REMEMBER - PeteTay 🔞

CAPÍTULO 4

Esta frio e o vento balança as folhas e os galhos finos das arvores deixando uma trilha sonora do farfalhar das folhas colidindo uma com as outras no ar, das sombras das arvores uma silhueta negra observava a janela do segundo andar com a luz acesa, a pessoa nas sombras acendeu um cigarro e parecia pensativo, voltava periodicamente naquela província durantes os 3 meses que Tay permaneceu naquele hospital, aquela pessoa até tentou, mas não foi fácil entrar no quarto do loiro, por ser uma província relativamente pequena, um estranho perambulando os corredores do hospital chamou a atenção e o homem teve que desistir e apenas aguardar.

Mas oque ele não esperava era que ao sair do hospital, Tay seria levado para a casa de um desconhecido, se tudo tivesse acontecido de acordo com o plano ele não estaria ali perdendo quase quatro meses de sua vida, o homem quase não dormia mais, pois durante o dia tinha que manter a imagem da sua vida normal sem levantar suspeitas, enquanto a noite, dirigia por horas e passava a noite vigiando o loiro. De tempos em tempos, o rapaz conseguia se esgueirar pela lateral do hospital e olhar pela janela do quarto para verificar se Tay permanecia apagado e de boca fechada, o olhando pela janela, tinha que resistir a vontade que tinha de entrar ali e fazer o loiro parar de respirar usando um daqueles travesseiros que estavam no sofá.

Mas não, tudo se transformou em uma grande catástrofe, tudo saiu do controle. Esta preste a amanhecer, e ele ainda não decidiu oque fazer, ele não sabe que Tay perdeu a memoria, então vira-se para voltar para o carro, já amanheceu apesar de poucos moradores naquela redondeza alguns carros começavam a movimentar a rua, no caminho para o carro estacionado longe da residência, o rapaz caminha com as mãos no bolso, o capuz sobre a cabeça e a mesma baixa olhando pro chão, tentando caminhar normalmente até o carro quando esbarrou em alguém que deixou uma bolsa sair no chão.

- Desculpa - Uma voz disse e se abaixou para pegar a bolsa, o rapaz de capuz levantou brevemente o olhar e reconheceu o rosto que estava na sua frente, era o homem que chegou com Tay na noite passada.

O rapaz não responde e volta a baixar a cabeça, antes de voltar a andar nota algo prateado no chão e o mesmo reconhece ser uma chave e rapidamente pisa em cima da mesma, então ele faz um leve aceno com a cabeça e Pete toma seu rumo até o carro que estava do outro lado da rua, entrando no mesmo. O jovem de capuz, abaixa e pega a chave que estava no chão e um sorriso sádico brota em seus lábios, o rapaz levanta a cabeça olhando para a casa - Tay... - Sussurra colocando a chave no bolso do moletom, e voltando para o carro, ele fica um momento dentro do carro pensando no que fazer agora até que seu celular toca o despertando de seus pensamentos.

- Alô! Amor, não, não estou em casa, tive que visitar um cliente logo cedo, mas já estou voltando, passo no seu escritório para te levar para almoçar - O rapaz desligou a ligação olhando a foto do namorado por um momento suspirando alto voltando a olhar para a casa que Tay estava, logo ligando o carro e voltando para a cidade.

Aquela noite foi turbulenta, Tay teve uma forte dor de cabeça, quase desmaiou dentro do banheiro e parecia em pânico, foi difícil para Pete acalmar o rapaz que se debatia em baixo do chuveiro com se ele lutasse por sua vida, Pete tentou de todo jeito, mas deve que correr em seu quarto e pegar um calmante e aplicar no rapaz, assim que o mesmo dormiu, Pete o tirou do chuveiro, secando e vestindo Tay e o deixando dormindo em sua cama, Pete trocou de roupa e ficou um tempo encarando Tay dormir, sentado ao lado da cama, o médico checava a temperatura do rapaz algumas vezes até que adormeceu ao lado de Tay.

Na manhã seguinte, Pete acordou primeiro que Tay, o médico precisava trocar o turno com o médico da noite, então se apresou em ir tomar banho e se arrumar, antes de sair, preparou o café da manhã para Tay e deixou junto com os remédios que o mais novo precisava tomar durante o dia, e um bilhete grudado na geladeira.

No caminho para o carro, Pete caminhava apressado pois já esta quase atrasado, caminhava de cabeça baixa guardando algumas coisas em sua bolsa quando sem querer esbarrou em alguém, apesar de Pete morar em uma casa mais afastada do bairro não era incomum alguém vez ou outra parecer fazendo caminhada por ali, pois era uma rua tranquila, bem arborizada e com poucos carros na rua, na pressa Pete apenas se desculpa e segue seu caminho para o carro sem nem olhar para a pessoa que ele havia esbarrado.

Era por volta das 9h quando Tay acordou, o loiro sentou na cama com uma leve dor de cabeça, apertando os olhos para ajustar a visão, olhando em volta, o loiro não estava no escritório do médico no qual foi transformado em seu quarto. Tay sentou na cama e percebeu que estava no quarto de Pete, o jovem levou uma das mãos aos cabelos coçando os mesmos tentando se lembrar do que tinha acontecido na noite anterior, até que sua barriga roncou fazendo Tay se movimentar e sair rumo a cozinha.

Na cozinha, Tay encontrou o café pronto, apenas esquentou no micro-ondas e foi tomar os remédios que estavam em cima do balcão com um post-it rosa colado escrito "Tome antes de comer", assim Tay o fez, quando foi pegar uma fruta na geladeira, notou outro bilhete:

"Hoje tenho plantão até tarde, as 15h vou pedir que entregue o seu almoço, esteja acordado para receber - Pete"

Tay sorriu para o bilhete e foi pegar seu café e foi até uma poltrona que ficava de frente para a janela de vidro e puxou uma manta do sofá se enrolando na mesma segurando a xicara de café entre as duas mãos, eram 9 horas da manhã, mas o tempo era frio, do lado de fora da casa as arvores dançavam ao ritmo do vento leve, Tay olha fixamente para o céu, leva a caneca aos lábios e toma um gole do café suspirando fechando os olhos, o loiro luta com sua mente, tenta desesperadamente se lembrar de algo, a imagem que veio a sua mente no banheiro, agora se tornava vivida em sua mente, mesmo que o jovem não conseguisse entender oque era aquela visão, no fundo ele sentia que sua vida dependia daquilo, mas ao mesmo tempo o jovem tinha medo, quando voltasse a se lembrar, oque ele faria?

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