VENDIDA AO COWBOY · 2 LIVRO

4: Boas Vindas!

Gisele Narrando...

Bufo na cama irritada, Pois Livia havia trazido isso para nós duas. Não era justo eu pagar pelos pecados dela!

Cansada de pensar tanto decido tirar satisfação. Saio em retirada ao quarto de Livia, empurro a porta, e entro no cômodo pisando firme.

- Está satisfeita com o que você fez? Indago após encontrar ela se olhando no espelho da penteadeira.
- O quê foi que eu fiz? Perguntou se virando toda inocente.
- Você ainda tem o cinismo de me perguntar?! Debocho, Pois só ao ver a expressão de seu rosto despreocupado já me deixava atiçada.
- Não! Cinismo não! Eu tenho a decência de perguntar! Se chateou sem motivo algum.
- Decência?! Você sabe o quê isso significa? Me aproximo dela.

- ...Quase toda noite você atravessa a porta dos fundos para ir aquele maldito cassino atrás de um homem que cospe "Eu não ligo" na sua cara, E vem dizer pra mim que tem decência! Você não tem nada de decente, Livia! Nada! Jogo as palavras na sua cara com o único intuito de machuca-la.
- Tá! Eu posso até ser a vagabunda da casa, Mas e você? Também foi comigo para aquele lugar que você chama de "maldito"! E aí?! Quem é a hipócrita da história, Gisele? Chantageou o meu comportamento anterior.
- Eu fui sim, e você não sabe o quanto eu me arrependo! Passo a mão no cabelo preocupada. - ...Agora mamãe tomou as rédeas das nossas vidas! Comento após me lembrar da conversa de alguns minutos atrás.
- Do quê está falando? Perguntou confusa.
- Mamãe decidirá com quem nós vamos casar! Informo com uma dor pairando no peito.
- Como é que é?! Perguntou parecendo não ter ouvido nada do que eu havia dito. - ...Mas...Mas mamãe não pode fazer isso com a gente! Isso é um absurdo! Gaguejou incrédula.
- É! Ela não podia! Agora pode! E olha que eu nem falei de quem é a culpa! Me viro para saí do quarto, Porém Livia se pronuncia.
- Sinto muito, Mania! Se desculpou sem jeito.

Me viro, e analiso seu rosto sem saber se devia acreditar naquelas palavras ou não! Não! Não me convenceram!

- Você sente muito?! Será que sente mesmo? Indago, e ela nada fala. - ...Eu não acho! Dessa vez caminho até a porta.
- O quê vai fazer agora? Perguntou curiosa.

Me viro pela segunda vez, e a encaro. Percebo seus olhos tentando bisbilhotar alguma expressão minha. Assim ela poderia saber o que se passava na minha cabeça, ou pelo menos ter algum palpite em mente!

- Bom, eu não posso simplismente esperar ser entregue a um completo estranho, né?! Digo sem lhe responder diretamente.
- Meninas! Carlota, a governanta coloca a cabeça para dentro do quarto. - ...O café da manhã já está na mesa! Avisou, e eu olhei para Livia antes de saí para o meu quarto.

Encostei a porta, e me sentei na beirada da cama. Logo em seguida Carlota entra sem aviso prévio. Ela era a única que podia me ouvir ali dentro!

- ...O quê foi minha linda? Indagou ela se aproximando de mim.
- Mamãe vai me casar com qualquer cara rico, Carlota! Meus olhos embaçam, e eu nem tento desfaçar o descontentamento.
- O QUÊ? Se assustou. - ...Quê tipo de mãe entrega sua preciosa filha para qualquer cara rico?! Carlota parecia tão espantada quanto Livia.
- A minha! As lágrimas rolam pelo meu rosto.