🧧Capítulo 3🧧

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N/A:  Este capítulo é completamente novo e não está na obra original

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N/A:  Este capítulo é completamente novo e não está na obra original. É isso.
 
 
Capítulo 3: Decisões
 
 
   O jovem príncipe estava mais do que feliz com o seu feito, conseguiu escapar de um casamento arranjado, tirou seus pais do seu pé e ainda estava livre.  Tinha Todos os motivos para comemorar.
 
     Depois do jantar estranhamente silencioso ele voltou para seu quarto para se arrumar para sair. Teria que sair na troca dos guarda às  dez, a ala onde ficava o memorial de seu avô era a área menos vigiada do Palácio o que lhe daria uma boa chance de sair sem ser visto,  até porque quem iria vigiar um mausoléu?
 
      Assim que às dez da noite chegou ele viu quando o guarda deixou seu posto, o jovem alfa rapidamente apressou seus passos e seguiu para seu destino. A área reservada à memória dos entes que já faleceram ficava numa área mais distante da ala principal do Palácio.  Ao passar em frente a sala memorial ele parou e se curvou em respeito  e depois seguiu para o fundo. Ele esperou que o guarda que fazia a ronda saísse e saiu pelo portão.
 
     Como ele imaginou, Yuchen e o resto da turma já esperavam por ele no carro do amigo.
 
      — Sobe na carruagem Cinderela. Que a noite é só uma criança.
 
      — Valeu. – ele se sentou no banco de trás e Yifey rapidamente segurou sua mão.
 
       — Senti sua falta. – ela sussurrou em seu ouvido.
 
      — Eu também. – disse beijando a mão da garota. – Como foi a audição ?
 
       —  Fácil. Vai haver mais duas até sair a lista de escolhidos para a bolsa de Artes. Mas eu estou confiante.
 
      — Tenha certeza de que você será a escolhida.
 
     — Eu também. – disse convencida.
 
     — Então, se o casalzinho  aí já parou com a rasgação de seda podemos decidir onde vamos. – Yuchen que estava dirigindo não queria meter o amigo em mais problemas.
 
      — Eu já pensei em tudo. – Yifey diz mostrando as máscaras aos amigos. – Tem uma boate com noite temática hoje, todo deverão usar máscaras ao entrar na boate. Então é perfeito para nós.
 
     — Uh... mandou bem. —  Yubin disse animado.
 
   Eles seguiram para a tal boate e antes mesmo de chegarem lá já estavam usando as máscaras vienenses providenciadas pela bailarina. O lugar estava lotado, a fila do lado de fora chegava a vários metros de distância. Como já eram conhecidos dos seguranças Yifei só mostrou um cartão que deu passe livre ao grupo.
 
      Já dentro da boate eles foram direto para a área VIP onde de imediato pediram muitas bebidas. Yibo não queria encher a cara e muito menos chegar carregado, resolveu que o melhor seria pegar leve. Eles dançavam ao som da música eletrônica  enquanto se divertiam não pensavam em nada além do presente.
 
      Yifey dançava rebolando se esfregando descaradamente no jovem príncipe, ela sabia bem como seduzir Yibo. Conhecia suas fraquezas e suas próprias habilidades de sedução. Ele a arrastou para um canto mais privado onde se agarrava com a ômega. O gosto do drink  de maçã misturado com o amargor da cerveja não o incomodava.
 
     — Eu tentei falar com você antes, mas você não me atendeu. Achei que não quisesse falar comigo. – disse entre suspiros enquanto os lábios do rapaz exploravam seu colo.
 
     — Eu estive ocupado e estava sem celular. Eu ligaria depois.
 
     — Vamos para minha casa? Meus pais não estão mais cidade.
 
     — Eu adoraria, mas se me pegarem fora do Palácio eu tô morto. Você já não imagina a confusão que eu saí hoje, não quero entrar em outra.
 
  A ômega para as carícias que fazia e se afasta minimamente do rapaz.
 
     – Do que exatamente você está falando?
 
     — Não é nada. Já está resolvido de qualquer maneira.
 
     — Os garotos comentaram que você estava todo estranho e falando coisas sem sentido. Nunca tivemos segredo, porque esta escondendo coisas de mim? – Yifey levantou a alça do vestido cobrindo seu seio que estava quase à mostra.
 
  Yibo passou as mãos no cabelo de maneira nervosa e depois fechou a calça onde a garota tinha as mãos dentro até pouco tempo atrás.
 
      — Olha, eu tive um dia de merda. Vim até aqui para me divertir e comemorar, não tô afim de relembrar meus problemas. Eu já disse que gosto de você, o que mais você quer?
 
     —  Um pouco de confiança seria bom. – disse cruzando os braços. – Eu não sei se você percebeu, mas eu não sou as vadias  que você costumava levar pra qualquer canto. Se quer ficar comigo tem que saber que não pode me deixar no escuro. Quer ficar aí nervosinho bancando  o príncipe mimado, beleza. Se não confia em mim não vou ficar perdendo o meu tempo também. – a ômega virou as costas para sair da sala e o príncipe a abraçou por trás.
 
      — Eu odeio que falem comigo nesse tom. – ele a vira para que pudesse lhe olhar nos olhos. — Algo muito sério aconteceu na minha casa e eu quase me dei mal, por sorte eu me livrei. É só isso que deve saber. Se eu quisesse alguém me cobrando teria ficado em casa ouvindo a minha mãe.
 
     — Acha mesmo que eu vou engolir essa? Se não quer me contar, ótimo.
 
     Yibo bufou irritado, odiava ser colocado contra a parede daquela maneira.
 
      — A-Fey, por favor.  Menos piti.
 
      — Tchau, Yibo. – ela vira as coisas para ele novamente.
 
       — Minha família queria que eu me casasse. – ele diz e a garota parou de andar, mas permaneceu de costas para ele. — Eles queriam que eu me casasse com um ômega plebeu.
 
       — Espera, o quê?  Um ômega? Você quer dizer um ômega masculino?
 
       — Exatamente.
 
      — Você deve tá me zoando. Não há casamentos de ômegas masculinos na sua família.
 
      — Eu estou falando sério. Mas isso não importa agora, o tal ômega também não quis e já resolvemos tudo. – disse se encostando no sofá que havia naquela sala.
 
       —  E se você se casasse, como eu ficaria ?
 
      — Eu não vou me casar, não precisa se preocupar com isso. Você sabe que não quero me casar com ninguém, eu quero ser livre. E a gente se entende assim.
 
     Antes que a garota pudesse dizer segura coisa Yubin bêbado entrou na sala.
 
     — Aê pombinhos, hora de vazar. Parece que suspeitam que o Yibo está por aqui, é melhor a gente ir embora antes de dar B.O. pro lado dele.
 
     — Ele tem razão, já está tarde mesmo. É  melhor a gente colocar as máscaras antes de sairmos.
 
     — Beleza, vamos logo.
 
    Eles deixaram a boate pela porta dos fundos e Yibo ainda tentava falar com Yifey, que parecia chateada e não falou com ele a viagem toda. Quando chegaram na parte de trás do Palácio o príncipe se deixou ser visto por um guarda que permitiu que ele passasse sem problemas, e discretamente lhe deu uma nota de cem para ele ficar quieto. Assim que foram até o ponto onde Yibo havia saído o alfa desceu do carro sendo seguido pela garota, deixando os amigos no carro.
 
     — Yibo, espera.
 
O alfa que estava quase subindo no muro se voltou para a amiga.
 
      — O que foi?
 
     — Você gosta de mim?
 
     — Que pergunta besta, você sabe que eu gosto.
 
     — Então não tenha nenhuma mulher na sua vida além de mim. Você é meu. – disse ela séria. Yibo riu ao ouvir aquilo.
 
      — Não pretendo ter ninguém na minha vida, A-Fey. Caso não tenha ficado claro, eu não tenho a intenção de me casar. — com ninguém— ,  ele pensou.
 
     — Espero que mantenha a sua palavra.
 
     — Espero que pare de me fazer cobranças, eu realmente odeio isso. – ele vai até ela deixando um breve selar em seus lábios. — É melhor você voltar pro carro, já está começando a esfriar.
 
     Sem esperar uma resposta ele pula o muro saindo da vista de todos. A ômega voltou para o carro ainda pensativa.
 
      — Você é meu, Yibo.... Huuuu huuu. – Yuchen zombou. Levando os outros às gargalhadas e Yifey mostra do dedo do meio pra eles.
 
     — Se valoriza garota. Se Yibo tivesse a intenção de assumir alguma coisa com você ou com qualquer pessoa ele já teria feito. — Yubin disse sem tirar os olhos do celular. — Quando é que você vai perceber que o mundo onde o Yibo vive é diferente do nosso?
 
       — Sem contar que ultimamente você está sendo bem pegajosa. O tipo preferido do Yibo, caso não tenha percebido isso foi sarcasmo. – Yuchen disse batucando as mãos no volante.
 
     — Ela já percebeu, só não quer aceitar que não é prioridade para ele. — Song acrescentou.
 
     — Vocês calados são uns poetas. Então continuem calados.
 
     — Tenho certeza de que você também já percebeu isso. Vocês estão nessa faz uns três anos e ele nunca sequer cogitou a hipótese de te apresentar aos pais, então querida não esqueça que ele não é como a gente. Yibo tem responsabilidades que mesmo ele odiando isso ele precisa seguir. Continua pressionando e sufocando ele pra você ver ele deixar você chutando dedo. – Yuchen tocou na ferida, com o carro já em movimento a garota não queria ouvir nada daquilo.
 
      — Eu sou a única mulher que o Yibo quer na vida dele. Ele pode até ter tido alguns casos, mas é pra mim que ele sempre volta. Então, não falem do que vocês não sabem.
 
    — Continua se iludindo, talvez um dia ele passe acreditar.
 
     — Calem a boca de uma vez.
 
    Irritar a ômega era um dos passatempos preferidos dos rapazes, a bailarina tinha um gênio forte e sempre esteve em pé de igualdade com os amigos alfas. Eles se conheciam desde o ensino fundamental e Yibo foi o último a ser agregado no grupo. Todos eles eram filhos de pessoas importantes na sociedade.
 
     Os pais de Yifey eram uma advogada e um Juiz. Yubin de um famoso chef de cozinha cujo os restaurantes tinham as mais altas notas e seu mamã ômega era um apresentador de programa culinário. Cao Yuchen era filho de um grande empresário do ramo de exportações ele conheceu Yibo muito antes dos outros porque seu pai sempre ia em reuniões no Palácio e por isso teve a chance de se aproximar do príncipe. Já Luo Song que era o mais tranquilo entre os amigos era filho de diplomatas americanos e vivia se mudando de um país a outro, até finalmente manter residência fixa em GusuLan.
 
   A improvável amizade deles com o príncipe veio porque como sendo filhos de pessoas conhecidas eles sabiam como era serem tratados bem por conveniência, e talvez as suas rebeldias eram similares com a do jovem príncipe.
 
       Yibo se esgueirou-se pelos corredores vazio e quando chegou em frente ao memorial do seu avô se assustou ao ver a avó lá. Ele rapidamente se escondeu com medo de ser visto, olhando uma segunda vez viu a ômega de quase setenta anos ajoelhada diante da tábua com o nome do falecido rei.
 
     — Perdoe-me, marido. Eu não fui capaz de cumprir com seu último desejo, eu falhei. – a mulher se curvava até sua testa tocar o chão.
 
  Ela estava se punindo?
 
     Yibo não imaginou que ela faria algo assim. Sua avó já era alguém de idade, fazer aquilo não faria bem para a sua saúde. O jovem príncipe estava quase entrando na sala quando ouviu passos se aproximando e se escondeu atrás de uma coluna.
 
     — Vossa Majestade, a senhora já está aqui a horas. Não é saudável passar mais tempo. – ele se aproxima dela tentando lhe ajudar a levantar, mas ela recusa a ajuda.
 
      — Me deixe, secretário Kang. Eu falhei com meu marido, passarei três dias ajoelhada aqui pedindo perdão para ele. É o mínimo que posso fazer agora para tentar me redimir. – a mulher continuou com as reverências.
 
        — Majestade, não foi o rapaz que recusou educadamente o pedido de casamento? Não há necessidade para punições, por favor se levante. – ele se ajoelhou ao lado dela.
 
       — A família dele está em grande dificuldades, nossa oferta poderia ter ajudado. Para que ele desistisse de algo assim é porque foi muito destratado pelo príncipe.
 
       — Ele disse algo?
 
       — Não foi preciso. Eu conheço o meu neto, ele provavelmente foi arredio com esse rapaz. Sei que meu neto está passando por uma fase de rebeldia tardia, eu não posso culpa-lo, mas me dói saber que o último desejo do meu marido não será feito. – a mulher acabou ficando um pouco tonta e foi amparada pelo secretário.
 
      — Vossa Majestade, como amigo e como servo devo dizer que se a senhora não retornar para seus aposentos agora eu irei chamar o rei.
 
 A avó do príncipe deu um riso triste.
 
      — Não se preocupe velho amigo, foi apenas um mal-estar passageiro.
 
      — Majestade, por favor.
 
Atendendo as súplicas do secretário a monarca se deixou ser levada para seus aposentos. Ela usava roupas brancas de luto o que fez Yibo se martirizar por vê-la assim. A avó sempre tinha um sorriso e nunca lhe proferiu palavras pesadas e ofensivas, sempre foi aquela que não importava a situação esteve ao seu lado.
 
     Depois que viu que não havia mais ninguém por ali ele saiu de seu esconderijo e seguiu para seu quarto. Estava tão imersos em seus pensamentos que não ligou para os guardas que encontrou pelo caminho.
        Doeu vê-la daquela maneira.
 
      Ele não conseguia tirar a imagem da mulher ajoelhada se lamentando e se culpando por causa de suas ações. O alfa se jogou na cama frustrado por estar se sentindo tão incomodado com aquilo.
 
       — Então ele não disse nada? – disse percebendo que aquele ômega não havia dito para sua família como ele o tratou. — Quê que eu tô fazendo, cara! Eu não vou ficar pensando naquele ômega insolente.
 
    O príncipe retirou os sapatos de maneira desajeitada e depois as roupas, iria dormir só de cueca por não estava com disposição de trocar de roupa. Também sabia do escândalo que sua mãe faria se fosse até lá e o encontrasse em trajes tão sinuosos, ou a falta deles.

The Promisse (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora