Capitulo 1

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Que delicia.....Sentia a prazerosa sensação do sol quente batendo na minha pele, aquecendo-a devagar, mas sem queimar, apenas penetrando no meu corpo criando uma languidez bem-vinda.

Estava a duas horas tentando usufruir da piscina da nossa casa, mas sem realmente o conseguir. Este tempo que devia ser de pura descontração tinha-se revelado um suplício. A minha irmã e o estupido do seu namorado "joão pírcingue e linguados" tinham passado toda a tarde nas suas brincadeiras degradantes, estas consistiam numa mistura de apanha e pornografia barata de beijos e amassos.

Mas finalmente, por volta das cinco da tarde, decidiram sair, deixando-me para desfrutar do resto da tarde sozinha.

Aqueles dois viviam grudados um no outro, o que era verdadeiramente nojento. Não percebia que estranha atração é que aquele magricela provocava na minha irmã sempre tão certinha.

Decidi esquece-los e focar-me no meu próprio prazer e relaxamento, deixando-me estar deitada na esteira, de olhos fechados tentando esquecer a loucura do dia-a-dia. Precisava destes momentos só meus, longe de tudo e de todos para recarregar as baterias e enfrentar a nova semana que se avizinhava.

Descontrair, recorrendo ao método simples de vegetar numa das cadeiras da piscina era o meu método de eleição, o ponto alto do meu fim-de-semana.

Trabalhava para o meu pai, e este era um verdadeiro feitor de escravos. Eu o amava profundamente mas tinha de reconhecer que o meu progenitor não era condescendente no que se referia ao trabalho.

Ele não fazia quaisquer distinções entre funcionários e todos tinham que merecer o seu ordenado de igual modo. Eu só era a menina privilegiada, filhinha do papá na minha vida privada, na empresa era uma simples assalariada.

Longe da empresa de IT que ele possuía, tinha o melhor pai do mundo, preocupado e carinhoso, um ser simples que era constantemente manipulado pelas mulheres da sua vida, ou seja por mim e pela minha irmã. Muito embora eu tenha de reconhecer que comparada com a minha irmã Sara, não passava de uma mera amadora.

Dez minutos....pelo menos era esse o tempo que pensava que tinha passado desde que a paz tinha descido ao mundo, quando uma sombra me cobriu. Decidi não ligar, ela acabaria por passar. Mas ao fim de alguns segundos comecei a ficar incomodada, pouco a pouco comecei a sair desse estado de graça em que me encontrava, aquele que ficava entre a descontração total e a sonolência e abri os olhos para ver o que se estava a passar. Demorei uns segundos até conseguir reajustar a focagem das minhas pupilas.

Merda....o que era isso!!!!!

O que se encontrava a minha frente era um grande safado.

Estava a ser medida e apreciada descaradamente por um homem que eu nunca tinha visto na vida.

E que homem!! Durante um segundo custou-me muito afastar os olhos daquela cara fascinante. Minha nossa.....lindo...mas mesmo assim um grande safado. A minha reação a ele foi instantânea, meu coração começou a bombear desenfreadamente, fazendo menção de sair diretamente da minha caixa torácica para o mundo. Passei a ter alguma dificuldade em respirar tal era a dor no meu peito, e concentrando-me, obriguei-me a respirar profundamente para acalmar-me.

Cabelo louro desgrenhado, rosto quadrado com uma profunda covinha no queixo, nariz reto, uma boca cheia, rosada, neste momento ligeiramente curvada por um sorriso maroto, terrivelmente apetecível. Mas o mais fascinante do pacote eram aqueles olhos azuis cristalinos e penetrantes que descaradamente continuavam a percorrer o meu corpo.

Quando consegui desviar um instante os olhos da sua face foi para apreciar esse lindo espécimen do sexo masculino retribuindo amavelmente a apreciação com a qual estava a ser brindada. Não sou namoradeira, mas mesmo não querendo comprar, nada me impedia de avaliar.

o meu para sempre (completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora