Um Amor Que Mudou Tudo [PAUSADO]

Cap: 18 - Para tudo tem um fim.

  Enfim estou pronta, Gale não para de me ligar. Eu até imagino o sufoco que ela tá passado sozinha com aqueles dois, lá.

  Peguei um táxi na rua e fui em direção ao shopping, estava uma noite maravilhosa, as pessoas caminhando nas calçadas, outras jogando conversa fora na porta de casa, outros com seus filhos lanchando em frente a carrinhos de cachorro quente...

  Dá pra imaginar que com suas vidas perfeitas, algum deles já sofreu por amor? É difícil para mim acreditar em tal hipótese, pois estão tão tranquilos seguindo suas vidas, que mal dá pra notar seus problemas. Queria que a minha vida fosse fácil assim, como imagino que são a deles. Mas, só cada um sabe os demônios que enfrentam a cada dia.

- ... Moça!? - ouvi o taxista me chamar. A quanto tempo será que ele está me chamando? - Chegamos!

- Ah, me desculpe! Não vi, quanto que deu?

  Paguei o taxista e adentrei o local, estava um pouco vazio, na verdade, é de estranhar por ser final de semana.

  Nem precisei ligar para nenhum deles, porque não cheguei a dar nem dez passos dentro do shopping e já fui atacada por braços ao meu redor.

- Isa! Meu Deus, quanto tempo! - Laura fala, ainda abraçada a mim. - tava morrendo de saudades!

- Eu também estava, Laura! - Ela finalmente me largou e deu espaço para Dylan.

- Olá, Isa, pensei que não viria! Ligamos tantas vezes que não dá nem mais para contar. - Fala com um ar despreocupado que quem vê pensa que é verdade.

- Não exagera, não tinham nem dez chamadas. - Falo dado-lhe um abraço rápido. - cadê a Gale?

  Senti a falta dela, deve está sendo uma barra ficar com esses dois aqui e sozinha. Estou me sentindo péssima agora. Deveria ter vindo antes.

- Ela foi ao banheiro rapidinho, disse que era urgente. - Dylan explica.

- Tudo bem. Se importam de eu ir lá ver se ela tá bem, "rapidinho"!?

- Não, de boa. Vai lá, quando voltar quero saber de tudo, estou por fora de vários assuntos! -  Laura disse como se já estivesse adivinhando algo, espero que não tenha chegado nada aos ouvidos dela.

- Tá, eu já volto!

  Saí de lá praticamente voando, não quero ter que relembrar nada. Decidi não mais ficar sofrendo, decidi viver e seguir em frente, mas para isso eu tenho que deixar o passado para trás.

  Para tudo tem um fim, e a minha história com o Pedro acabou, não permitirei que esse sentimento idiota - que insiste em ficar dentro do meu peito - acabe com a minha alegria mais uma vez.

  Seguir em frente é o que eu preciso e se para isso eu tenha que novamente vivenciar as minhas dores - para que as pessoas saibam o que houve e parem de perguntar - assim o farei!

  Entrei no banheiro e ouvi um soluçar baixo, espero que não seja de quem eu estou pensando.

  As cabines do banheiro estavam todas vazias, exceto uma. E era de lá que vinha o choro.

  Me aproximei e dei três batidas leves na porta.

- Tá ocupado! - ouvi uma voz falha e rouca, na qual eu conhecia muito bem.

- Gale, sou eu, o que houve!?

- Não é nada. - fala com a voz mais equilibrada.

- Eu sei que estava chorando, abre pra mim, por favor!? Gale... - depois de alguns segundos em silêncio finalmente ouço a porta ser destrancada.