo foi calmo e cheio de algum sentimento que não consegui decifrar, mas era bom.
                          *       *        *
(Igor ) eu estava no trabalho empilhando algumas caixas de sapatos quando recebi um telefonema.
- alô.
- falo com Igor Willy?
- sim, o que deseja?
- sou o médico Rodrigo Clark. Seu pai sofreu um acidente, poderia vir ao hospital?
- claro. - falei aflito. -Me passa o endereço.
Ele me deu e Endereço e eu falei com o jerente para liberar minha saida. Peguei a moto no estacionamento e fui direto para o hospital. Chegando lá fiquei na sala de espera onde estava mamãe.
Corri para abraça-la, ela chorava muito.
- calma mamãe, vai ficar tudo bem.
- seu pai levou uma barruada de carro Igor... Ele está morto.
- não. Isso é mentira!
- eu gostaria que fosse.
- mamãe ele... - coloquei as mãos no rosto e chorei desconsolado me sentando na cadeira de almofada. Mamãe me abraçou novamente. O médico chegou onde estávamos e me olhou como se examinace um diamante ao qual deveria saber se era original ou não.
- senhora Willy?
- senhor Clark... -mamãe falou formalmente. Olhei para o médico que me encarava, mas não liguei.
- que droga de médico é você que deixa uma pessoa morrer assim?!
- eu fiz de tudo, mas ele não resistiu.
- será que fez mesmo?
- mandarei a enfermera lhe dar calmante.
- não quero. - olhei para mamãe. - ele nem viu o meu irmão mamãe... - o médico arregalou os olhos e eu o olhei atento.
- algum problema?
- na-não... - gaguejou. - com licença.
Ele saiu e eu e mamãe fomos para casa.
Eu estava me sentindo um lixo, um nada. Isso tudo foi minha culpa, eu os trouxe para cá.
- DROGA!
dei um murro no espelho do meu quarto. Minha mão começou a sangrar e mamãe veio ver o que estava acontecendo.
- filho o que houve?
- nada.
Ela foi na cozinha e trouxe um copo com água.
- beba.
- não quero.
- estou mandando Igor.
Eu bebi e ela saiu, logo fiquei com sono. Que ótimo, remédio para dormir. 

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