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Kara danvers

Acordei atordoada em uma cama, pisquei algumas vezes enquanto as lembranças voltavam para minha cabeça. Sentir um carinho gostoso e bem vindo no meu rosto. Era lena me olhando preocupada eu acho. Tentei levantar, mas ela me impediu me segurando e me mantendo deitada. 

- Está tudo bem? – Perguntei a encarando. Ela se debruçou beijando em minha testa. 

- Você ainda vai me causar um infarto pequena. Está sim tudo bem, com você e o nosso filho acho que foi muita informação pra você no momento. – Respondeu. E sem duvidas a Imra correndo risco de morrer e o Monel morto.

Eu não estava aliviada. Não conseguia sentir um pingo de remorso por ele e eu sei que deveria pelo menos lamentar, mas eu não conseguia é como se me livrasse de um peso que eu nem sabia carregar. 

- Você devia estar adepto a emoções. – Comentei. Ela continuou me olhando avidamente. 

- Vou tentar me acostumar. O médico disse que você poderia ir pra casa assim que acordasse, está mesmo precisando descansar. – Contou. E ela tinha razão, agora teria que pensar por dois.

Balancei a cabeça concordando, me levantei com a sua ajuda, mesmo que não precisasse, só que eu gosto de saber que ela sempre vai estar pronta e disposta pra mim quando eu quisesse. 

- Quero me despedir da minha tia e do meu tio. – Disse. Ela concordou e seguimos até a ala onde eles estavam dei um abraço em minha tia e fiz o mesmo com o meu tio. O choro tinha se cessado e agora estavam na fase do silêncio agonizador.

E o casal vinte ainda estavam lá, a Carol agarrada a Diana  assim que me viu me fuzilou com olhar e respondi com o sorriso. Caminhamos para saída quando ela me puxou de lena para ela. 

- Não me dá susto tá! Estou em uma idade que isso não é bom. – Retrucou me abraçando sem sombras de duvidas eu tenho a melhor amiga do mundo. 

- Amor em nenhuma idade susto é bom! – Explicou a Diana a encarando. 

- Festas, pedidos de casamento entre outras coisas são sustos bons. – Relatou. Sorrir encarando a lena  lembrando quando ela me pediu em casamento em como eu não esperava por isso e como meu coração palpitava a cada palavra. Sem duvidas alguma eu amo essa mulher . 

- Chega de sustos. – Assegurei a vendo sorrir. Chegamos ao estacionamento nos despedimos enquanto lena  conversava com Diana  entrei no carro o esperando e ela fez o mesmo. Precisava de um banho e dormir o dia de hoje tinha sido corrido demais. 

- Está tudo bem? – Perguntei com a cabeça encostada na poltrona, precisava urgentemente de uma cama, melhor da minha cama e da minha esposa  para dormir de conchinha. 

- Agora está, vai parecer loucura, mas estou sentindo muito a sua falta. – Comentou. Peguei em sua mão por que também estava morrendo de saudade dela, de um momento nosso. Que vontade de voltar para praia novamente onde tudo era só tranquilidade . 

- Então somos duas loucas e com saudade una do outra. Às vezes me pego pensando no inicio de como a gente começou tudo e fico pensando em como foi turbulento, como você se apaixonou pela mulher fraca e desacreditada que eu era. – Murmurei a encarando. Estávamos saindo do estacionamento do hospital, e mau via à hora de chegarmos em casa. 

- Por que eu sempre te vi como uma lutadora, que tinha enfrentado tantas coisas e eu só queria te pegar no colo e cuidar de você. E te dizer que não estava sozinha. Só devia ter feito isso antes. – Ressaltou.

E eu sorrir com o que ela tinha acabado de dizer, por que saber que lena me via como eu nem me via. Perdi tempo demais sentindo pena de mim mesma. 

- Eu queria que tivesse sido antes, mas o momento foi propício. Você se arriscou a levar um tiro por mim eu devia ter visto os sinais, sua mudança comigo. – Falei. Ela sorriu e fiz a mesma coisa. Fechei os olhos esperando realmente que logo chegássemos em casa. 

Minha chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora