OITO

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Eve entrara na propriedade dos Madoxx onde seria o recital acompanhada dos casais, eles foram gentis com ela.
Mesmo com tanta gentileza, ela desejava poder ir aos lugares sozinha. Sem se sentir um fardo para os outros. Infelizmente, não seria respeitada se agisse de tal modo.

— Está tudo muito belo. — observara Lizzy.

— Não pouparam despesas. — Evan, respondera. — Mas soube que andam falidos, não deveriam gerar mais gastos.
— Acredito que seja problema deles, querido.

— Pois bem, é mesmo... só fiz uma pequena observação.

Eve sentiu vontade de rir, seu irmão havia dito que Evan era um mexeriqueiro. Que gostava de cuidar da vida das outras pessoas.

— Vamos procurar nossos lugares, antes que comece. — Libby praticamente as puxava pelo braço.


O recital havia acabado, Eve estava mais entediada agora do que quando havia chegado. Era educada suficiente para não bocejar em alguns momentos, já não podia dizer o mesmo de Libby.
A jovem não conseguia conter-se. Lucius segurava o riso para não constranger a esposa. Disse que era um castigo, já que era ela quem o arrastava para esses programas tediosos.
Dessa vez, teria de concordar com o homem.
No momento, todos se reuniam no salão para uma conversa agradável. Eve estava no canto com sua taça de limonada.

— Boa noite, senhorita. — bastou ouvir aquela voz aveludada para o corpo arrepiar.

— Lorde Thornton.

— Gostou do recital?

— Foi esplêndido.

— Muito. — suspeitava que ele mentia.

— Milorde, devo lhe agradecer pelas flores. Mas creio que não deva enviá-las novamente.

— Não gostou?

— Era um lindo buquê.

— Qual o problema então?  Seu irmão ficou bravo?

— Tristan não gostou, mas... essa não é a questão.

— Qual seria?

— Não deve mais enviar.

— Disse que queria conhecê-la melhor.

— Lorde Thornton, deve haver outras moças que despertem mais o seu interesse.

— Já conversamos sobre isso...

Os dois foram interrompidos pelos passos que se aproximavam.

— Ainda bem que lhe encontrei, filho. — Julieta disse suspirando. — Preciso retirar esses sapatos, estão maltratando meus pés.

— Mãe, quero lhe apresentar...

— Senhorita, Eve. — a velha lhe sorria.

— Milady.

— Se conhecem? — Devon olhava para às duas.

— Foi a senhorita Eve, que ajudou Monica com os vestidos no outro dia.

— Muita generosidade sua. — Devon sorrio.

O coração de Eve disparara ainda mais.

— Fiz o que achei certo. — respondeu docemente.

— Talvez possa aparecer em nossa residência para um chá.

— Não sei...

— Aceite como forma de nossa gratidão.

— Oh, querida. Devon tem razão, aceite. — Julieta entendera as intenções do filho.

— Não sei se será possível.

— Diga-me onde vive e mandarei buscá-la. — a velha disse com simpatia.

A senhora estava sendo tão educada, que Eve sentia-se constrangida em recusar seu convite. Acabara aceitando, marcaram para o outro dia o chá.
Julieta mandaria alguém buscá-la na casa de seu irmão. A senhora parecia bem curiosa para saber mais dela.
Conversaram por mais alguns momentos, até que Lucius chamou pela jovem. Como um irmão mais velho e preocupado, novamente lhe alertou para ficar longe de Devon.

Um Amor para Lady EveOnde histórias criam vida. Descubra agora