Capítulo 11

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O tempo podia fechar a vontade que eu não me importaria, não ligava se precisasse cair os céus, não ligava se uma árvore caísse, não ligava se o mundo acabasse, mas não consegui não ligar para o que minha mãe pensava de mim, talvez não fosse a verdade porém não escuta-la desmentir o que havia dito, foi como levar a pior surra de todas. Aaron havia me trazido de volta para a sua casa e me deixado no quarto – eu precisava ficar sozinha e ele terminar de corrigir seus trabalhos, mas nem assim ele deixou de se preocupar comigo. De minutos em minutos, ele me mandava mensagem perguntando se precisava de algo ou se estava bem, veio até me trazer um pote de sorvete que tinha na geladeira – foi a atitude mais fofa que vi.

Olho para a janela e vejo que a chuva havia começado a cair e até mesmo a temperatura, o que me fez levantar e procurar algo mais quente no armário do Aaron, acabei colocando um de seus moletons que acabaram ficando enormes em mim. Apanhei o pote de sorvete junto com uma coberta e fui para a parte de baixo, deixei o pote na geladeira e fui com a coberta até a sala, onde o Aaron estava sentada corrigindo suas coisas. Ao me ver abriu um sorriso e bateu na almofada ao seu lado e ficou esperando eu me juntar a ele para que voltasse a trabalhar.

- Como se sente? – beijou minha testa antes de voltar a olhar os papéis.

- Melhor, eu acho.

- Que bom. – diz e me olha. – Seu irmão esteve aqui, ele disse que brigou com a sua mãe e saiu com os amigos, passou apenas para avisar onde estaria caso voltasse para casa e não o encontrasse lá.

- Imaginei que isso aconteceria. – suspiro me aconchegando mais em seu peito. – Você viu a cara que ela fez quando eu perguntei se realmente me forçaria? Estava neutra...

- Gosto de acreditar que ela não conseguiu ter reação naquele momento. – ouço seu suspiro e o sinto me abraçar. – Quando escutei o prato caindo, eu corri para vê-la, mas ao escutar a conversa eu...fiquei sem saber o que fazer.

- Desculpa que tudo tenha terminado dessa forma, não imaginava que ela tocaria naquele assunto.

- Não tinha como você prever o que aconteceria. – ele afastou o seu rosto e me olhou. – Pelo menos seu irmão não me olha mais com cara feia, já estava começando a ficar com medo enquanto eu dava aula.

- Não acredito que ele...eu vou mata-lo. – olho para os papéis e balanço a cabeça. – Precisa de ajuda?

- Vou adorar.

E assim passamos aquela tarde, corrigindo trabalhos e provas enquanto conversávamos e brincávamos um com o outro, consegui distrair minha cabeça por um bom tempo e até havia me feito bem.

- O que gostaria de jantar? – perguntou após amontoar as folhas no canto da mesa. – Podemos pedir ou posso fazer algo, mas a escolha é sua querida.

- Que tal pedirmos, assim podemos tomar um banho sem nos preocuparmos com a comida no fogo. – ele pareceu entender as minhas intenções já que me puxou para o seu colo e distribuiu diversos beijos no meu pescoço.

- Acho uma excelente ideia. – diz levando seus lábios até os meus.

O sinto passar suas mãos pelo meu corpo até que chegam na barra do moletom e o sinto se livrar dele, me deixando com o tronco nu e a sua disposição. Ele olha para os meus seios como se fossem a oitava maravilha, o vejo morder seus lábios e arfo quando o sinto sungar um e depois o outro, em seguida sinto sua mão apertar um deles enquanto que sua boca trabalha no outro. Eu parecia uma gata no cio, miando e me esfregando na sua ereção e praticamente gozando com ele só mamando nos meus seios.

- Nem pense em gozar agora querida. – fala todo mandão mordendo o bico do meu peito. – Só pode quando eu enfiar o meu pau dentro e você gritar tanto que até o vizinhos ficaram com inveja.

- Por favor...faça isso.

Olho para o seu rosto e mordo os lábios ao vê-lo andando pela casa e indo para o banheiro do seu quarto, ele me coloca em cima da pia e retira toda a sua roupa e eu por minha vez, salivo ao ver seu pau ereto e pingando o pré-sémen.

- Outra hora eu deixo você brincar com ele, agora ambos estamos necessitados. – concordo já empurrando as calças para fora do meu corpo e enlaçando as pernas ao seu redor. – Que gatinha necessitada eu tenho.

- Anda logo com isso ou eu... – grito quando o sinto adentrar com tudo, cheguei a fincar minhas unhas nos seus ombros.

- Quietinha.

Mesmo dentro de mim, ele foi até o box e ligou o chuveiro, deixou que a água caísse um pouco em nossos corpos para finalmente começar a estocar com uma força bruta. Tombo a cabeça para trás com a boca aberta e me deixo gritar por ele enquanto o sinto bombear dentro de mim, quando sinto que estava chegando o olhava e gozava olhando diretamente em seus olhos – o que o ajudava a gozar junto e era a melhor sensação de todas.

...........................

Enquanto o Aaron terminava de tomar banho, eu fiquei encarregada de arrumar e esperar o nosso pedido chegar, até que o barulho de algo caindo me assusta e deixo as coisas que estavam na minha mão cair. Olho para a porta dos fundos e somente vejo a chuva cair, porém vou até lá mesmo assim, talvez seja somente um gato de rua ou um cachorro. Abro a porta e acendo a luz vendo o quintal dos fundos totalmente no escuro, minha visão me permite ver somente a área – onde estou na verdade – porém tenho a impressão que algo se mexeu entre as sombras e parecia vir até mim.

- Tudo bem querida? – grito quando sinto a mão do Aaron no meu ombro. – Ei, sou eu, sou eu.

- Nunca mais me assuste desse jeito. – ainda com a mão no peito digo. – Podia ter me causado um infarto.

- Não faço mais isso. – diz levantando as mãos em sinal de rendição, mas logo abaixa olhando ao redor. – Porque veio aqui? Vamos entrar antes que pegue um resfriado.

- Escutei algo caindo e vim ver o que era, mas acho que foi só um animal de rua. – sorrio pegando as coisas que havia deixado cair. – Está quase caindo o mundo lá fora, porque eu quis pedir?

- Porque você queria me comer ao invés de comida. – abro a boca chocada com sua fala, não era mentira, mas não precisava falar assim. – E eu também queria te comer.

- É, mas ainda estou com fome. – cruzo os braços e faço bico, mostrando minha insatisfação.

Nessa hora escutamos a campainha e eu vou correndo atender a porta enquanto que o Aaron ria e vinha atrás de mim. Jantamos embaixo das cobertas e assistindo maravilhosos filmes de romance, depois é claro, eu quis a sobremesa e me rendeu uma boa exaustão, inclusive o meu parceiro que estava caído morto ao meu lado.

Beijei seu braço e virei do outro lado, mas antes que fechasse os olhos, notei algo no canto do quarto – uma sombra alta e musculosa, teria me assustado se não tivesse lembrado que era apenas o porta casacos do Aaron.

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