II Capítulo - 10 II

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MATIAS

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MATIAS

Pensar em não sentir o seu aperto em minha mão, foi desconfortante, até mais que os pontos de dores espalhados pelo meu corpo. Eu estava desacordado, mas sentia como se o meu corpo flutuasse ao seu redor, sua apreensão, o desespero dos meus pais, e a medicação administrada em mim, me fizeram apagar de vez. E então, tudo se tronou um total silêncio...

Silêncio e ela,

Silêncio e seu sorriso,

Silêncio e seu abraço,

Silêncio e seu carinho,

Silêncio e seu beijo,

Silêncio e ela.

Luz

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Luz

Derramei toda a minha dor por longos minutos até que não tinha mais o que chorar. Uma enorme mentira, eu tinha sim, por que as lágrimas nunca acabavam, mas o desespero eu consegui controlar, um pouquinho mais, consegui.

O tempo foi passando e ver como ele é querido, não somente pela família e os amigos íntimos, mas por alguns funcionários, a equipe que o acompanha na corrida, o seu gerente e a barata descascada estavam presentes, foi reconfortante.

A sala de espera do enorme hospital ficou pequena, no andar que estávamos tínhamos que manter o silêncio e caminhar pelo espaço foi a opção que alguns tiveram para acalmar os ânimos.

— Conversei com o diretor do hospital e ele cedeu um quarto para nós, quero que você vá tomar um banho e não me faça arrastá-la para a enfermaria. – Meu pai faz carinho em meus cabelos enquanto estou sentada ao lado do príncipe com a cabeça apoiada em seu ombro. Mas seu tom de voz é uma ordem.

— Não vou sair daqui antes que um médico saia por aquela porta – aponto para a porta com o dedo indicador, – dizendo que ele está vivo. – Não dou margem para discussão.

— Você tem que estar bem para quando ele acordar, para que possa cuidar dele. – Marcela que está sentado ao lado do príncipe e segurando minha mão tenta me convencer, eu olho para ela com minhas lagrimas que parecem não ter fim e soluço.

PERFEITO PARA VOCÊ! LIVRO 2 - Duologia PerfeitosOnde histórias criam vida. Descubra agora