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Ele entrou determinado a confrontá-la, e exigir que ela se comportasse de maneira decente dentro da sua casa, mas toda sua firmeza foi embora no instante em que a viu.

Seu olhar a percorreu lentamente, dos pés à cabeça, como se estivesse preso em sua imagem. O tecido deslizando sobre suas curvas, a forma como a luz suavemente contornava seu corpo.

Engoliu em seco, sentindo o gosto amargo da própria hesitação. As palavras presas na garganta, enquanto seus dedos formigavam, ansiosos para senti-la, como se a distância entre eles queimasse.

Sem desviar o olhar, ele fechou a porta atrás de si com um clique suave e caminhou em sua direção. Ele queria tocá-la, mas, mais que isso, queria dominar o momento que escapava entre o desejo e o controle.

Ela permaneceu imóvel, como se soubesse exatamente o que viria a seguir. Seus olhos se encontraram, intensos e carregados de expectativa.

Com um toque firme de suas mãos calejadas, que contrastavam com a suavidade da pele dela, ele acariciou seu rosto, deixando os dedos deslizarem lentamente pelo pescoço até encontrarem os seios nus. Sentiu a respiração dela acelerar sob seu toque, e, ao ver seus lábios entreabertos, tomados pelo desejo, um pequeno gemido escapou de sua boca quando as mãos dele, firmes, mas cuidadosas, começaram a explorar seu corpo, que estava coberto apenas pela delicada renda da calcinha.

Quando seus lábios finalmente se encontraram, o beijo começou lento, quase tímido. Mas logo a urgência tomou conta. O ritmo suave deu lugar à paixão intensa, e cada movimento carregava o peso de tudo o que não precisava ser dito. Suas línguas se encontravam em uma dança sensual, enquanto as mãos exploravam, ávidas, cada curva e cada músculo.

A proximidade dos corpos fez o calor subir em suas bochechas, e, mesmo hesitante, seus dedos se fecharam na camisa dele, puxando-o para mais perto. O coração batia acelerado, uma sensação quase que desconhecida revirava seu estômago, como se fossem borboletas despertando dentro dela.

Sentindo o desejo dela em cada gesto, ele puxou seu cabelo para o lado, expondo seu pescoço. Inclinou-se e começou a deslizar beijos por toda a extensão de sua pele, do pescoço ao colo, alternando entre a intensidade e a delicadeza. Embora a desejasse com uma urgência quase primitiva, suas mãos deslizavam com cuidado, tocando-a com carinho, como se quisesse gravar em sua memória cada curva, cada detalhe.

Inês, que havia desfrutado de momentos agradáveis ao lado de Henrique, estava seriamente inclinada a lhe dar uma chance. No entanto, seu coração teimoso insistia em reclamar da saudade de Victoriano. O desejo por ele pulsava dentro dela, e seu corpo ansiava pelo calor de seus braços e pelo sabor inconfundível de seus beijos. Como se isso pudesse acalmar o turbilhão de emoções sentia, repetia para si mesma que seria só essa vez, iria saciar seu desejo de ser dele, apenas por uma última vez, e guardar esse momento na memória.

Com Inês em pé diante dele, Victoriano se abaixou, seu nariz roçando contra sua pele. Sentiu o cheiro de sua intimidade e deu um beijo suave sobre a renda de sua calcinha, provocando uma série de sensações novas e intensas para ela. Enquanto seus olhos exploravam cada detalhe dela, ele deslizou a calcinha para baixo, e sentiu uma onda de prazer ao apreciar seu corpo completamente nu.

Victoriano se levantou, as mãos nunca deixando o corpo dela e, com um gesto carinhoso, ele a pegou no colo e a colocou sobre a cama. Deixando-a parcialmente deitada, apoiada nos próprios braços, com as pernas levemente dobradas. Ele deu um passo para trás e tirou a camisa, revelando um corpo esculpido pelo trabalho árduo. A pele bronzeada pelo sol e as mãos calejadas contavam histórias de uma vida dedicada à lavoura, de um homem moldado pela dureza do campo.

Sem se mover do lugar, ela o observou em silêncio, sentindo o nervosismo crescer junto ao desejo que ardia em seu peito. Sua respiração tornou-se lenta e pesada, enquanto admirava a força rústica que ele exalava. Havia uma masculinidade crua em seu porte, mas também uma gentileza inesperada, como a da natureza em seu estado mais puro.

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