As 14 horas o corpo chegou. Não haviam muitas pessoas, apenas eu, mamãe, Kauê, Levi, Jonathan e a Sophia. Nunca pensei que seria assim. Ele nem ao menos viu o Leon. Mamãe chorava desconsolada. Eu queria ajuda-la, queria dar força a ela, mas como, eu também precisava muito. Fui até o caixão e o olhei.
- eu prometo a você que irei encontra-lo.
Levi foi até mim e me deu um abraço.
- vai ficar tudo bem cara! A gente tá contigo.
- obrigada.
Ele foi falar com a mamãe. Tentar consola-la. Já que eu Não estava em condições.
- você é um bom amigo Levi. - disse baixinho para mim mesmo.
O Jonathan e o Kauê vieram dar seus pesames. Depois do enterro ficou apenas eu e mamãe. Estavamos na sala em silêcio. Ela chorava em silêcio.
Fui Até ela e a abracei.
- está tudo bem mamãe.
- o doutor disse... -ela chorou ainda mais. - o doutor disse que a última coisa... a última coisa que ele falou foi...
- o quê mamãe?
- Leon me perdoe...- as lágrimas cairam involuntariamente do meu rosto.
Dei um beijo em sua testa.
Depois de alguns minutos o calmante fez efeito e ela foi dormir.
Fui a praia que ficava perto de casa e me sentei na areia. Fechei meus olhos e senti o vento. Leon onde está você? -pensei.
Senti alguém atrás de mim e abri os olhos.
- posso sentar com você?
- claro Sophia..
- te mandei mil mensagens e você não retornou.
- desculpa. Meu celular está desligado.
- como está se sentindo? -falou ela acariciando meus cabelos.
- um lixo. Isso tudo é culpa minha.
- mas é claro que não! Por que pensa isso?
- por que é Soh, eu que trouxe eles para cá.
- mas foi um acidente Igor. Você não é culpado.
- eu estou com ódio de mim Sophia.
Ela me abraçou.
Ficamos assim por um bom tempo. Até ela me surpriender com um beijo delicado nos lábios.