Parte 11

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Pete aprendeu a fazer um boquete. Vegas o ensinou no mesmo dia em que fizeram amor. Pete queria desesperadamente provar tudo, porque sabia que o tempo estava acabando.

"Você não precisa fazer isso se não quiser." Vegas o disse, quase tímido, quando viu o guarda-costas se encaixando no meio de suas pernas. Pete sentiu um par de mãos quentes em suas bochechas, puxando seu rosto para cima. "É sério, não quero te forçar a nada."

"Você fez em mim antes."

"Mas não foi com a intenção de você retribuir."

Pete soltou uma pequena risada, "Eu sei. Mas gostei do que você fez em mim. Quero fazer você se sentir bem também." Então, abaixando um pouco o rosto de forma que faria seus olhos parecem um pouco maiores, Pete encarou o homem na frente dele. Aquele belo homem que não era nenhuma das coisas terríveis que Pete achou que seria. Aquele homem doce que o fez gemer de prazer e amor há poucos minutos. Aquele homem que ele queria fazer gemer de prazer e amor. "Eu gosto que você goste."

Com um resmungo derrotado, Vegas finalmente cedeu. Pete notou que ele estava mais envergonhado do que relutante de fato, e achou isso estranhamente curioso: Pete tinha certeza que Vegas já tinha recebido um boquete de alguém pelo menos um milhão de vezes. Então era provável que ele estivesse tímido porque era Pete quem estava prestes a chupá-lo?

"Me diga se eu fizer algo errado ou te machucar." O guarda-costas se aproximou do meio das pernas de Vegas, pegando sua parte sensível entre os dedos. Ele assoprou a cabeça, se deliciando com a imagem das coxas de Vegas tremendo. "Ou se quiser me comandar."

"Co-" O mafioso engasgou com ar quando Pete passou a língua pela pele macia, podendo sentir o gosto salgado que já vazava lentamente da fenda. "Comandar, hum? Tudo bem." Vegas levantou o corpo por um segundo, segurando o próprio peso nos cotovelos para encarar Pete, que se afastou para que o outro se ajeitasse. Quando achou uma posição confortável no meio dos travesseiros, deu dois tapinhas nas próprias coxas e Pete rastejou até ele novamente. "Antes de tudo, você provavelmente não vai conseguir colocar tudo na boca. Não tente, não quero que vomite. Coloque só a cabeça, e hm... mexa o que sobrou com as mãos."

"Do mesmo jeito que eu faria no meu?" Pete perguntou, não conseguindo segurar o sorriso. Vegas não conseguia olhá-lo nos olhos e isso estava o excitando mais do que deveria. Sem um pingo de decência, ele esfregou as mãos na pele sensível de Vegas, observando todas as suas expressões: ele jogou a cabeça para trás e abriu a boca como se fosse soltar um grito, mas a única coisa que saiu daqueles lábios bonitos foi um suspiro exasperado. "Você é sensível."

"Não." Vegas respondeu firmemente, embora ainda estivesse de olhos fechados. "É porque... é você."

Essas palavras encontraram o lugar direto para o coração de Pete, como uma flecha cheia de açúcar entrando em seu peito. Seu próprio corpo reage com o que Vegas disse, porque o faz se sentir importante; único.

Após isso, Vegas ensinou o que Pete deveria fazer. E, quando se derramou na boca do outro, o observou através da nuvem de prazer que nublou sua mente. Pete estava ali, querendo dar-lhe prazer, tão lindo e belo que, quando o puxou para outro beijo, sem se importar em sentir o próprio gosto nos lábios do outro, uma confissão escapou da sua boca: "Por favor, Pete, não me deixe. Eu posso ser só seu se você quiser. Apenas não me abandone."

E Pete pensou o que poderia ter feito para Vegas soar tão triste repentinamente. Sem saber exatamente o que fazer, decidiu enroscar os dedos no cabelo do outro homem e massagear sua nuca, em um ato tão cuidadoso que pensou que Vegas poderia ter dormido. E por essa razão sussurrou sua resposta a seguir: "Eu não vou. Não por espontânea vontade, pelo menos."

SURPREENDENTEMENTE BOM | VegasPete ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora