Vai ser um dia naqueles, não vai?

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-Tem certeza que consegue fazer isso?

-Só tenho uma aula no terceiro horário.

-Não é disso que eu estou falando.

Izzy engoliu em seco ao ouvir o irmão.

-É só a nossa mãe. Eu consigo.-Izzy tentou de tudo para a voz sair calma.- Preciso ir.-E desligou a ligação.

Izzy estava em frente ao espelho, usava um vestivo longo na cor preta, izzy não gostava, mas era o tipo de roupa que Maryse queria que ela vestisse, e mesmo sem saber o porquê izzy ainda queria agradar a mãe. Bozinas soaram.

A caminho do aeroporto Isabelle pensou se realmente estava pronta para encarar a mãe, ainda mais sem Alec, mas ela sabia que tinha que encarar seus medos, e sua mãe era um deles.

Ao chegar no aeroporto Izzy foi para o desembarque a espera da mãe. A chegada de Maryse estava deixando izzy tensa, as mão estavam tremendo e suando e izzy quase deixou o telefone cair quando o aparelho vibrou em sua mão. Ela sempre odiou o efeito que a mãe tinha sobre ela.

"Relaxa, posso não estar aí, mas estou com você."

"Eu vou fazer a caridade de ficar na sua casa enquanto ela estiver em New York. Pode me agradecer depois "

Isabelle sorriu, apesar de ser um babaca na maioria das vezes, Alec também sabia como ser sensível e um irmão de verdade. Um murmúrio chamou a atenção de izzy e ao levantar o olhar viu Maryse. Os cabelos perfeitamente presos em um rabo de cavalo, um vestido cinza escuro e o inseparável salto alto.

-Olá mãe.

-Vamos para casa, estou cansada da viagem.-Maryse passou por Izzy sem ao menos olhar para a filha.

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Depois de horas no hospital Clary quando entraram no apartamento Jocelyn foi direto para o quarto. Clary se jogou no sofá.

O telefone vibrou e era Magnus, o amigo dizia que iria trazer pizza para eles almocarem, clary abriu um sorriso. Enquanto esperar Magnus chegar, clary foi para seu quarto trocou de roupa. Ao voltar para a cozinha ela passou no quarto de Jocelyn para conferir se estava tudo bem e a mãe já estava dormindo. Ela se aproximou e beijou os cabelos da mãe.

-Eu te prometo que tudo vai ficar bem.-sussurrou clary. Houve batidas na porta e ela foi em direção a sala.

Clary foi para seu quarto tentar desfazer algumas caixas de mudança que ainda estavam empilhadas em seu quarto. Ela pegou uma e se sentou na cama e começou a desfazer. Logo por cima havia um cobertor no qual Clary sempre dormia agarrada até os 10 anos, ela o pegou e o abraçou. Abaixo dele havia algumas pinturas que Clary tinha feito quando criança e que a mãe guardava até hoje. Depois de tirar os desenhos e os espalhar pela cama ela pôde ver uma pintura que a mãe havia lhe dado, era uma pintura do Pier de Santa Mônica que ela e sua família sempre iam. Clary abriu um sorriso. Ela pegou a pintura e debaixo dela havia uma foto. Clary sentiu tristeza, mas também felicidade a envolvendo. Era uma foto dela com os pais. Clary se lembrou de como era ter Valentim a ajudando a fazer castelos de areia, em com era ver sua mãe ter forças para correr atrás dela pela praia. Clary lembrou de uma época de sua vida em que não havia problemas, seu pai estava vivo, sua mãe estava bem e ela era feliz. Mas as lembranças da morte do pai e do diagnóstico da mãe meses depois viraram e Clary só percebeu que estava chorando quando uma lágrima caiu sobre a foto e a molhou.

Clary escutou batidas na porta. Ela guardou as coisas e limpou as lágrimas antes de ir até a sala.

-Eu trouxe pizza.-Magnus ergueu a caixa na altura do rosto e sorriu quando Clary abriu a porta. Quando ele percebeu os olhos vermelhos seu sorriso diminuiu um pouco. Se tornou solidário.

-Vai ser um dia daqueles, não vai?

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Depois de pegar a mãe no aeroporto, leva- lá para casa e escutá-la reclamar de tudo, Isabelle foi para a escola e agradeceu por isso, faria qualquer coisa para ficar longe da mãe.

-Quero um resumo da página 100 a 105. Valerá nota.-Izzy já não fazia ideia do que estava fazendo. Seu telefone Ace deu em cima da mesa.

"Você esta viva?"

Izzy revirou os olhos, Alec sempre zombava da irmã. Mas ele tambem sabia que Maryse sempre pegava mais pesado com izzy.

"Sim, mas foi por pouco, ela esta cada vez pior"

"Se importa se eu retirar oque eu disse sobre ficar com você?"

"Alexander!"

"Eu estava brincando, vamos da uma volta no final da aula, precisamos relaxar."

"Ok"

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Clary acordou e se sentou rapidamente, estava deitada no sofá e coberta, ao olhar para o lado viu magnus sentado na poltrona.

-Você adormeceu.

-Minha mãe....ela...

-Ela está bem, fui vê-la a cada minuto.

-Obrigada por isso.

-Não precisa agradecer.

-Será que ainda podemos almoçar?

-Acho que esta mais pro café.

-Que horas são?

-15:30

-E você me deixou dormir até agora?

-Você precisava descansar.

-Estou com fome.-Clary se levantou se espreguiçando e indo em direção a cozinha.

Os dois sentaram na mesa e começaram a comer a pizza fria. Minutos depois Asmodeus entrou.

-Oque eu disse a vocês sobre comerem tanta besteira.-Magnus e Clary se encaram. Escutaram isso de Asmodeus a infância inteira.-Onde está Jocelyn? Eu poderia vê-la?

-Vô, acho que não é uma boa ideia.

-Não, tudo bem.-Clary oferecendo um sorriso a asmodeus.-Ela está em seu quarto.-Asmodeus entrou no corredor.

-Olá crianças.-A voz de Jocelyn ecoou e os dois a encaram.

-Olá mãe.-Asmodeus e Jocelyn se sentaram a mesa com eles. Clary estava orgulhosa e feliz pela mãe.

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Como Alec havia dito ele e Izzy sairam depois das aulas e pararam em uma cafeteria chamada Simon's Coffe que havia no final da rua e ficaram lá por um tempo. Disseram a si mesmos que estavam se destraindo, mas a verdade era para fugir de Maryse, mas não dava para ficar ali para sempre.

Os irmão estavam no elevador agora, podiam sentir a tensão no ar.

-Você tem que relaxar.-Izzy revirou os olhos.

-Você sempre diz isso.

-E você nunca me esculta.-zombou Alec e izzy revirou os olhos.

Eles entraram no apartamento e era apenas escuridão e silêncio.

-Não parece ser tão ruim assim.

-É claro que não, você ainda não a viu.

-Mãe!-segundos se passaram e nenhuma resposta.-Acho que ela não está.

-Você é tão sortudo.-disse Izzy entrando no apartamento com um sorriso de alívio no rosto.

-Vocês não podem chegar em silêncio.-O sorriso de Izzy se desfez e ela encarou a mãe.- Que roupa é essa pergunta?-Ela olhou Izzy e cima a baixo.-Quer saber, eu não me importo.-Ela passou por eles e saiu pela porta murmurando que juntaria fora.

-Acho que eu não sou tão sortudo assim.-Izzy encara Alec e sem forças se joga no sofá.

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