12° desafio

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O desafio do dia é:

Cinco bênçãos em sua vida


1 - PPC
Aqui na minha cidade tem um lance chamado Programa Primeira Chance que, desde o ano passado, contrata jovens de 18 a 20 anos pra trabalhar em algum setor da prefeitura por um ano. Foi o meu primeiro emprego e, honestamente, fico muito feliz de ter me inscrito (eram vagas sorteadas).
No primeiro dia, eu fui sem uniforme porque não pude ir na reunião em que distribuiriam as camisas e lá estava eu, de rosa, enquanto todos estavam de branco. Pelo destaque indesejado, fui posta em um setor diferente dos outros e foi a melhor coisa que aconteceu, porque era um setor bem menos estressante.
Mas eu conheci pessoas incríveis que me proporcionaram momentos ainda mais incríveis e muitas risadas em meio a tanto estresse (atendimento ao público é maravilhoso hehe), e eu amei cada segundo.
Hoje não estou mais lá, mas, graças a esse emprego, consegui fazer aulas de dança e entrar na faculdade, que era um grande sonho meu.

2 - A faculdade
Desde que ouvi a palavra "faculdade" pela primeira vez, aos 6 anos, eu sonhei em entrar em uma. Me lembro de perguntar a uma colega, durante uma festinha na escola, se ela iria pra faculdade e ela nunca tinha ouvido falar nisso. Claro, ela tinha 6!
Mas esse sempre foi o dilema da minha vida. O que fazer? O que eu quero ser? E eu queria algo que desse dinheiro, mas que eu amasse. Então cada dia era uma resposta diferente: direito, história, matemática, medicina, fisioterapia, dança, história da arte e várias outras. Todos os dias eu pensava nisso, mas nenhum desses cursos me parecia o certo.
Então, depois da minha segunda (e última) tentativa no Enem, eu me rendi ao curso que tanto fugi: letras. Gente, eu detesto português, porém, amo ler. Não acho que tenho criatividade o bastante pra ser escritora, mas descobri que o meu sonho é trabalhar com livros. E quero revisar, gente, corrigir os livros, fazer as edições pra deixar a escrita linda e maravilhosa (odeio quando vou ler e tem algo escrito errado). E, na intenção de melhorar ainda mais o meu português, letras. Não tive muito pra onde fugir.
A questão é: deu tudo errado. Estudei pro enem e não passei. Cansei de sofrer e fui pra particular. Achei que meu sonho fosse a pública mas eu só queria estudar, e meu coração entrou em festa quando me matriculei.

3 - Minha família
Quando comecei a trabalhar no ano passado, assumi algumas contas da casa, além das minhas dívidas (tristeza). Mas, desde que o meu contrato acabou, meus pais não me deixaram desistir do meu sonho: mesmo meio enrolados, eles sempre separam a grana da minha faculdade e curso e me dão todo o suporte que preciso. Sem isso, eu teria trancado a facul, porque ainda não consegui um outro emprego, mas eles não deixaram. Sou muito grata por isso.

4 - Docinho
Meu namorado é uma lindeza, gente. A nossa história é bem doidinha e muito fofa, mas uma das melhores coisas que já me aconteceram foi conhecer ele. Não vou falar muita coisa, porque não sirvo pra ser romântica, mas é isso.

5 - Dança
Não é nenhum segredo que a dança sempre foi e sempre será a minha terapia. Eu amo desde pequeninha.
Como eu disse lá em cima, com o trabalho, eu entrei na aula de dança. Até então, eu não dançava há muito tempo, e, como tinha aberto um novo estúdio perto de casa, eu estava louca pra conhecer o lugar e me matricular. Mas em quê? Tem tantas coisas que eu nunca fiz: jazz, stiletto, hip hop, jazz funk, kpop e, por fim, o pole dance.
O pole dance me deixou curiosa logo de cara. Eu tinha acabado de assistir um documentário sobre isso e estava fascinada pelo estilo, então resolvi fazer uma aula experimental. Foi sofrido. Eu não sabia fazer flexão nem abdominal e era 20 de cada + polichinelo + prancha e eu morri só no aquecimento. Sedentarismo total.
E aí, o momento mais esperado: subir na barra. Fracasso total. Foi ridiculamente triste, porque eu conseguia subir, os músculos ardendo, eu toda vermelha, e, do nada, começava a escorregar.
No final da aula, eu soube que voltaria. Me matriculei no mesmo dia e continuei enquanto pude pagar. Planejo voltar assim que possível. O pole me dava uma sensação de poder. Afinal, se eu subia naquilo e fazia aqueles giros e aquelas poses, podia enfrentar o que fosse. E, cara, a aula toda era de frente para o espelho e, cara, que gostosa! Eu me sentia a bam bam bam.

Acho incrível que a tudo isso foi em pouco mais de um ano. Arrumei um emprego e matriculei na facul e no estúdio, e, pouco depois, comecei a namorar.
2021 foi um ano muito louco porque eu mal parava em casa. E amei cada segundo.

Desafio dos 30 diasOnde histórias criam vida. Descubra agora