capítulo 24. (Leon e Emilly)

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Quando chegamos ela sorriu.
- isso é seu?
- é. Caso eu me case um dia. Se der tempo.
- por que diz isso?
- é complicado. Não sabemos o futuro.
- é verdade, mas Você tem uma longa vida pela frente.
Sorri e peguei na sua mão.
- vamos?
- sim!
Entramos no meu luxuoso apartamento e subimos no elevador. Dentro era rodeado de espelhos.
- é muito lindo.
A olhei com atenção.
Entramos e ela observava tudo. Os móveis, os objetos, as flores, os quadros...
- é perfeito.
- como Você.
Ela me olhou com dúvida e sorriu.
- Já trouxe alguém para cá?
- não. Nunca.
- mas eu... por que me trouxe?
- deixa eu te mostrar o quarto.
- está fujindo do assunto.
- pelo contrário.
Ela veio comigo e eu abri a porta. Ela olhou tudo e se jogou na cama.
- aqui é ótimo.
- é.
Me sentei na cama ao lado dela e ela me olhou.
- por que me trouxe aqui?
- bom... eu vou passar por uma cirurgia complicada Em dois mêses, se eu não resistir... - abaixei a cabeça. - quero que cuide para mim. Não sei se tenho algum parente vivo, mas se tiver, quero que você entregue este apartamento. Quero que saibam que sempre pensei neles.
- Não fala isso Leon! - ela se sentou e me olhou. - olha para mim. -eu olhei. - Você vai resistir está bem? E se eles estão vivos você os verá um dia.
- Emilly... Você sabe que tem 50% de chances de...
- não importa. Nunca mais fale isso.
Ela tocou meu rosto.
- Você vai ficar bem! - ela disse em sussuro.
- Eu estou apaixonado por você!
Ela se sentou em meu colo e acariciou meus cabelos. Fechei os olhos e senti seus lábios nos meus. Nos beijamos como se fosse o último beijo.
- temos que parar de ficar nos beijando desse jeito. - ela disse em um sussuro.
- sinto muito amor, mas eu não concordo.- Nos beijamos novamente e ficamos abraçados. Deitados na cama.
- olha tem estrelinhas no teto.
Eu sorri ao ouvi-la falar com tanta Admiração.
- gosto delas.
- por que?
- por que penso em quando Eu estiver lá com elas.
- Leon...
- mas é verdade. Não vou viver para sempre.
- mas não pense nisso agora.
- ok. Desculpe.
- é estranho dois primos estarem apaixonados, não acha?
- Não somos primos. Você mesmo disse.
- Desculpe por aquele dia.
- Não se preocupe. - eu sorri e beijei sua testa. -prima ou não agora estamos juntos, e nada vai nos separar.
- e meu irmão?
- ele vai aceitar...
Meu celular toca e é o Victor.
- falando nele. -atendi.
- cadê Você com a minha irmã?
- oi para você também.
- não enrola.
- estou em um Motel bem loco.
- o que? - ele gritou.
- deixa de ser dramático Victor. Eu toh tirando onda. Estou no meu AP.
- mas você me disse que só mostraria esse lugar a mulher que você ... você está com a minha irmã?
- deixa de ser ciumento. Deus me livre Victor.
- fique você sabendo que eu não apoio isso!
- depois a gente conversa.
Desligo e Emilly me olha preocupada.
- ele está bravo.
- vai ser molesinha convencer ele.
- acho que não!
Nos rimos.
- quero fazer uma coisa.
- o que?
- vem comigo.
Ela me seguiu até uma sala de instrumentos e me sentei em um piano.
- você toca?
- desde os 4 anos.
Ela sorri e senta ao meu lado.
Comecei a tocar e cantar para ela em ritimo vento.
♬A tanto tempo tento te falar, mas Você não quis me escutar, faço de tudo para Você perceber que amo Você, coração tá pedindo pra ter Você aqui, por que só o teu sorriso pode me fazer feliz. Tenho tanta coisa pra viver ao seu lado e Você é que me completa eu preciso te dizer....
Prometo te amar, cuidar de Você, eu dou minha vida pra não te perder, prometo te amar, te dar todo o amor, eu robo as estrelas se preciso for pra te ter aqui perto de mim... ♬
. Ela ficou com os olhos úmidos e sorriu.
- Não tem noção do quanto amo essa música.
- eu sei. É bem sua cara mesmo. - falo brincalhão.
Ela me dá um tabefe e logo depois me abraça.
- Não entendi. - ela riu.
- você é um bobo.
- que você adora.
- bobão.
Eu sorri.
- Emilly... Qria tanto poder ficar ao teu lado...
- por que não pode? Pensei que sentisse algo.
- e sinto! Mas não quero te machucar. - falo colocando seu cabelo atrás da orelha.
- Por que machucaria?
- por quê não sou muito saudável...
- vai ficar.
- não sabemos!
- eu sei.
- Emilly eu quero acreditar nisso, mas não posso. Eu sei os riscos e você também sabe, temos que levar em consideração. Não quero que se apegue a mim para chorar depois. - ela abaixou a cabeça, e eu coloquei o dedo em seu queixo e a fiz olhar para mim. - me entende por favor. - seus olhos estavam úmidos e fujiam dos meus.
- eu entendo. Me leva para casa.
Ela se levantou e saiu pela porta. Me levantei e peguei as chaves do carro que estava em meu bolso.
Ela já estava lá fora escorada no carro. Tirei o alarme e abri a porta para ela. Ela entrou e eu entrei logo em seguida. Ficamos em silêcio e ela nem me olhou.
Chegamos e ela passou direto para o quarto. Eu a olhei subir as escadas.
- Emilly! -chamou Victor. Mas ela Não deu ouvidos.
Coloquei as chaves do carro na mesinha de sentro.
Ele me olhou curioso.
- você maguou ela?
- Não!
- o que houve?
- nada. Vamos sair eu ,Você e o Kalebe.
- vamos sim. - disse o Kalebe.
Victor concordou. Eu tenho que evitar ela. É para o nosso bem.

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