Capítulo XIV: A Aldeia de Hogsmeade

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P.O.V de Topás

Dumbledore e Gandalf estão ao meu lado, calados, a serenidade deles me deixa inquieta. Porém, eu preciso contar a minha história a alguém ou eu nunca vou descobrir por que Deneb não me contou tudo o que há para contar sobre ele.

"Então...", começo, engolindo em seco, enquanto eles me ouvem, atentos. "Alguém me abandonou na porta de um orfanato, eu não conheci os meus pais, eu nem sei se eles estão vivos, se eles estão mortos... Se eu era importante para eles... Eu conheci Deneb quando eu era uma menina, uma menina de 10 anos de idade. Eu não esperava nada dele, eu nem sabia se ele queria me fazer mal, se ele queria me adotar, me tirar do orfanato. Eu nunca gostei de viver no orfanato, as crianças me achavam estranha e eu não tinha amigos. Deneb apareceu em meu quarto dias antes do Natal, eu não sabia se eu era candidata a filha dele. Eu não dei muita atenção a ele, no entanto, ele me cobriu de atenção. Ele me perguntou se eu gostava de fadas, de histórias sobre bruxas, eu consenti e a palavra magia me comprou. Ele me disse que ele era um bruxo, que ele estava atrás de um aprendiz. Eu não acreditei em nada do que ele me disse, então... Eu me lembro das chamas brotando em sua mão, me fazendo soltar um grito enquanto ele tentava me acalmar."

Dito isto, eu sorrio, as lembranças do dito dia nunca me abandonaram.

"As afirmações dele me deixaram confusa. Eu era uma menina, uma humana, eu não era uma bruxa, não existia magia em meu mundo... Eu acreditava na magia dos livros de fantasia, era hipocrisia dizer a ele que os poderes dele não me fascinaram... No entanto, eu estava duvidando do por que ele havia me escolhido. Eu não era nem de longe uma criança dotada. Porém, Deneb me disse que eu cheirava à magia e que se eu aceitasse ser a sua aprendiz, a Terra-Média estava a dois passos de mim."

"Eu nunca ouvi Deneb falar de você... Você sabe por que você era um segredo dele?", pergunta o cinzento, de repente, me pegando de surpresa.

"Gandalf, eu nem sabia que eu era um segredo dele...", respondo, incomodada. "Ele nunca me contou nada sobre a Pedra Filosofal. Ele já era imortal quando eu o conheci?"

"Se ele escondeu a pedra, ela esteve em suas mãos, Topás.", responde o mago, brando. "Eu o vi 2 anos antes de eu ir ao seu mundo. Você o conhece há 20 anos, se ele não contou nada sobre a pedra a você, ele estava tentando proteger você de Gaunt."

"Ele sempre foi a minha única figura paterna. Eu merecia saber por que ele era uma ameaça para Gaunt!", protesto, começando a chorar de raiva.

"Ele escreve para você, senhorita Topás?", pergunta o bruxo de cabelos prateados, transbordando calma.

"Ele me escrevia até 6 meses atrás.", respondo, fugando, enquanto eu limpo as lágrimas de meus olhos. "Eu sei que ele voltou à Terra, ele deu o livro a Davi, eu não sabia do livro, eu não sabia que a minha melhor amiga não é a pessoa mais honesta de Arda."

"Minha querida, Lívia é honesta. Ela apenas não contou a verdade a você porque ela não sabia que você escondia a sua história de todos nós.", replica Gandalf, solene. "Bem, você é a aprendiz de Deneb Black! Eu nunca imaginei que a resposta para o enigma presente na profecia estivesse em você."

"Oh, não! Eu não vou fazer parte da missão na qual a profecia quer enfiar os senhores. Se Deneb me deixou no escuro uma vez, bem... Se a filha de Gaunt o fez voltar a fugir para o meu mundo, vocês me entendem? Então... Eu não devo me meter na demanda de vocês.", afirmo, meio atrapalhada, enquanto eu tento soar convicta. "Se ele achava perigoso eu me envolver em seus problemas antes, o que ele me diria se eu inventasse de bancar a aventureira suicida? Não, de jeito nenhum, sem chance!"

"Se a senhorita está certa de que o seu mestre não aprova a sua participação em nossa aventura suicida...divertida...e...com certeza...instrutiva, não há por que os outros ficarem sabendo de seus segredos.", comenta Dumbledore, me fazendo encarar o mesmo, desentendida. "Nós dois ficaremos de boca fechada."

A Rainha e a PlebeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora