Os dois caíram pro chão, o assoalho de madeira parecendo imensamente confortável perante o cansaço e ele beijou o ombro dela, antes de vir com a tradicional pergunta:
Azriel: Você está bem? – Gwyn assentiu, preguiçosa, e ele sorriu de canto.
Gwyn: Magnificamente. – Disse, sonolenta por um lado, porém, treinada com era pra essas situações, se mantendo completamente acordada.
Com um “hum” cansado Azriel rolou pro lado, se sentando. A madrugada já chegara. Nova York estava iluminada lá embaixo, o Empire State Building refulgindo ao longe. Ele tirou a camisinha, mecanicamente, então franziu o cenho, olhando-a. O conteúdo vazava livremente. Não havia estourado, estava em um local só. Acontece que os furos que Gwyn fizera com a agulha, durante a transa, se alargaram, possibilitando a saída do sêmen. Ele se esticou, apanhando a primeira camisinha, e estava igual, essa quase vazia. Tinha o mesmo vazamento. Toda a sensação de relaxamento, satisfação, foram apagados da cabeça dele na hora.
Azriel: Que merda é essa, Gwyn?! – Perguntou, furioso, com as camisinhas na mão. Gwyn, que estava de costas, virou o rosto.
Gwyn: Camisinhas. – Respondeu, obvia.
Azriel apanhou a carteira e ela observou, com os olhos apreensivos, ele abrir uma camisinha nova e enchê-la de ar. No mesmo momento os três furos feitos ali começaram a vazar. Ele saltou do chão, fechando a calça, lívido de raiva. Ela suspirou, se sentando e catando sua camisola.
Azriel: Você furou minhas camisinhas. – Constatou, raivoso. E talvez um dia nós possamos nos encontrar.
E talvez conversar, e não só falar.
Gwyn: Eu estou no anticoncepcional, pelo amor de Deus. – Mentiu, deslavada, vestindo a camisola, mas ele balançou a cabeça negativamente.
Azriel: Se estivesse, não teria feito. – Ele jogou a camisinha com ar na direção dela, que se esquivou – Quer tanto meu dinheiro, que apelou pra um herdeiro pra isso.
Gwyn: É você que está dizendo, não eu. – Disse, encostada no braço do sofá onde estivera amparada instantes antes. – Por mim, você se fode e leva seu dinheiro junto.
– Disse, sorrindo. Agora que conseguira o que queria, não tinha problema bater boca.Azriel: Pelo visto você não aprendeu nada sobre mim esses três anos. – Disse, rindo sem vontade nenhuma – Mesmo se isso fosse possível, eu não deixaria essa criança nascer. Não sendo nutrida em um ventre tão podre. – Cuspiu.
Gwyn: Se fosse possível? – Repetiu, neutra.
Azriel: EU SOU ESTERIL, SUA PROSTITUTA! – Rugiu, furioso, e o sorriso dela vacilou.Não compre as promessas,
Porque não há promessa que eu cumpra.Gwyn: Não é, não. – Negou, mas não sorria.
Azriel: Sou, sim. Pergunte a minha mãe. Ou a Rhysand. Pergunte a quem quiser. – Disse, lívido de ódio.
Gwyn: Se você fosse estéril, não usaria camisinhas comigo. – Negou, se levantando.
Azriel: Camisinhas? – Ele riu de leve, passando a mão no cabelo – Eu uso camisinhas porque não confio em você. – Cuspiu, a voz carregada de ódio.
E minha reflexão me incomoda, Então aqui vou eu. Oh...
Gwyn: Como é? – Perguntou, exasperada.
Azriel: Você não reparou, rainha Gwyn? – Perguntou, debochado – Não reparou que eu passei a usar camisinhas quando você voltou a sair do apartamento? EU NÃO PODIA SABER A QUEM VOCÊ IA DAR, VAGABUNDA! PODIA SER AO
SEGURANÇA, OU A QUALQUER FUNCIONARIO! –Ela recuou com a ofensa – Eu não ia arriscar pegar uma doença só porque você é uma piranha. – Disse, obvio.
Gwyn: Se fosse estéril, porque estaria tão furioso agora, sendo que não significa nada? – Jogou, observando-o.
Azriel: Porque eu não aceito ser usado. Você se aproveitou de um momento de fraqueza pra me passar pra trás, e eu não tolero isso. – Disse, duro. Gwyn balançou a cabeça negativamente.
Gwyn: Antes disso... Antes de eu poder sair, você me fazia usar o anticoncepcional. – Lembrou, tremula pela humilhação.
Azriel: PRA TE HUMILHAR! – Ele riu, olhando em volta – PRA TE MOSTRAR QUE EU FAZIA COM O SEU CORPO O QUE EU QUISESSE!
Eu não estou pedindo por uma segunda chance, Estou gritando por ela com o melhor da minha voz!
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A Court Of Pain And Revenge - Livro 1
RomanceQuando você é enganado, traído e machucado a certo ponto, só existe duas opções: Esquecer e perdoar, ou esperar o momento e a hora certa de se vingar. Essa não é uma história sobre perdão. "O bater das asas de uma borboleta pode desencadear um tufão...