II Capítulo - 01 II

537 99 83
                                    



MATIAS

Ainda na casa da arvore, imagino o que ela deve ter pensado ao me ver sair correndo da casa dos meus tios como se o próprio capeta estivesse atrás de mim, minha mente está girando.

Inferno sete anos, a porra de sete anos e eu ainda corro igual a um frangote quando a vejo com o namorado.

O quanto isso me torna patético?

Merda, vou treinar que ganho mais assim esvazio a mente, um dos meus novos robes é lutar para descarregar o estresse. Desço e não encontro ninguém. Alguns passos indo em direção a academia que meu pai, mantem em casa, escuto Rosi me chamar.

— Ei Matias, espera. – Ela está em meu alcance me fazendo parar.

—O que foi? – Sou grosso.

— Ei... Não tenho culpa das merdas que passam pela sua mente, mas não queria ficar lá também. – Dá de ombros.

— Desculpa, eu vou treinar um pouco, quer ir? – Ela faz uma careta.

— Não sou de me exercitar, você sabe muito bem disso, mas acho que pode ajudar um pouco. — Volto a caminhar com ela seguindo os meus passos.

— Você também está com o coração fodido? – Pergunto.

— Um empresário tão importante falando palavrões? – Ela tira com minha cara para não responder à pergunta que fiz.

— Do seu lado sou apenas um amigo. – Me abraça e eu retribuo e entramos na academia.

Meia hora depois minha tensão passou, estou morrendo de rir das tentativas frustradas da Rosi em acerta um golpe em mim, tenho que assumir que ela é persistente é não irá desistir tão cedo.

— Para de dar risada da minha cara seu babaca e me ensina. – Ela resmunga com o tronco para frente e as mãos apoiadas no joelho, respirando rápido, mas com dificuldade.

— Nem com o melhor professor você aprenderia tão rápido coelhinha, você é uma negação. – Caio na risada e ela chuta minha canela.

— Coelhinha vai ser o soco no meio do seu nariz. – Ela se levanta e pula em mim e eu a giro a derrubando no chão e parando em cima dela.

— Aí que nojo Matias, seu suor está escorrendo e vai pingar em mim. – Eu começo a gargalha.

— Tem mulheres que adorariam me lamber assim. – Falo com voz de sedução mais continuo dando risada.

— Que pena que não sou uma delas. – Ela fala tentando se levantar, mas começo a esfregar meu rosto no seu e ela esperneia.

— Rum, Rum. – Ouvimos um arranhar de garganta e paramos nossa brincadeira, olhamos para cima juntos e ainda sorrindo. E lá estão todos os meus amigos e Luz com o namorado que está com uma cara nada amigável nos encarrando.

— Podemos usar a academia também? – João pergunta mostrando vontade nenhuma de estar ali.

— Fiquem à vontade. – Dou de ombros e me levanto. Estendo a mão para que Rosi se levante também.

— Seu nojento, você me paga. – Ela me dá um tapa e eu tento ignorar ser a atenção de todos.

— Ah coelhinha você está muito esquentadinha logo tão cedo, vamos relaxar um pouco. – Finalizo a frase a colocando em meu ombro e seguindo para os fundos da academia.

— O que você vai fazer? Não! Não! Paraaaaaa... – Ela grita quando abro o chuveiro e a coloco embaixo d'água gelada junto comigo.

— Pronto, não estamos mais suados. – Falo e ela começa a gargalhar comigo.

PERFEITO PARA VOCÊ! LIVRO 2 - Duologia PerfeitosOnde histórias criam vida. Descubra agora