Capítulo 15

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Pete passou no hospital, pegou sua avó e a trouxe para casa. Agora estão sentados no sofá. Pete está com os olhos fixos na parede, pensativo.

- O que você tem, filho? - A avó de Pete perguntou, preocupada,  pois percebeu que Pete parecia aflito e triste.

- Nada, vovó, não se preocupe - Pete mentiu.

- Como que não é nada, eu conheço meu neto, sei que tem alguma coisa.

Pete soltou um suspiro logo e sentiu os olhos arderem, queria chorar. Ele não conseguia esconder nada de sua avó  e ela conseguia arrancar as coisas de Pete com tanta facilidade.

- Eu me apaixonei, vovó - Pete começou, com um sorriso fraco.

- Isso não é uma coisa boa?

- Não quando eu não posso ficar com essa pessoa. E, eu sei que é melhor assim, mas por que dói tanto? - Pete não conseguiu segurar o choro, logo sentiu as lágrimas descerem por suas bochechas e a voz ficar embargada enquanto falava.

- Porque você ama ele - Sua avó disse em alto e bom som algo que Pete ainda não tinha aceitado, até o momento.

- Sim, vovó. Eu amo ele e percebo isso somente agora, quando ele já deve ter ido embora.

Agora Pete entendia o porquê estava sendo tão difícil aceitar que quando voltasse hoje não encontraria mais Vegas. Porque ele já o amava. Pete sabia desde o começo que o que eles tinham nunca seria apenas sexo, ele poderia ter evitado, mas não o fez e não se arrependia disso, nem de tudo o que fizeram.

- Talvez ele esteja te esperando e você está aqui cuidando de uma velha.

- Não diga isso, eu amo cuidar da senhora - Pete segurou a mão da avó entre as suas - Vamos esquecer esse assunto... O que a senhora quer comer?

Pete levantou-se do sofá e foi para a cozinha. Apoiou-se na pia e deixou as lágrimas saírem, agora que estava sozinho. A avó de Pete o seguiu até a cozinha, parou na porta, de onde viu os ombros trêmulos de Pete e escutou seus soluços. Não queria vê-lo tão triste, tinha que fazer algo.

QDT

Enquanto isso, os homens levaram Vegas para uma sala escura, onde ele foi jogado no chão com brutalidade. Vegas tentou se levantar, mas foi empurrado de volta para o chão, quando recebeu um soco que fez seu nariz sangrar.

No mesmo instante uma luz fraca abriu-se no teto e iluminou um pouco aquele breu. Uma silhueta masculina apresentou-se para Vegas, que cerrou os olhos tentando reconhecer quem era.

- Achou mesmo que iria comer aquela putinha debaixo do meu teto e eu não iria saber? - Vegas escutou, ao mesmo tempo em que viu a silhueta saindo da escuridão e dando forma a um homem.

Ele reconhecia aquele rosto. Era Korn, o mesmo que o recebeu quando Vegas chegou a clínica.

- Gozou muito assistindo? - Vegas brincou, não tinha medo dele.

- Filho de uma puta! - O velho xingou - Eu tenho nojo de vocês dois, isso sim!

- Vamos lá, Korn, esse pode ser o nosso segredinho. Ninguém vai saber o seu fetiche - Vegas disse com um sorriso cínico.

Korn aproximou-se e desferiu um golpe no rosto de Vegas. O mesmo cuspiu o sangue nos seus pés e levantou o rosto, desafiador.

- Você bate que nem mulherzinha!

Dito isso, Vegas recebeu mais golpes em seu rosto, um atrás do outro. Mas, em momento algum o sorriso zombeteiro abandonou seus lábios.

Se fosse morrer agora, queria morrer sorrindo. O sorriso que iria atormentar aquele velho até a morte. Vegas garantiria isso.

Sadist - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora