II Capítulo - 15 II

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Matias

Acordei com uma dor de cabeça do cão, o motivo é simples, chorei feito um bebezinho na noite passada. Procuro pela peste na cama, mas, só consigo sentir seu cheiro.

— Se você está procurando minha irmã, está perdendo tempo. - olho para o sofá encontrando Íca, Guto e Rosi sentados me encarando.

— Onde ela está? – pergunto, fechando meus olhos por causa da claridade da luz.

— Não sei, saiu pedindo para ficarmos cuidando de você enquanto. resolvia algumas coisas. – Rosi, responde, percebendo que a luz me incomodava, ela a apagou.

— Ela estava bem? - perguntei receoso, ontem a noite, mostrei meu lado vulnerável e acabei caindo no sono, não sei como ela lidou com isso.

— Ela estava, aparentemente ótima, homem das cavernas, acho melhor você se preparar porque a mulher que saiu daqui era uma mulher muito bem decidida. - João entra alegre cheio de balões nas mãos.

— Está liberado. - Lucas passa pela porta sussurrando.

— Conseguimos. - Lene entra logo atrás da Duende junto, minha mãe e madrinha cheias de sacolas em suas mãos.

— Vocês tinham dúvidas? – euzinho, chamando a atenção, elas poderiam entrar até com um trem bala. – João exagera como sempre, sentando-se no colo do namorado.

— O que é tudo isso? – observo o fuzuê no quarto do cara que não pode se levantar e muito menos mandar, que eles se calem.

— Vou fingir demência, mas, somente hoje. - a enfermeira Verinha, fala surpreendendo todos assim que passa pela porta do quarto.

— É por isso que é a minha preferida, sua linda. - João levanta-se e a abraça com força.

— Onde a peste, foi? – mesmo sabendo que eles não me contariam, perguntei em um sussurro, todos eles aqui à essa hora, totalmente dedo dela.

— Larga de ser curioso menino, daqui a pouca ela estará de volta. - minha mãe fala me beijando.

— O que ela está aprontando? - todos se olham e logo a porta se abre novamente.

— Cheguei! - Daí entra com Savi, toda sorridente.

— É uma invasão? Vocês sabem que este quarto é de hospital, certo? - ela revira os olhos e mostra a língua para mim.

— Nossa, está bem cheio. - meu pai e padrinho entram, nos braços do padrinho um urso enorme de coração.

— O que ela vai aprontar? - olho para minha cunhada que sorri mostrando cumplicidade.

— Chegou quem faltava, o mais lindo de todos. - meu irmão sorri mostrando seus dentes, vem direto para mim e estende seus braços para me abraçar.

— O que Luz Maria está aprontando? – aproveite seu abraço e perguntei baixinho, mas antes que ele me respondesse, a porta foi aberta e ela entrou.

— Estou de volta. - ela está linda com um macacão todo sujo de tinta, seu rosto está maquiado como uma palhaça, seu cabelo tem duas Marias Chiquinha, com coloridos no cabelo.

— Amor eu passei a noite inteira pensando em, como te ajudar com a cadeira de rodas, então tive uma ideia. - ela sorri e lágrimas descem pelo seu rosto, rapidamente ela as retira.

— Sei que sua nova realidade é difícil e o que, você tem que enfrentar, mas, o peso e mais fácil de carregar quando se divide, você tem uma família para isso, alguns de sangue e outros de almas como sempre falo. - todos se emocionam com seu discurso.

PERFEITO PARA VOCÊ! LIVRO 2 - Duologia PerfeitosOnde histórias criam vida. Descubra agora