06

352 35 5
                                    




Ele se aproximou dela, abaixou o braço que tentava cobrir seus seios e, com a mão firme em sua nuca, puxou-a para si e a beijou.

Ela permaneceu imóvel por um momento, hesitante, mas quando sentiu o toque firme de suas mãos em seu corpo, e a forma como sua língua explorava sua boca, também se rendeu a ele, e o beijou de volta.

Ignorando o fato de que ela ainda estava molhada, ele continuou a beijá-la, e a empurrou contra uma árvore próxima. Com o corpo colado ao dela, forçou sua perna entre as dela, provocando uma onda de desejo que percorria seu interior. Sua boca, ávida e com saudade do sabor dela, deslizava por seu pescoço e seios.

Segurando seu cabelo com uma mão, ele aprofundou o beijo enquanto a outra mão desceu, sem pressa, para dentro de sua calcinha, buscando saber se compartilhavam do mesmo desejo. Quando sua mão tocou-a de forma mais íntima, um gemido suave escapou de sua boca, revelando o quão excitada ela estava.


Os dois saciaram o desejo que há tempos vinham sentindo, mas tirando os gemidos, nada mais havia saído de suas bocas.

O sol começava a despontar no horizonte, e ela, ainda ofegante, decidiu voltar para a água, buscando se refrescar e apagar os vestígios do que acabara de acontecer. Se alguém a visse ao retornar, teria uma desculpa convincente.

Ele terminou de se vestir e, ao olhar para ela, viu-a deslizar de volta para o lago. A luz suave do amanhecer realçava a beleza de sua silhueta enquanto ela nadava com um gracejo sutil.

- Que se dane! – Murmurou.

Sem pensar duas vezes, tirou as roupas e mergulhou atrás dela.

- Victoriano... - Ela sussurrou.

- Não quero conversar ainda, Inês. – Ele respondeu, beijando-a.

E, mais uma vez, o desejo falou mais alto, guiando-os de volta ao que ambos não conseguiam evitar, nem se quisessem.

Enquanto ele se vestia, ela montou no cavalo e foi embora sem olhar para trás. Estava furiosa consigo mesma por ter cedido, mesmo sabendo que isso não mudaria nada entre eles.

Ele ficou parado, vendo-a partir. Por mais que o ódio pelo que ela havia feito ainda queimasse, ele sabia, naquele momento, que nenhuma outra mulher seria capaz de substituir o que ela significava para ele. Agora que a teve de novo, seu desejo por ela era ainda maior.

...

Deborah estava entrando no quarto mês de gestação, ainda determinada a levar Victoriano ao altar. No entanto, apesar de acreditar que a situação de Inês a favorecia, ela se via cada vez mais distante de alcançar seu objetivo. Victoriano parecia mais resistente do que nunca, tornando difícil até mesmo levá-lo para a cama, quanto mais para o altar.

Enquanto isso, Inês continuava enfrentando a frieza de Alejandro. Mesmo com Victoriano tentando convencê-lo a conversar com a mãe, nada mudava. As meninas faziam o possível para animá-la, mas Inês sentia falta do carinho e da proximidade com seu filho. Nos últimos dias, ela andava mais reclusa, passando cada vez mais tempo em seu quarto, indisposta e emocionalmente desgastada.

...

Inês estava saindo de casa quando viu Alejandro montado em um cavalo, prestes a sair sozinho. A lembrança do último acidente que ele sofreu ainda estava fresca em sua mente, e, sem pensar duas vezes, ela foi até ele.

- Alejandro! - Chamou, indo até ele. - Desça do cavalo agora!

Ele parou, surpreso, mas logo franziu o rosto.

- Mas eu só vou dar uma volta...

- Desça! - Repetiu com firmeza, segurando as rédeas. - Você é muito novo para sair sozinho. E ainda mais sem a minha permissão!

Las AmazonasOnde histórias criam vida. Descubra agora