Capítulo XXXII: O Lago-Espelho

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P.O.V de Jonathan

"Homenum Revelio.", murmuro, com a varinha em uma mão.

Certo de que não há ninguém na casa além de mim, eu termino de abrir a porta dos fundos, entrando no lar de meu amigo logo em seguida.

"Ok... Finneas.", penso, atento.

Uma mentira convincente e o sócia de Dolohov não se importou com um dia sozinho no Ministério.

Andando pelo primeiro andar, eu dou uma espiada em cada cômodo e, vendo que não há sinais de pessoas vivas nos ditos cujos, eu sigo para o segundo andar. Em alguns minutos, eu concluo que eu estou sozinho na casa. No entanto, um palpite me ocorre e eu desço até o porão no andar térreo.

"Desgraça.", sussurro, entre dentes, quando eu tento abrir a porta do porão e esta me parece encantada, pois a maçaneta do dito cujo quase queima a minha mão direita.

Eu então penso até que uma ideia me faça assumir a forma de uma borboleta, me espremendo através da dobradiça mais alta e voando para dentro do porão. Assim que eu consigo alcançar o chão, eu volto ao normal, olhando para todos os lados do recinto escuro. Passando os olhos pelos cantos, com a luz de minha varinha me ajudando a ver as coisas nas prateleiras, eu topo com um corpo caído sobre um tapete no chão de pedra lisa quando eu abaixo o olhar para o dito cujo.

"Finneas?", o chamo, preocupado, indo até o referido.

Eu então me ajoelho, o balançando para os lados até que ele acorde. Assim que Finneas resmunga palavras ininteligíveis, eu suspiro, aliviado.

"Finneas, eu vou ajudar você.", digo, ajudando Dolohov enquanto ele se senta no tapete.

Em seguida, o ruivo abre os olhos verdes, me encarando e arregalando os ditos cujos.

"Jonathan? Jonathan, você precisa sair daqui antes de que ele retorne!", exclama Finneas, com a voz rouca.

"Ele quem, Finneas?", pergunto, querendo saber de quem o referido está falando. "Quem fez isso com você?"

"Amnon Gaunt.", responde ele, apressado e em pânico. "Ele está se passando por mim, vai tomar o Ministério e..."

"Gaunt nos quer mortos, é claro.", completo, quando o outro se cala. "Eu vou libertar você das cordas e nós vamos prender aquele velho."

"Não, Amnon não é...", começa Dolohov, pálido.

"Idiota.", ri uma voz idêntica a de Finneas, enquanto eu me viro na direção do adjetivo.

Uma cópia perfeita de meu braço direito está diante de nós dois, o que me faz encarar o homem que eu sei que não é o meu amigo. Ele está se divertindo parado perto da saída; o seu sorriso macabro vai de orelha a orelha.

Com toda a minha coragem, eu levanto a varinha para Gaunt disfarçado de Dolohov, a apontando para o embuste e dizendo:
"Revelio."

Nas raízes de Khazad-dûm...

P.O.V de Maeve

"Nós chegamos.", sussurro, enquanto nós encaramos a imensidão do Lago-Espelho, embasbacadas. "4 dias acordadas valeram a pena."

"Ótimo. Eu vou dormir.", suspira Topás, se sentando em um pedregulho e colocando a sua bolsa, e o colar azul está guardado no dito cujo, no chão cheio de pedras na beira da água.

"O quê? Nós não podemos dormir, não agora.", reclamo, indo até ela e franzindo o cenho. "A chave está em nossas mãos."

"Não," sorri a castanha, me dando nos nervos, "ela está na água infestada de Inferi."

A Rainha e a PlebeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora