Querida

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Já fazia um tempo que Izzy estava olhando Clary dormir. Ela era perfeita em todos os sentidos, os cabelos vermelhos, as sardas nas bochechas, os lábios levemente separados enquanto dormia, a posição em que estava.

Izzy começou a dar selinhos em Clary e a ruiva sorriu antes mesmo de abrir os olhos.

—Bom dia.—susurrou Clary.

—Bom dia.—respondeu Izzy.—Vem, eu fiz café.

Com um sorriso Clary se levantou e pegou o vestido, que ainda estava pelo chão, o  vestiu e seguiu Izzy até a cozinha.

Izzy arredou a cadeira para que Clary se sinta-se e se sentou ao lado dela. Quando izzy iria servir o suco a porta se abre e Alec entra por ela.

—Café da manhã.—disse o irmão entrando e se sentando à mesa com elas. Depois ele pegou uma maçã e a mordeu.—Acho que cheguei em uma péssima hora.—disse ele quando percebeu que Izzy e clary o encaravam.—Desculpe, tá meio difícil depois que Magnus se foi.

—Tão dramático.—disse Izzy ao irmão.

—Eu te entendo.—disse Clary a Alec. O moreno sorriu.

Izzy revirou os olhos para o irmão como resposta do sorriso de vitória que ele deu ao Clary abaixar o olhar para seu prato.

Alec que ficou até o café terminar, depois eles arrumaram tudo e sairam.

Agora eles estavam no carro de Izzy. Clary estava no passageiro e Alec no banco de trás. Ele sorria a  cada vez que seu telefone apitava. O carro parou.

—Te vejo mais tarde?—perguntou Izzy.

—Com certeza.—elas sorriram um para outra. Izzy não pode conter o sorriso quando Clary se inclinou e a beijou, depois saiu do carro e deu um tchau para Izzy antes de subir as escadas. Izzy acelerou o carro.

Izzy sentiu uma vontade de bater em Alec quando o irmão quase esfregou a bunda na cara dela na tentativa de passar para o banco da frente.

—As coisas parecem estar ótimas.—disse Alec se acomodando banco da frente.

—As coisas estão ótimas.— afirmou Izzy ao irmão e deu um tapa em suas pernas quando ele as colocou para cima.

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Quando iria subir as escadas Clary recebe uma ligação, quando atendeu era Charlotte, a diretora da escola, avisando que eles conversaram e decidiram que dariam outra chance para ela. Clary pulou de alegria e disse a Charlotte  que agradecia e desligou o telefone.

Clary não conseguia conter a felicidade, a mãe estava melhor que nunca, Magnus finalmente iria conseguir o que seus pais queriam que fosse dele, o relacionamento dela com Izzy tinha acabado de dar um passo importante, e ela não poderia estar mais feliz em relação a isso.

Quando Clary iria abrir a porta de casa seu telefone toca, era a mãe.

—Mãe, você não vai acreditar no que acabou de acontecer. Eu tenho tanta coisa para te contar.—Um silêncio se estendeu.—Mãe? —derrepente Clary sente lágrimas escorrendo por seu rosto, o ar com dificuldade de chegar aos seus pulmões. E ela simplesmente começou a correr.

Clary corria pelas suas movimentadas a essa hora do dia, ela carregava os sapatos em uma mão e o telefone na outra, as lágrimas embaçando suas vistas. Clary pensou nunca ter sentido tanto desespero em toda sua vida.

Depois de correr por longos minutos, quase ser pelado  várias vezes, cair e ralar o joelho quando não conseguiu se lequilibrar, Clary viu a grande estrutura branca a sua frente e correu ainda mais.
Ela entrou pelas portas e foi até a recepção.

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