CAPÍTULO 10

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Pete olhou pelo vidro da janela da sala, ainda estava escuro, já não fazia idéia de que horas eram, mas provavelmente já deviam ter entrado na madrugada, já haviam se passado muito tempo desde que tudo aquilo começou, Pete baixou o olhar para a mesinha e começou a se questionar se de fato tinha conseguido apertar o botão do alarme silencioso, se tivesse conseguido a essa altura já era para a polícia ter chegado a muito tempo, essa situação preocupava o médico, pois se a polícia não iria chegar, ficava mais difícil achar um meio para conseguir se soltar e salvar Tay. O médico olhou para Tay e ficou preocupado com o rapaz, pois o mesmo mantinha a cabeça pendida para frente e o médico conseguia notar que o loiro tremia levemente, já era tarde e estava frio.

Tem parecia que havia se acalmado, ele permaneceu em silêncio sentado na mesinha fumando um cigarro atrás do outro, Pete até pensou consigo que se tivesse alarme de incêndio na sala, com o tanto de fumaça dos cigarros o alarme já teria disparado. Tem fumou o último cigarro e suspirou entediado erguendo o braço para olhar as horas e levantou o rosto para olhar para os dois homens sentado a sua frente.

- Estou entediado - Comentou o homem e caminhou até Tay, despertando o loiro puxando seus cabelos com força o obrigando a levantar o rosto e olhar para si. - Tay.. Vamos acabar com isso logo, preciso voltar para o Time - Tem falou despreocupado, pegando a arma do cós da calça e encaixando o cano da arma no queixo de Tay, diferente do esperado Tay começou a rir em meio as lágrimas, fazendo Tem o olhar sem entender, pois esperava o desespero e a súplica do loiro.

- Acha mesmo que ele vai se contentar só com você? - Tay disse entre os dentes - Eu já estive ai desse lado, logo ele vai se enjoar - Tay manteve os olhos fixos nos olhos de Tem e pode ver de perto a perturbação crescendo em seus olhos, Tem serrou os dentes fazendo o maxilar estralar. - Pete.. Me perdoe - Tay sussurrou ao ouvir Tem puxar a trava da arma e fechou os olhos a espera do seu fim.

Trum trum trum

O celular de Tem tocou fazendo o homem desviar os olhos de Tay e se afastar levando a mão ao bolso e pegando o aparelho sorrindo ao ver o nome de quem ligava e atendeu o mesmo - Alô, Time meu amor - Tem falou animado e em voz alta olhando para Tay e colocou a chamada no alto falante.

- Tem, aonde você está? você disse que voltaria essa noite, já devia ter chegado aqui. - A voz de Time ecoou pela sala.

- Desculpa meu amor, eu tive um imprevisto, esqueci de te avisar, volto amanhã - Tem respondeu, ainda mantendo o olhar em Tay que permanecia imóvel e indiferente aquela conversa.

- Hmm.. OK! vou sair com o Kinn, amanhã te mando mensagem - Ao ouvir essa parte Tay começou a rir fazendo Tem rapidamente desligar a chamada na cara de Time, para que ele não ouvisse a voz do ex.

Tem voltou para Tay e o acertou um soco no rosto do loiro o fazendo-o abaixar a cabeça, porém o loiro continuou a rir, deixando Tem ainda mais puto, pegando Tay pelo pescoço o olhando furioso - QUAL A GRAÇA? - Tem cuspiu na cara do mais novo.

- Na-nada - Tay disse com dificuldade - Ele.. cof cof ... ele só vai sair... com Kinn - O sorriso de Tay cresceu ao ver a cara de atordoado de Tem, pois Tay sempre soube que Kinn encobria as traições e até apresentava rapazes para Time e Tem foi um deles. O rapaz se afastou de Tay meio atordoado tropeçando nos próprios pés caindo sentado na mesinha de centro.

- Não.. Time não é assim comigo - Tem falou mais consigo mesmo do que para os outros. Tem se levantou e caminhou atordoado para a cozinha, da sala Tay e Pete podiam ouvir o homem revirar a cozinha em busca de algo.

- Tay... - Pete chamou o loiro fazendo o mesmo olhar para ele, o rosto do mais novo estava bem machucado, além do corte nos lábios, sua bochecha estava levemente inchada devido ao soco, começando a ressaltar o roxo na pele branca de Tay - Precisamos nos soltar - Pete disse baixo fazendo uma vistoria com o olhar pela sala a esperança de achar algo que pudesse ajudar, depois olhou para Tay e calculou a distância entre as cadeiras, o médico achava que se ambos arrastassem as cadeiras poderiam se juntar e um desamarrar o outro, porém demandaria tempo e não sabe quanto tempo Tem iria demorar na cozinha, mas era bom aproveitar o barulho da cozinha para que ele não ouvisse o arrastar das cadeiras.

REMEMBER - PeteTay 🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora