Capítulo 11

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Eva Jones

Não aja tão especial

O que eu faço não é para você

Você fez essa bagunça

Eu bato na sua porta

Não ignore, ou esqueça

Eu vejo você caindo na minha cova

Cheio de mentiras, cheio de fôlego

(Hush - The Marías)

- Como eu pude fazer o que com você? Entre logo, vou pegar algo pra beber enquanto você se recupera desse chilique - Deixei-o para trás e fui até a cozinha pegar uma taça de vinho. Esse jeito viraria alcoólatra.

Servi duas taças de vinho enquanto ele aparecia na cozinha com uma expressão de confusão.

- Você vai mesmo se casar? - Questionou pegando a taça de vinho que ofereci a ele. Tomou um gole e encostou o corpo no balcão.

- Eu não te devo satisfações, mas respondendo sua pergunta sim, irei me casar, mas não pelos motivos que você acha - Tomei um grande gole do líquido carmim e me debrucei no mármore encarando-o - Não estou casando por amor. Foi um acordo que ambas as partes envolvidas estariam em benefício. Não estou colocando um fim no que quer que nosso envolvimento seja, se isso te preocupa tanto.

- Então porque me ignorou o dia todo? Tentei te ligar várias vezes quando vi a notícia - Resmungou o loiro abrindo os primeiros botões da camisa e afrouxando a gravata em seu pescoço - Sabia que não iria me ignorar se eu aparecesse aqui então peguei o jato e vim o mais rápido possível.

- Eu sabia que viria - Dei de ombros me sentando sobre o balcão, terminei de beber o vinho e pousei a taça ao meu lado - Se quiser continuar me vendo terá que ser mais discreto. Não podemos levantar suspeitas quanto a veracidade do meu casamento. Aqui será o lugar que iremos nos encontrar, você terá acesso a garagem do prédio e iremos nos ver apenas aqui. Se nossos caminhos se cruzarem em público você irá agir como se não me conhecesse, estamos entendidos?

- Aceito qualquer coisa se puder continuar vendo você - Se aproximou ficando entre minhas pernas, colocou as mãos em minhas coxas as alisando - Sabe que sou seu, inteiramente.

Nossas bocas se colaram em um beijo selvagem enquanto podia sentir os dedos dele roçando no tecido da minha calcinha. Tirei a camisa do seu corpo expondo os músculos que se contraiam ao meu toque. Ofeguei quando seus dedos me invadiram, a boca beijava a pele do meu pescoço e colo enquanto os dedos ganhavam um ritmo de vai e vem em minha intimidade molhada.

Sobre aquele mármore fodemos até nossos corpos não aguentarem mais. Permiti que ele tomasse um banho antes de sair, me deitei na cama e dormi profundamente. Tinha sido um dia cansativo e sabia que teriam muitos outros pela frente.

No dia seguinte ao sair do apartamento cruzei com meu amado noivo no elevador.

- Bom dia, querida - Disse irônico encostado na parede do elevador, seus olhos correram pelas minhas pernas expostas pela saia preta.

- Que desprazer ver sua cara feia tão cedo - Entrei no elevador e me apoiei na parede oposta a que ele estava - Aliás, quero que abra um espaço na sua agenda na quinta-feira para irmos jantar na casa da minha mãe, precisamos mostrá-la o quanto nos amamos intensamente.

- Vejo que não contou a verdade pra ela, posso saber o motivo? - Questionou e pude ver sua expressão mudar.

- Não, apenas saiba que ela gostou da notícia. Ela estará ajudando nos preparativos das duas festas. Também li o contrato nupcial e fiz as alterações que achei apropriado. Se aceitar meus termos acho que já podemos assinar.

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