2. mr. styles

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C H A P T E R    T W O

H A R R Y     S T Y L E S

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H A R R Y     S T Y L E S

Meus olhos abriram exatamente às cinco da manhã. Não houve bater de cílios, nenhum pestanejo suave em direção a consciência. O despertar foi mecânico, como tem sido nos últimos anos.

05:00 horas em ponto clareava o relógio da mesa de cabeceira, em minha cara. Foi uma sensação nova. Raras vezes despertei em um horário tão redondo. Meu corpo sempre esteve programado pela insônia para acordar antes do sol nascer, antes mesmo do despertador ressoar. Naquele exato momento, o sol se erguia vagarosamente acima da silhueta da floresta de pinheiros, refletindo na parede de vidro do meu quarto no segundo andar.

Não me permiti enrolar na cama. Me dediquei a alguns minutos de monólogo interior completo embaixo do chuveiro. Em meu closet, selecionei o que já era de costume para qualquer professor universitário de Sussex: calça de alfaiataria e paletó verdes escuros, camisa social branca, gravata preta e sapatos sociais envernizados em marrom-glacê. Após me vestir, apertei as últimas abotoaduras em meus pulsos e me dirigi até a porta do quarto, onde um arranhão contínuo era audível contra a madeira branca.

Crew, meu Border Collie de seis anos estava lá. Seus olhos caramelos e piedosos implorando por sua pequena caminhada matinal.

— Nós dois já conversamos sobre isso, não? — Encrespei as sobrancelhas, observando-o abaixar as orelhas e desviar o olhar — Nada de ser impaciente e arranhar minha porta enquanto eu estiver aqui, okay?

Ele abafou um barulho canino dentro de sua garganta, quase me arrancando um riso.

— Você é um bom garoto, Crew — Agachei-me para acariciar os pelos em preto e branco de sua cabeça — Venha. Está na hora de preparar o café da manhã.

Nunca imaginei que o dito popular "O cachorro é o melhor amigo do homem" faria tanto sentido até restar somente eu e Crew no vazio ambíguo da casa do lago. Apesar de trabalhar em Sussex durante período integral e ficar fora de casa o dia todo, quando eu retornava não me sentia sozinho, porque Crew estava à minha espera. Mesmo suas origens de caça nutrindo o contrário, ele era um cão domesticado. Passava a maior parte do tempo no interior da casa, com exceção dos dias ensolarados, que eu o permitia descer até o deque e vigiar os arredores da propriedade.

Valerie, minha falecida esposa, não o adorava tanto quanto eu. Ela sempre fora alérgica a animais, mas não o expulsava de casa porquê reconhecia o quanto Crew era favorável para o meu bem estar. Seus únicos pré-requisitos eram que os latidos incessantes e a sujeira desnecessária não a atordoasse enquanto estivesse trabalhando em seus livros. Algo que, particularmente, ela nunca teve problemas, porque eu sabia como domá-lo. Valerie, no entanto, nunca adquiriu essa dinâmica tão bem.

𝐈𝐥𝐥𝐢𝐜𝐢𝐭 𝐀𝐟𝐟𝐚𝐢𝐫𝐬 | 𝐇.𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora