Não posso mais fazer isso

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Clary acordou e se sentou, quando olhou ao redor não reconheceu onde estava. Ela ouviu quando o telefone tocou e se levantou começando a procura-lo. Ela espalhando os travesseiros e cobertores e quando achou a ligação já havia caído. Era Isabelle quem estava ligando. Quando olhou Clary viu uma mensagem de Izzy  perguntando como havia sido a festa e a consulta da mãe. A consulta.  Nessa hora a porta se abre e Magnus sai do que parecia ser o banheiro.

—Nós precisamos ir.—disse Clary e saiu pegando suas coisas pelo quarto. Mangus fez o mesmo.

Foi difícil achar a saída já que a casa era grande e eles não faziam ideia de como entraram. Depois de entrarem em vários cômodos errados eles finalmente conseguiram achar as escadas que levaram a cozinha, e quando chegaram lá Cristina e Emma tomavam um café e sorriam.

—Vocês já acordaram ?—Clary, que iria passar direto, parou.—Por que a pressa? Tome um café conosco.

—Eu não posso.

— Por quê?

—Eu perdi a consulta da minha mãe, preciso ver se ela está bem.—Emma pareceu assustada.

—Eu levo vocês.— disse ela procurando as chave do carro, quando achou os levou para fora. Cristina se despediu deles com um sorriso fraco e um aceno de cabeça.

Emma foi o mais rápido que pôde. No meio da preocupação  Clary sorriu ao saber que podia contar com ela.

O carro parou e Magnus e Clary desceram e agradeceram a Emma com um sorriso no rosto. Clary subiu as escadas  enquanto Magnus parou para atender o telefone e ficou para trás.

Quando Clary entrou no apartamento viu Jocelyn sentada a mesa com um sorriso no rosto e conversando com Asmodeus. Clary largou tudo que estava segurando e correu para a mãe a envolvendo em seus braços.

—Você está bem, filha?

—Desculpe por não ter ido a consulta com você.—a voz de Clary era abafada sobre a roupa da mãe.—Me desculpe, eu acabei...

—Tudo bem, meu amor.

—Então,  o que o médico disse?

—Como imaginamos.—disse jocelyn com confiança.—Eu estou cada dia melhor.—Clary sorriu.

Agora de perto Clary percebeu que a mãe usava maquiagem. Era bom ver que a mãe estava voltando a se cuidar assim, ela merecia isso.

—O que houve? — Clary virou o olhar ao ouvir a voz de Asmodeus e se deparou com Magnus vindo até eles com um olhar triste.

—Me ligaram.—Magnus fez uma pausa.—Querem que eu vá para washington, os papéis para pegar a minha herança saíram.

Asmodeus se levantou e abraçou o neto. A morte dos pais de Magnus era um assunto que ninguém falava muito. Os pais dele morreram em um acidente de carro alguns anos. Magnus se fez de forte para o avô que tinha acabado de perder sua única filha, mas Clary ainda se lembrava do som do choro de Magnus no quarto dele durante a noite.  Ela o embrulhava em cobertores e o cariciava e ele dormia entre as lágrimas. Quando Asmodeus se afastou de Magnus, Clary correu até ele e o acolheu nos braços como naquela época.

—Aonde está Jocelyn?— perguntou Magnus se sentando a mesa com Clary.

Depois da descoberta da herança Magnus e Asmodeus foram para casa arrumarem as malas de Magnus,  já que decidiram que apenas ele iria.

—Dormindo, acordou cedo para consulta.

—Eu vim me despedir.

—Mas você só vai daqui a algumas horas.— eles se encararam e sorriram, foi aí que Clary soube aonde Magnus iria passar esse tempo.

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