É tudo muito confuso ou sou só eu?

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Depois de sei lá o que isso foi um cara aleatório no bar avisa pra gente que podíamos guardar nossas coisas e curtir o resto de tempo pois um dj deles ia colocar uma playlist com alguns hits de sucesso. Em partes meu corpo relaxa mas minha mente ainda está completamente paralisada e focada em Robin vindo pra cima de mim com a intenção de me beijar. me cercar, me deixar em transe.

O momento agora era de aproveitar o fim da noite e torcer para não permanecer assim por muito mais tempo, primeiro porque não tenho garantia de que ela irá se lembrar disso de manhã, segundo porque eu seria uma idiota se estragasse o clima por aqui graças a um beijo ou melhor dizendo um pânico por ter focado demais numa coisa boba. Vamos lá Nancy, parece que nunca beijou alguém antes! É... Nesse caso nunca tinha beijado de verdade uma garota, mas isso não vem ao caso. Logo pela manhã vamos para a próxima cidade marcada no nosso mapa e mal posso esperar por outra viagem com a melhor vista do mundo. Hmpf. 

Faz quase duas semanas que estou na estrada e pretendo aproveitar minhas férias ao máximo antes de voltar para casa e me preocupar com todas as coisas, cursos extras, aplicações de faculdade, estágio no jornal, quem sabe me mudar, coisas e metas que quero cumprir nesse fim de ano. Céus. Vai ser ótimo curtir um pouco e aproveitar a companhia do pessoal, pessoas novas além dos Steddie — apesar de amar muito esses dois — confesso que desde que Barb morreu a fazer amizades femininas tem sido um pouco desafiador mas sei que vai dar tudo certo. Afinal, tem que dar, e se não der... Sei lá... Acho que dá pra continuar sendo a... NÃO! Bobagem! Deixa pra lá. Vamos aproveitar essa festa e curtir antes de ir dormir.

Motel 6, 1am. 

— E aí, o que você achou do show hoje? — Assim que chegamos no quarto do hotel Robin fez questão de me perguntar e respondo de forma breve. 

— Bom. 

— Só isso? — Ela ia chegando cada vez mais perto de novo mas dessa vez apenas fui me afastando devagar. 

— É. Foi bom. Vocês são bons.

— Ok. Você deve estar cansada e olha... Nem tem tanto vômito assim na minha roupa então não precisa se afastar. — Sua expressão agora era de 'por favor eu prometo que vou tomar banho mas preciso que me beije primeiro'.

Concordo rapidamente com a cabeça e pego meu pijama para vestir e tentar ao máximo não ter que pensar mais sobre isso. Apesar de Robin ter vomitado um bocado ainda é nítido que seus sentidos continuam doidos (wonky to wonky) e é um tormento ver ela assim, boba, risonha, fedida, parecendo uma criança que não consegue tomar banho sozinha. Odeio vê-la bêbada. Odeio pensar que isso é só uma personalidade ocasional e não uma coisa consistente onde sinceramente não sei se posso 'aguentar/aproveitar'.

Longos minutos depois estamos nós duas deitadas na única cama do quarto, cada uma virada para um lado, quando decido me mover e acabo dando de cara com Robin sorridente novamente. Provavelmente me observando enquanto durmo. Geez! 

— Sem sono, Wheeler? Posso cantar uma música de ninar. — Ela brinca mas dessa vez não consigo nem reagir direito. —  É, acho que também não está de muito bom humor. Hm. Boa noite.

Ao ver ela virando para o outro lado do quarto me deito de barriga para cima onde encaro o teto e fico assim por mais longos minutos até me levantar e sair do quarto para — provavelmente — mandar muitas mensagens aos meus amigos. Consigo até imaginar o que eles vão dizer. 

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Dessa vez não consegui prever o que iam dizer

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Dessa vez não consegui prever o que iam dizer. 

Depois de conversar com meus amigos volto para o quarto e vejo Robin dormindo toda jogada na cama como se um furacão tivesse passado por ali. Observo seu jeito e fotografo a cena antes de me deitar e esperar o sono chegar. 

Moss • RonanceOnde histórias criam vida. Descubra agora