O dia de Nancy tinha sido um completo caos, desde que havia voltado para casa seus pais começaram o processo do divórcio e agora era mais frequente ver Ted Wheeler com sua família favorita a sua "verdadeira" família. Ela sabia que nada disso era culpa de Holly ou muito menos tinha haver com a criança, talvez tivesse um pouco haver com a nova mulher, uma tal de Pamela, será que ela sabia da esposa e filha do seu namorado? E se soubesse, estava de acordo com isso?
Na última semana mal havia saído de casa para ver seus amigos ou fazer algo além de estudar, se trancar no quarto, pensar em Robin e esperar que um milagre batesse a sua porta. De preferência um milagre loiro meio desengonçado e com um senso de humor questionável. Pro incrível que pareça é possível sim ter uma semana inteira horrível, 7 dias, segunda á sexta vivendo no inferno - eu diria - de cara com a pior versão de tudo... Enquanto isso haviam muitas mensagens de Steve e Eddie em seu telefone quase que implorando para ela responder, atender, sair de casa, viver e não morrer. Aquelas coisa né.
— Ahm... Mas que saco! Porque eles não me deixam em paz?! — Nancy exasperava de forma irritadiça ao escutar seu telefone apitar pela milésima vez no dia. Mesmo que de mal humor ela decidiu olhar dessa vez e ver quem era e o que queria. — Steve, sendo um pé no saco, na real sendo um amigo preocupado, e Max que quase nunca mandava mensagem dizendo "não posso ficar sozinha". Alguma coisa estava acontecendo.
Alguma coisa dizia na cabeça dela que seus amigos estavam aprontando alguma coisa e neste exato momento queriam fazê-la cair como um patinho na lagoa. Podia sentir. Ou talvez fosse ansiedade, um ataque cardíaco acometendo seu peito, nunca se sabe. Em meio a essa confusão ela pegou seu telefone e ligou para Steve que de pronto atendeu.
— Nan...
— Steve, não estou num bom dia e não é uma boa hora para você me ligar. Eu sei que está preocupado mas garanto que tenho tudo sobre controle. — Ela queria ao máximo encerrar aquela ligação ali mesmo e fingir que nada estava acontecendo.
— NANCY! Escuta o que você está falando! Faz uma semana desde que voltou pra casa e nem tive notícias suas, aliás, não sei de mais nada que acontece na sua vida. Abre a porta que eu estou aqui e nós vamos sair.
— Hm... Não... — Um beep soou do outro lado da linha e o telefone desligou.
Ao olhar pela janela o amigo estava em frente a porta com as chaves do carro em mãos e deu um aceno vendo a menina por a cabeça para fora. Ela não tinha escolha. Era sair ou ficar estática igual sua mãe.
Apesar de estar preocupada com os estudos, assustada com sua família, se sentindo carente e um pouco sozinha ela sabia o que deveria fazer e mesmo sem estar muito afim no momento ela encarou tudo que a impedia e saiu de encontro ao garoto.
Depois de longos minutos no carro com uma música porcaria tocando na rádio
— Pode me dizer onde estamos indo?
— Fliperama, vamos ficar de babás das crianças.
— Eles tem 15 anos, não precisam de babás, e porque a Max mandaria mensagem pra mim falando que não pode ficar sozinha?
— Ei, ei, relaxa! É só umas partidas de skeeball e umas latinhas de cerveja ou alguma coisa que queira tomar. O pessoal todo vai estar lá. Eddie, Chrissy, Lucas, Max. Ah é... Me lembra de te contar um negócio mais tarde, tá?
— O... Okay... — Preferiu não perguntar mais nada o restante do caminho e deixar o silêncio guiar tudo, ainda não queria conversar, queria se jogar do carro, mas nada poderia ser ruim quando se trata de jogos, bebidas e amigos, não é?
Nesse momento Buckley estava ansiosa e receosa sem saber como esse plano iria seguir, era uma ideia simples, subir no palco e cantar como estava se sentindo. Simples, né? Digamos que sim.
Em questão de minutos Steve estava entrando com Nancy no fliperama e rapidamente uma voz soou no auto falante:
"Senhoras e senhores, Chuck cheese & pizza tem a honra de apresentar um show especial! "
— Steve, o que vocês estão aprontando? Só tem a gente aqui. Que história é essa de show? — Aos poucos Nancy estava ligando os pontos e por mais que parecesse uma miragem de sua cabeça ela sentia que algo significativo estava por vir.
Algo bastante significativo estava por vir.
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Boa noite leitores!
Sinto que estamos caminhando para o rumo final dessa história e por isso decidi dar uma desacelerada. Não sei ao certo quantos capítulos mais nós teremos mas eles já estão sendo escritos.Para a felicidade de vocês eu irei começar uma nova fanfic e será conectada com essa, como um ponto de vista dos Steddie, e vai mostrar o relacionamento Christeddie que foi desenvolvido em segundo plano nessa história.
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Moss • Ronance
FanfictionA pacata cidade de Hawkins se vê movimentada com a chegada de uma banda adolescente. Seu álbum de estreia reúne um grupo de amantes da música e uma jornalista curiosa disposta a documentar a pequena turnê por algumas cidades dos Estados Unidos