CAPÍTULO 47

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                                        •Joshua•

   Vê Liz daquele jeito me partia o coração, ela estava quieta e sua respiração estava ainda acelerada pelo pesadelo, não quis perguntar sobre ele além disso já imagino no que ela deve ter sonhado. Na hora que vi Liz gritando por sua mãe quando ela começou a ser chicoteada eu fiquei espantado e já esperava que seus poderes vinhessem a tona por isso já estava preparado para a pegar caso algo acontecesse, quando senti as chamas dela explodindo vi o guarda se soltando tão rápido dela como se tivesse acabado de encostar em uma panela quente, peguei a Liz antes que ela desmaiasse e quando vi seu rosto, as lágrimas por ele eu senti algo em mim querendo explodir também, mas por sorte estava com as algemas e não consegui fazer nada. Agora Liz estava acabada e eu entendia ela, minha mãe morreu em meu parto mas eu conseguia entender como era perder uma pessoa importante para você daquele jeito, ao vê Liz saindo de perto quando comecei a mencionar sua mãe me fez ficar ainda mais pior por ela, então vim o mais rápido que consegui até ela e dei o apoio que ela precisava, falei para seus amigos que era melhor eles descansarem que eu iria cuidar dela e percebi que ela só realmente chorou aos prantos quando se apoiou em mim, foi quando a ficha de que sua mãe morreu caiu. Os cabelos de Liz estavam queimados nas pontas mas imaginei que apenas um corte de cabelo já iria resolver aquilo, não era de urgência, ela estava linda em aquele vestido mas suas lágrimas eram o que me chamava atenção, seus olhos pareciam brilhar ainda mais com elas, mas não de um jeito bonito, eu odiava aquelas lágrimas e o rei que as causou, tinha planejado fazer algumas coisas com Liz como treinar os poderes mas era óbvio que ainda não era hora para isso, eu sabia que alguma hora essa tristeza ia ser tornada em raiva pelo rei e quando esse momento chegasse era melhor que o rei estivesse bem preparado por que seria sua morte certa. Com o tempo eu vou tentando fazer Liz se levantar falando que seria melhor a gente ir comer mas ela se recusava a sair e que não queria comer, mas então tive uma ideia, eu me levantei dei um beijo na testa dela falando que ia voltar daqui um tempo, e ela pareceu hesitar quando disse que tudo bem eu ir, então sai do quarto e primeiro fui ao meu quarto tomar um banho rápido e me trocar o mais rápido que conseguia, sai andando rápido até a sala de jantar bem a tempo de achar meu pai e os amigos de Liz na mesa, então decidi pegar alguns sanduíches de queijo que tinha ali e fui para o lado de Adora mas não me sentei.

   – Me diz a comida preferida de Liz. E me escreva como a faz.

   – O que? – Perguntou a garota ruiva.

   – Por que está interessado nisso. – Diz o irmão da garota que ainda me encara do mesmo jeito mesmo após tudo.

   – Ela não quer comer, e muito menos vim aqui, então eu tive uma ideia, por favor me fale o que pedi.

   – Certo, mas eu não tenho papel e… – Eu na mesma hora tirei um pequeno bloco de notas e uma caneta. – Tá, isso serve.

   Ela começa a escrever uma receita que dá um nome de bolo de banana, mas no meio ela parou e apertou a caneta com força parecendo segurar as lágrimas ela fica olhando o bloco de notas e todos nós ficamos a olhando em silêncio.

   – Liz sempre chora quando come essa comida porque a faz lembrar de sua mãe… Não sei se é uma boa ideia a usar agora… – Diz ela.

   Eu então a entendo, aquilo podia ser um grande passo no futuro mas não agora, agora aquilo seria como um peso em sua consciência mas então eu penso melhor, e então percebo que aquilo poderia ser uma nova coisa para ela, a receita não precisava lembrar de sua mãe, não totalmente, coloco a mão no ombro de Adora e falo o mais firme que consigo.

   – Continue escrevendo, vamos todos inclusive a Liz fazer esse bolo, vamos nos divertir juntos fazendo isso.

   Todos me olham inclusive Adora que está com os olhos brilhando em lágrimas, ela volta a escrever após assentir com a cabeça e olho meu pai por puro reflexo e ele me olha também assentindo com um pequeno sorriso em seu rosto, sorrio de volta ao máximo que consigo, quando Adora termina de escrever eu pego o bloco de notas e a caneta de volta e falo para eles irem para a cozinha que irei os esperar lá. Volto ao quarto de Liz e a vejo ainda deitada abraçada em um travesseiro, não parecia chorar mas ainda sim estava mal, ela me vê e olha de canto de olho para mim, então tiro o travesseiro dela e me deito ao seu lado voltando a acariciar seus cabelos, ela me abraça na hora e me pego sorrindo para aquilo porém respiro fundo e tento me manter mais calmo.

Tudo acaba em guerra [Finalizado]Onde histórias criam vida. Descubra agora