É tarde demais

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Ontem a noite Clary e Emma ficaram conversando por mais algumas horas. Clary havia contado a ela sobre sua história, sobre a morte de seu pai e como descobriu a doença da mãe. Emma foi compreensiva e consolou Clary quando ela desabou ao falar da família. Clary se surpreendeu ao perceber que estava se abrindo para tantas pessoas em tão pouco tempo.

Depois que Emma foi embora Clary foi até Magnus e contou sobre a visita de Emma. Clary descobriu que o amigo ficou tão surpreendido quanto ela.

Depois de pegar Maia e Simon no banheiro, e encontrar com Alec e Izzy, Clary torceu para que não houve-se nenhuma outra situação dessa.

Clary estava indo para a casa, ela queria abraçar a mãe até não aguentar mais.  Ficar tantas horas longe assim fazia com que Clary se sentisse culpada, era para ela estar aproveitando a melhora da mãe, ao enves disso estava presa em um café. Elas precisavam do dinheiro e torcia para que a mãe entendesse um dia.

Clary saiu de seus pensamentos quando sentiu alguém ao seu lado, ela aumentou os passos e segurou a raiva e tristeza que sentiu.

—Clary, espera!—Izzy correu para acompanhá-la e Clary acelerou ainda mais. Izzy correu e se colocou a frente de Clary inpedindo que ela continua-se a tentar fugir.

—Eu vi sua ligação.—disse Izzy. A respiração dela estava acelerada e os olhos pareciam triste e sem vida.

—Então porque não atendeu?

— Cheguei tarde.

—Porque não retornou?

—É complicado.

—Sempre é.—disse Clary e tentou passar por Izzy, mas a morena a impediu.

—Eu quero saber o que você queria dizer na ligação.

—É tarde demais.—disse Clary e tenta passar por Izzy, mas denovo a morena a  desbloqueia.

—Por favor.—disse Izzy, sua voz parecia falha.

Clary olhou para ela, os ventos balançando seus longos cabelos negros, os olhos com as pupilas dilatadas e brilhando, ela parecia arrependida e assustada. Clary sentiu uma pontada no peito e deu um passo para trás.

—Eu sinto muito por ter te afastado aquele dia, sinto por não ter te atendido, você não sabe como eu sinto, mas agora eu estou aqui. Eu não vou mais fazer nada disso.—Izzy deu uma pausa— Eu sei que pode ser difícil para você me perdoar, mas você também sentiu aquilo. Você também sentiu o seu coração batendo mais rápido quando estamos perto, como agora. Você sente o calor percorrendo pelas  veias, a imensa vontade de estarmos juntas e o horrível vazio de estarmos separadas.— Clary foi em direção a Izzy acabando com o pouco espaço entre elas e se jogou nos nos braços da morena.

Clary colou seus lábios nos  macios e quentes de Izzy. Sua língua brincando com a da morena de um jeito viciante. Clary sentiu seu corpo todo se aquecendo, seus batimentos aumentarem contra o peito. As mãos de Izzy sobre suas cintura e subindo por suas costas a pressionando ainda mais sobre a morena.

Os  beijos intensos foram se transformando em selinhos até que elas estiverem apenas com as testas coladas e sorrisos nos rostos. Elas se afastaram quando se deram conta de que estavam na rua da escola e poderiam ser vistas a qualquer momento. Ao olhar ao redor as pessoas passavam por elas como um rio pelas pedras, mas não iriam arriscar,  continuaram separadas.

—Posso te acompanhar até em casa?

—Claro

Elas andaram até a casa de Clary com conversas leves como o clima e lugares com comidas boas. Apesar da conversa estar interessante, Clary não conseguia para de pensar no beijo a minutos atrás.

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