capítulo 15

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            Gustavo

No final de todo aquele caus na minha empresa ,acabamos descobrindo quem que estava desviando o dinheiro ,na área das finanças,e era quem eu menos esperava,o Lúcio.
Ele é um jovem de apenas 25 anos ,e sempre lutou muito pra conseguir ir evoluindo no trabalho ,mais apesar das dificuldades ele nunca deixou de sorrir pra os outros funcionários da empresa ,e pra mim também,
ele sempre uma pessoa espontânea,engraçada , carismática,nunca esperaria isso vindo dele.

Mais voltando pra os temos atuais,estou na delegacia ,acabei de ter uma conversa com o delegado ,e pedi permissão pra falar com o Lúcio ,fui levado para uma sala e na porta pelo lado de fora ,ficou um policial.

Lá estava ele,seu semblante estava abatido,seu olhar perdido, além de tudo que aconteceu ,sinto que teve um motivo muito grande pra ele ter feito isso,assim quem viu sentado na cadeira a sua frente,ele mudou o olhar pra parede,olhou para as mãos,e depois voltou a olhar para mim.

— Lúcio... — comecei falar ,mais realmente não sabia mais o que falar pra ele

— pode me esculachar ... eu sou o culpado dessa merda toda! — ele grita ,sabia que ele estava na defensiva , só não entendia por que, não sabia o motivo

— eu não vim aqui pra isso... eu quero saber o por que você fez isso!? — falei mechendo minhas mãos e minha cabeça,eu tava impaciente , só queria saber o por que!

— você não entenderia o motivo!

— por que não!?

— cara você não faria isso, você tem grana, você não passaria por essa situação pra salvar a vida da sua mão, você tem grana!

— o - o que? do que você tá falando!? — perguntei chocado, então essa é a explicação,ele fez isso tudo pela sua mãe!

— eu... só fiz isso por minha mãe,eu queria ajudar o tratamento de câncer dela...

— você sabia que eu poderia te ajudar, caramba...

— eu tava em desespero... como e falei você não sabe como é passar por isso

— mais eu podia te ajudar...

— cara...agora não adianta mais porra, não adianta chorar pela merda do leite derramado...no fim eu vou ter que pagar pelo que fiz!

— Lúcio...

— mano...vai viver tua vida, você não entendeu eu roubei sua empresa!

— mais eu...

— porra sai daqui!!! — ele gritou ,podia ver os seus olhos lacrimejar,eu sabia que ele era só mais uma pessoa machucada pela vida, vida essa difícil de ser vivida,essa tinha que ser bastante forte para continuar vive-la. Uma pessoa que viu no roubo a maneira de ajudar alguém que ama.

Saio da sala, já fora da delegacia, meu peito se acalma ,e me bate uma vontade de ir visitar minha mãe,desde o dia que ela apareceu no meu escritório eu nunca mais a vi, ela só me ligou umas duas vezes ,mais nada de nenhuma visita de nenhum das duas partes.

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Cheguei na casa em frente ao mar ,e como era lindo aquele lugar ,tinha um jardim do lado da casa ,ele tava em cuidado,tirei meu sapato e fui andando até a casa sentindo a areia entre meus dedos dos meus pés.

Já na varanda,vi minha mãe sentada em uma cadeira de balanço,ela estava com um livro em mãos,e estava bem atenta ,vi que estava usando seu óculos de leitura ,e como aquilo me lembrara de minha infância,quando ela lia pra mim e pra meu irmão dormir,de vez enquanto quando menos cansada do dia de trabalho.

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