🧧Capítulo 2🧧

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       Capítulo 2: O Plebeu livre

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     Capítulo 2: O Plebeu livre

 
   Do outro lado da cidade, vivia um jovem ômega que embora a sua vida não fosse perfeita ele poderia se considerar feliz. Xiao Zhan morava no subúrbio com os pais e o irmão mais novo, a mãe trabalhava numa pequena confeitaria de bairro e o  pai ajudava nas tarefas de casa desde que havia perdido seu emprego. O pai de Zhan trabalhava numa seguradora e acabou demitido por que confiou  nas pessoas erradas e como já era um homem de mais idade e o seu nome não inspirava mais confiança foi difícil para ele conseguir outro emprego, depois disso ele passou a cuidar da casa e dos filhos enquanto a esposa trabalhava fora. Desde então a família vive com certa dificuldade para pagar as dívidas,  tiveram que se mudar de uma casa boa num bairro mais tranquilo para uma área mais pobre nos últimos sete anos. A família vem sobrevivendo com muita dificuldade e encarando um dia por vez, o jovem ômega trabalhava como as mais diversas atividades para ajudar nas finanças da casa, atualmente trabalhava meio período como entregador de jornais no bairro, embora não fosse muito ele sempre buscava um meio de ajudar a família.

 
   Os pais de Xiao Zhan tentavam a todo custo proteger os filhos  da situação minimizando os problemas que a família vivia, ele  que recentemente havia completado seus dezoitos anos de idade sonhava em cursar uma boa faculdade e quem saber ser professor, mas decidiu fazer Administração pois acreditava que seria mais fácil conseguir um emprego  ajudar na situação da família. Depois de encerrar mais um dia no seu trabalho Zhan retornou para casa e como sempre pegar as correspondências que estavam do lado de fora,  numa olhada rápida ele notou que havia uma carta do banco curioso ele abriu o envelope logo percebeu que a família estava em sérios problemas, bem piores do que ele imaginava.
 
     A carta dizia que a família devia deixar a propriedade nos próximos três meses pois a residência ia ser leiloada a fim de pagar as dívidas e os juros acumulados durante os anos, o rapaz não imaginou que a situação da família estava tão grave assim. Ao entrar em casa deixou as cartas em cima de uma mesinha que ficava ao lado da porta encontrou o pai na cozinha.  O alfa de cabelos grisalhos pele morena estava a preparar alguma coisa para almoço, enquanto  o irmão mais novo estava na escola, então rapaz decidiu que era o momento de ter uma conversa mais séria com o pai, ele sentou-se em uma das cadeiras na cozinha enquanto o mais velho cortava algumas verduras de costa para si.
 
       — Pai. – Chamou baixo.
 
      — Que bom que já chegou. – externou seu alívio por ver o filho mais velho seguro em casa. Sr. Xiao se preocupava do seu filho ômega sair quase de madrugada para trabalhar. — Foi tudo bem no trabalho hoje?
 
      — Tudo bem. – ele hesitou um pouco, mas sabia que devia saber a verdade. — Posso perguntar uma coisa?
 
       — Claro, o que quer saber?
 
 Xiao Zhan pensou um pouco, sabia que todas as vezes que tentou tocar no assunto os pais sempre desviavam o rumo da conversa. Acreditava que dessa vez se falar sozinho com o pai poderá ter alguma resposta.
 
      —  Qual é a real situação financeira da nossa família?
 
O homem parou de imediato o que fazia, não teve coragem de virar e encarar o filho mais velho. Ainda se sentia culpado por toda dificuldade que a família vivia nos últimos anos. 
 
     —  Não há  nada que você precise se preocupar filho. Apenas se prepare para suas aulas que começarão mês que vem. – ele rapidamente desconversou.
 
    Zhan precisou juntar dinheiro para comprar seus livros e materiais básicos de um estudante universitário, então precisou atrasar um pouco o início das suas aulas, apenas disse a família que ainda tinha um mês antes das aulas começarem. 
 
      —   Pai, eu já tenho dezoito anos. Não me trate como uma criança ingênua, eu sei que as coisas não estão indo bem a muito tempo.  E por favor me diga tudo para que eu possa ajudar também, sei que  não posso fazer muito mas posso tentar.
 
      —  Você já ajuda muito. Acorda todos os dias às cinco da manhã seja no frio ou chuva pra entregar jornais. Devia está por aí vendo jovens da sua idade, indo a festas e quem sabe até namorando. Você é um ômega bonito, tinha era que curtir a sua juventude. 
 
    Ele sabia que o Pai ia tentar enrolar e desviar do assunto, então decidiu ser mais direto.
 
     — Eu vi a carta do banco, sei que estamos para perder a nossa casa.
 
  O pai do rapaz congelou....
 
     — Não é nada demais, não pense muito nisso.
 
     —  Como não pode ser nada de mais pai?  Estão ameaçando tirar nossa casa se a dívida não for paga. Porque me tratar assim como se eu fosse cego? Acha que não sei de tudo o que aconteceu ? Entendo que queira nos proteger, mas acha mesmo que é a melhor saída fingir que nada está acontecendo?
 
      — Você é um bom filho, não merece um pai como eu. Me perdoe por mais está preocupação. 
 
   Zhan vai até o Pai e o abraça.
 
     — Vocês são pais maravilhosos e  eu não mudaria nada. Mas podem contar comigo.
 
    —  Eu sei, Eu sei.  Apenas foque nos estudos entendeu? Agora vá lavar as mãos e depois ponha a mesa, o almoço vai ficar pronto em breve.
 
  Um tempo depois o irmão de Zhan chega da escola, o garoto de quinze anos era um típico adolescente, Haoxuan assim como o irmão tinha olhos e cabelos castanhos e a pele branca, uma personalidade alegre e sonhadora, a diferença era que o rapaz era um alfa. Logo em seguida sua mãe, a mulher de pele leitosa estava na casa dos quarenta e cabelos castanhos  tinha um aspecto cansado devido todas as preocupações no decorrer da vida. Embora toda a situação não fosse das melhores, eles sempre estavam juntos, apoiando e se ajudando.
 
      No dia seguinte ele tinha saído bem cedo para entregar jornais e buscar outros trabalhos. Quando retornou, assim que chegou  sua rua  Zhan viu um carro muito elegante parado em frente ao portão de casa. De imediato ele temeu que algo grave tivesse acontecido, ele pedalou o mais rápido que pôde e deixou a bicicleta ainda do lado de fora o e correu para dentro de casa, pensou que o banco tivesse adiantado e havia mandado credores. No entanto,  Lá se deparou com um homem bem vestido e de cabelos grisalhos sentado na sala com seus pais.
 
    Ele não conseguiu identificar muito bem a expressão no rosto dos pais, mas com certeza o clima estava sério no ambiente. Ele rapidamente cumprimentou a todos, no entanto não sabia muito o que fazer.
 
        — O que está acontecendo? – ele perguntou sentando-se ao lado dos pais.
 
     — Filho, é difícil explicar. – a ômega tocou de leve em sua mão. — Apenas ouça.
 
        —  Como eu disse antes senhor, este é o nosso filho mais velho. Como o senhor pode ver ele é um garoto, um ômega mas um garoto.  – disse o pai de Zhan como se fosse óbvio, o ômega estava confuso sobre o estava acontecendo.
 
      —  O que aconteceu?  Quem é este senhor? – Zhan perguntou preocupado. — Se for do banco, por favor nos dê mais alguns dias. Eu não sei quão ruim é a nossa situação, mas garanto que daremos uma jeito.
 
O homem mais velho se levantou e estendeu a mão para o rapaz.
 
    — Permita -me que me apresente. Sou Kang Nan, secretário-geral do Palácio de Lótus. – o beta o cumprimenta de maneira formal.
 
     — Palácio de Lótus? O que minha família pode ter a tratar com o Palácio?
 
      O homem gentilmente explicou a situação para o rapaz que ouvia tudo atentamente. Assim como os pais, ele parecia realmente chocado com tudo aquilo.
 
     —  Isso é algum tipo de piada? – ele zombou esperando que alguém dissesse que aquilo era uma brincadeira. — Vocês estão me zoando, não é?
 
     — Não mesmo. Este é um assunto sério do qual a família real gostaria de resolver o mais rápido possível. 
 
     — Não há o resolver, diga que  está tudo bem e que não aceito nada. — Xiao Zhan disse rapidamente. Ele estava incrédulo que coisas como casamento arranjado ainda existisse.
 
— Eu não falei nada sobre essa carta porque sei que não tem casamentos com ômegas masculinos na família real. Então, já pode ir. – o pai do rapaz falou já querendo enxotar o visitante.
 
 
     —  Bom,  talvez você devesse discutir isso com sua família  em particular. Então, depois eu retorno para uma resposta definitiva.
 
      — Você ouviu meu filho, ele disse não. Agora já pode sair da minha casa. – o Pai do rapaz disse nervoso. — Não estamos interessados.
 
A mãe de Zhan deu um olhar furioso em direção ao marido, ela odiava como o jeito bruto do alfa se sobressaía.
 
       —  Peço perdão pelo meu marido esquentadinho. Mas vamos conversar sobre isso outra hora, o senhor nos deu muitas informações das quais precisamos levar em consideração. De toda maneira, a decisão será de nosso filho.
 
        —  Claro, a senhora tem toda razão, mas desculpe o incômodo. Volto a entrar em contato com vocês em breve, caso precisem entrar em contato comigo antes este é meu cartão.
 
 O homem mais velho entregou um cartão pessoal a Zhan. A cabeça do rapaz parecia girar com tanta informação, naquele momento para ele era um não definitivo, tinha certeza de que era. Quando o  secretário finalmente deixou a casa da família de sua família deixou para trás muitas perguntas na cabeça do ômega.
 
   O jantar naquela noite foi silencioso, todos se recusavam a falar sobre o assunto, o pai do rapaz era o mais relutante e abominou a ideia desde o início. Zhan era um ômega masculino, e nunca pareceu se interessar por alfas, talvez houvesse um pouco de preconceito por parte do seu pai sobre isso, mas ele não era um homem ruim só tinha lembranças ruins com aquela situação.
 
     Depois do jantar cada um foi para um canto da casa, apenas Haoxuan não sabia a razão daquele clima estranho. Seus pais pareciam conversar apenas com olhares, algo perceptível por ele.
   Zhan estudava no quarto quando a mãe  entrou e com ela uma pequena caixa de madeira.
 
     —  Posso falar com você um minuto, querido?
 
     — Claro mãe.  O que foi?– ele fecha o livro que lia enquanto a mãe se aproximava.
 
     —  Tenho algo para lhe dar, na verdade, isso sempre te pertenceu. Mas, eu guardei até que fosse necessário e pelo visto este momento chegou.
 
     Ele lhe entrega a caixa de madeira toda trabalhada com pequeno relevos de flor de Lotus. 
 
   —  Seu avô deixou essa caixa para o primeiro neto, sabe como seu pai é cabeça dura, quando seu avô morreu eles não estavam muito bem e as únicas heranças deixada foi a casa velha no interior, o cordão que você usa e está caixa. Lembro-me da minha sogra brigando ao longo dos anos sobre como seu avô recusou ajuda por parte da família real.  Mas, está caixa em específico ele entregou diretamente para mim, para que um dia eu entregasse a você.
 
   Zhan analisou com cuidado cada detalhe da caixa, ela era muito bem entalhada, quem a construiu com certeza era alguém experiente pois era algo de real qualidade. Era pesada e delicada ao mesmo tempo.
 
     — Como ela abre? – perguntou depois de perceber que não há uma abertura comum.
 
      — Não sei, quando seu avô me entregou ele disse que você saberia como abri-la no momento certo.
 
     —  Isso não faz sentindo. Para que guardar uma caixa que não se pode abrir?
 
     — Talvez exista memórias das quais ele não quisesse compartilhar com ninguém, memórias importantes demais para qualquer um entender. Eu sei que não faz sentindo, mas foi o que ele me disse. Não pense muito sobre o que aquele homem do Palácio falou, apenas esqueça tudo isso se for o que realmente quer.
 
      — Eu não sei o que pensar sobre isso. Não parece real, entende? Meu avô salvou mesmo o antigo rei?
 
      — Sim, ele salvou. Eu não conheço muito bem a história ou a versão do seu avô, mas quando seu avô era jovem e estava servido ao exército imperial o então príncipe herdeiro estava servindo na mesma unidades. Pelo que os jornais relataram na época o príncipe dormia nos alojamentos junto dos outros soldados quando um deles que era contra a monarquia tentou contra a vida dele. Seu avô que estava na cama do lado salvou o futuro rei e acabou levando um tiro ao protege-lo, a bala atingiu uma vértebra que o deixou paraplégico  pelo resto da vida. Embora a família real tenha pagado por todas as despesas médicas seu avô nunca aceitou a recompensa pelo ato.
 
      — Isso é uma atitude muito bonita da parte dele.
 
     — Eu também acho. Mas sua avó não encarava dessa maneira, ela achava que merecia uma vida melhor e que seu avô perdeu a oportunidade de oferecer essa vida ao seu pai e seus tios.
  
     — É por isso que a vovó nunca falava sobre ele e sempre que fazia eram coisas ruins.
 
     — Sua avó tinha um gênio difícil, mesmo que ela é  seu avô vivessem em constante conflito ela fez o melhor dela para cuidar dos filhos. Quando todos já estavam criados e com suas vidas no lugar, ela se separou dele e o pouco que tinha ele deixou pra ela.
 
     — Eu sei. Mas nunca me pareceu que fosse somente por causa do dinheiro, entende? Quando a vovó  falava sobre o passado eu sempre senti que havia um certo rancor em sua voz. – ele lamentou deslizando os dedos delicadamente pela caixa. A mulher deixou um beijo na testa do filho.
 
    — São problemas dos adultos, não pense muito nisso. Tente descansar e deixe que a gente resolva o resto.
 
    Assim que ela saiu do quarto, ele tentava não pensar muito sobre o que tinha conversado com a mãe e  voltou a analisar cada detalhe da caixa e tentou abri-la de todas as maneiras, mas fracassou em todas. O ômega passou tanto tempo tentando descobrir como ele abriria que se quer notou a hora, eram quase duas da manhã e ele ainda não tinha sono. Pensou que talvez um copo de leite quente o ajudaria, mas ao se aproximar do quarto dos pais notou que eles ainda estavam acordados e conversavam. Embora não quisesse ser intrometido e ouvir sobre o que eles falavam, foi difícil não ouvir quando seu nome foi citado. Os pais decidiam se iriam morar no interior, na velha casa deixada pelo avô do rapaz e recomeçariam a vida na pequena vila, porém Zhan teria que desistir do sonho da faculdade por enquanto e seu irmão provavelmente teria que ir para uma escola menor. Ou, continuariam na capital, mas numa casa muito menor e cada um deles tentasse encontrar um segundo emprego.
     Zhan sabia que a segunda opção seria mais difícil , o pai tentou buscar trabalho nas mais diversas funções ao longo dos anos, porém com o nome sujo e a idade encontrar um emprego que lhe rendesse um bom salário era cada vez mais difícil. E a mãe já trabalhava muito duro na confeitaria do bairro, sem contar que seu irmão tinha apenas quinze anos e devia se focar nos estudos caso quisesse ter a chance de ir para uma boa faculdade. Ele se encostou na parede frustrado com toda situação  não havia nada que ele pudesse fazer para ajudar naquele momento, num reflexo involuntário ele repousou as mãos nos bolsos quando sentiu algo.
 
     Zhan olhava para o cartão de visitas que o secretário havia lhe dado e pensou, será que aquela era sua resposta? Ele passou a noite em claro, andava de um lado a outro incansavelmente pensando na possibilidade remota daquilo ser a resposta. Ao perceber a hora, viu que tinha que sair para entregar jornais, não adiantava deixar a vida parada enquanto os problemas se acumulariam.  A casa ainda estava silenciosa, a mãe já deveria ter ido ao trabalho e o restante da família ainda dormia, quando chegou ao posto de entrega é viu a notícia que estampava a primeira página.
 
    Príncipe Herdeiro é flagrado brigando em corrida clandestina!
 
Que idiota! Foi seu primeiro pensamento. O ômega  pensou na possibilidade de ir embora com a família seria muito mais fácil e menos complicado do que ter que aguentar alguém como o príncipe problemático como o príncipe parecia ser, que frequentemente se envolvia em polêmicas.  Ele não era do tipo que seguia todas as notícias sobre a família real, mas como entregador de jornal hora ou outra via o rosto do jovem príncipe na primeira página e sempre acompanhado de alguma polêmica, imaginou quão difícil deva ser conviver com algo com um ego tão grande já que estava claro que ele não parecia se importar com a imagem da família.
 
 
   Enquanto isso no Palácio de Lótus...
 
      A rainha tinha passos apressados pelos corredores do Palácio. Era óbvio que ela não estava de bom humor e com claro ainda era que o príncipe era a razão disso. A ômega  entrou no quarto do filho escancarando as portas com força  e fazendo um barulho absurdo de propósito, o jovem que dormia tranquilamente quase caiu da cama com tamanho susto. 
 
       — Saiam todos, deixe-me à sós com o príncipe. – falou duro sem tirar os olhos do filho.
 
As damas de companhia da rainha saíram do quarto fechando as portas em seguida.
 
      — Qual é o problema dessa vez? Eu estava dormindo. – ele colocou o travesseiro sob a cabeça.
 
       —  Qual é o problema? Como ousa falar tão informalmente? Acha que está falando com um dos seus amigos de farra? – ela arranca o travesseiro do rosto do filho.
 
      — Perdoe -me, oh alteza real.  Em que posso ajudá-la  a está hora desta gloriosa manhã de primavera? Melhor assim alteza? – ele se senta na cama se curvando para ela, a  ironia era palpável em sua voz.
 
     A rainha por sua vez jogou o jornal sob o rapaz. Yibo não sabia o que dizer, pensou que sua travessura da noite passada tinha ficado escondida, mas ao perceber a fúria que a mãe exalava não pode deixar de se preocupar.  Os feromônios da mulher estavam azedos e repulsivos pela raiva.
 
      —  Até  quando você vai se comportar assim? Não percebe que todos os seus atos espelham sobre nós, imagine como a imagem do seu pai diante do povo. Eles devem pensar “Como um rei pode cuidar de uma nação se nem mesmo pode controlar filho" . Estou farta disso tudo, Yibo.
 
     — Eu não achei que ... Eu não... – ele não sabia como se explicar, não havia explicação para ser dada, sua foto estava ali estampada bem na primeira página. 
 
      — Arrume-se, a Rainha-Mãe deseja falar conosco.  E eu fiz de tudo para que ela não visse essas notícias, ela não merece passar por este estresse. Já basta pelo o que seu rei passou.
 
    —  O que houve com meu pai? – perguntou mais complicado que fosse, Yibo não fazia essas coisas para irritar sua família. Ele só queria se divertir como um jovem qualquer.
 
    — Agora está preocupado?  Devia ter pensado nisso antes.
 
    —  Por favor mãe,  o que aconteceu? – eram raras as situações onde o alfa a chamava assim. A mulher suspirou frustrada, estava cansada demais para lidar com as rebeldias de seu filho.
 
    —  Depois de ver essa notícia no jornal a pressão dele subiu e ele acabou tendo um mal estar, foi levado para a ala médica e o Dr. Kim pediu que ele ficasse de observação hoje. No entanto, a Rainha-Mãe foi poupada disso também, ela está numa certa idade onde não devia ter que lidar com estas preocupações.  Agora vista-se e vá para o salão principal.
 
   A rainha sai do quarto deixando o jovem preocupado para trás.  Yibo não imaginava que as coisas chegariam a tanto, embora o ângulo da foto parecesse que ele estava brigando, mas na verdade ele apenas separava a briga. Sem demoras, ele arrumou-se e seguiu direto para o salão principal, além da mãe e da avó ele viu que o secretário Kang havia também um mulher, a srta. Sung. A beta era diretora de Relações Públicas do Palácio.
 
      — Yibo, que bom que veio se juntar a nós. – disse a avó do rapaz.
 
      Ele cumprimenta a todos e senta na poltrona vazia.
 
         — Onde está o rei? – a matriarca da família perguntou tomando seu chá.
 
       — O rei teve um compromisso fora da cidade, mas deve retornar ao anoitecer Majestade. – a rainha disse de maneira tranquila.
 
       —  Então, vamos ao assunto de hoje. Vocês já sabem que o secretário  Kang  foi atrás da família Xiao e procurar saber mais sobre eles, secretário por favor nos fale sobre suas descobertas.
 
       —  Bom Vossas alteza, a família vive no subúrbio ao norte da cidade, o pai está desempregado mas cuida da casa, a mãe trabalha numa pequena confeitaria no mesmo bairro eles tiveram dois filhos.
 
      — Seja mais direto secretário.  – Yibo pediu.
 
     - O Sr. Xiao teve um filho biológico e netos, porém sua esposa teve mais dois filhos de outro casamento. Mas falando sobre os descendentes do Sr. Xiao,  Haoxuan de quinze anos que está no ensino médio e é um alfa. Xiao Zhan, ômega de dezoito anos, este passou para a faculdade de Administração, mas devido a situação financeira da família só vai começar seus estudos no segundo semestre. – ele entrega uma pasta contento todos os dados e fotos do rapaz para Yibo e família. 
 
     —  Espera, ele é um cara! Então nada daquela balela vai valer, não é? Eu não posso me casar com um ômega masculino. – disse mais animado já que não havia histórico de casamentos com ômegas masculinos entre os herdeiros ao trono.
 
    —  É difícil admitir, mas eu concordo com o príncipe.  – disse a rainha.
 
     —  Secretário Kang, você os conheceu diga-nos o que achou da família?
 
      — Vossa Majestade, embora a família esteja num momento difícil, eu puder ver que eles são bastante unidos. Sobre o rapaz em questão, eu pude apurar que sempre foi um bom aluno, notas altas e comportamento ideal, praticava esportes no ensino médio e até trabalhou com voluntário em creches do bairro. Mas desde cedo sempre fez pequenos trabalhos para ajudar nas despesas da família, atualmente ele trabalha como entregador de jornais além de outros pequenos trabalhos pela vizinhança.
 
        —  Me parece ser um bom rapaz.
 
        — Mas é um cara, eu não vou me casar com um homem! – disse decidido.
 
        — Vossa Majestade, talvez haja alguma coisa que possamos fazer para ajudar essa família sem precisar nos expor assim.  – ponderou a rainha.
 
        — Querida Rainha, sabe porque o meu marido, o falecido rei permitiu que casamentos entre pessoas dos mesmos gêneros fossem realizados em nosso país? – perguntou tranquila.
 
       — Eu sei majestade, eu não quis dizer que...
 
       — Porque ele acreditava que amor não é uma questão de gênero.  Então porque deve ser restringida por lei? Infelizmente, estamos numa situação onde a decisão não é nossa.
 
    —  Vovó, você não pode permitir isso. – suplicou mais uma vez.
 
   A Rainha-Mãe  pega um tablet e mostra a notícia que a rainha tanto queria esconder.
 
     — Apesar dos esforços da rainha para me proteger, hoje em dia a internet não perdoa ninguém. Viu os comentários sobre nós? Meu marido teria perdido a cabeça se depois de todos seus sacrifícios nosso nome seria manchado dessa maneira. – ela disse baixo, mas com uma voz firme.
 
      — Mas vovó...
 
     — Como eu disse, a decisão não está em nossas mãos.  Se esse rapaz aceitar cumprir o desejo do rei Tiang, assim será feito.
 
     —  Eu não vou aceitar isso. – Yibo esbraveja inconformado.
 
    — Se me permitem interromper. – a mulher que até então apenas observava tudo se pronunciou pela primeira vez. – Talvez isso não seja uma má ideia, pense nisso como uma cortina de fumaça.  Príncipe Yibo, eu sei que tudo isso parece loucura demais, mas veja a situação como um contrato nupcial, fiquem pelo menos três anos casados e depois cada um pode seguir seu caminho. Eu trabalho nessa área a quase vinte anos, no momento em que o casamento for anunciado as pessoas vão atrás desse rapaz, ele será o foco. As pessoas passarão tanto tempo tentando descobrir cada detalhe da relação que as coisas que aconteceram no passado ficarão irrelevantes.
 
       — Você realmente acha que isso vai funcionar? – a rainha pergunta.
 
      — Vossa Alteza,  o príncipe Yibo nunca apresentou uma namorada oficialmente para o público, então não acredito que farão muitas especulações, apesar de ele já tenha sido fotografado com algumas mulheres ao longo dos anos, nunca houve uma namorada anunciada de maneira formal.  Temos tudo a nosso favor, GusuLan sempre foi um dos países mais receptivos com a comunidade ABO na Ásia,  imagina só quando um  ômega plebeu entrar para a família real? Um verdadeiro contos de fadas moderno.
 
      —  Estão agindo como se isso fosse acontecer,  esse garoto pode não querer fazer parte disso. 
 
      —  Essa é uma possibilidade. Mas se isso realmente acontecer, o ideal é que nós próximos meses vocês possam ser vistos juntos e fotografado de maneira discreta para que a relação possa ser mostrada de maneira natural ao público e que não pareça um casamento às pressas com a intenção de tirar o foco de você. – a beta tentava dar opções para eles.
 
     —   O que o rei vai dizer sobre isso? – Yibo tentou apelar para o bom senso de seu pai.
 
      — Ele vai está de acordo com o que desejar majestade.— a rainha disse.
 
       —  Tem mais alguma coisa a ser tratada? Eu ainda preciso ir para faculdade.
 
Yibo só queria sair dali, precisava de ar puro. Embora, ele quisesse brigar e gritar sempre que olhava para a mãe lembrava da situação do pai, então apenas ouviu calado o que todos diziam.
 
        — Sim príncipe, já pode ir. – disse a avó do rapaz com a voz já cansada. Então o alfa finalmente saiu da sala. Depois que o príncipe saiu a rainha finalmente pode conversar a sós com a sogra.
 
        — Vossa Majestade, a senhora tem certeza de que está é a única maneira? Eu não questiono os desejos do falecido rei, mas a situação toda é um pouco complicada.
 
         — Querida rainha, não vejo outra alternativa. Esta família também tem uma cópia deste documento, então se de alguma maneira eles quisessem usar isso de maneira ainda mais negativa no futuro será ainda pior. Pois, não apenas o nome do falecido rei seria jogado na lama como nossos descendentes por não cumprirem com o acordo selado. Uma ordem real não cumprida.
 
          — Eu entendo, Majestade.
 
         —  Secretário Kang, marque uma reunião com esse rapaz. Quero conversar pessoalmente com ele.
 
         — Sim, majestade.
 
        — Vamos apenas orar pelo melhor resultado.
 
   A caminho da faculdade, Yibo sentia que seu mundo havia sido tirado debaixo dos seus pés, ele tentava pensar numa saída, num plano B mas nada lhe vinha a mente. Já na entrada, ele pode perceber a quantidade de repórteres e fotógrafos  que com certeza lhe aguardavam, por sorte eles eram proibidos de atravessarem os portões da instituição particular. Ao descer do carro escoltado pelos seus guardas -costas ele seguiu direto para a sala de aula. Ele não estava com humor para ser educado ou simplesmente dizer um bom dia para qualquer pessoa, apenas seguiu com a cara amarrada.  A maioria dos alunos já estavam na classe ,porém o professor ainda não havia chegado, ele sentou- se no seu lugar habitual  e logo foi cercado pelos amigos.
 
     — Hey man, sorry pelas fotos. Espero que não tenha te dado nenhum problema.  – Cheng diz sentando ao lado dele. Era ele quem estava brigando e Yibo só tentou separar a briga.
 
     —  Nada que eu já não possa lidar.
 
 Afinal, mesmo sem as fotos toda a confusão do casamento logo seria revelado.
 
     — Você falou com a Yifey? Ela me ligou ontem, disse que não conseguiu falar você, ela acabou esquecendo o celular dela em casa, mas disse que volta semana que vem. – Yubin disse.
 
     — Que droga, eu quebrei meu celular e aconteceu tanta coisa que nem lembrei de pegar outro.
 
      —  Uau, o que pode ter acontecido assim de tão grave pra você se quer lembrar do seu precioso celular.
 
      —Esquece, provavelmente vocês saberão em breve.
 
Tudo o que ele queria era poder explicar a situação pessoalmente para Yifey antes da notícia se espalhar.  Ele teria algum tempo antes de tudo isso se tornar público caso o tal ômega realmente aceitasse.
 
     —  Ah qual é! Deixa de suspense, conta logo. – Yuchen insistiu. O Príncipe no entanto apenas ignorou os apelos dos amigos, sabia que embora fossem seus melhores amigos, eles com certeza seriam os primeiros a zoar da cara dele.
     Durante todas as aulas ele se manteve quieto, sem gracinhas ou piadinhas como sempre fazia, estava imerso no seu próprio mundo de problemas e nem mesmo saiu para comer. Ele olhava fixamente para frente enquanto batia com a caneta no caderno sob a mesa de maneira ritmada, o professor da última aula já havia ido embora e apenas poucos alunos ainda permaneciam ali.  Yibo só saiu do seu transe auto induzido quando um dos seus guardas costas veio para avisar que estava na hora de irem embora. Ele se sentia como se estivesse em modo automático, não conseguia parar de pensar em como sua vida de repente tomou esse rumo inesperado.
 
     Chegar em casa não era nem uma sensação de  boas vindas, agora mais do que nunca ele se sentia sufocado. Na hora do jantar, o pai do rapaz estava à mesa, mas era perceptível o quanto estava abatido e tudo o que Yibo podia fazer era se sentir culpado por tudo aquilo.
 
       No dia seguinte, quando o jovem alfa chegou da faculdade, foi avisado de que devia ir ao escritório particular do rei, ao chegar na porta do escritório ele precisou respirar fundo algumas vezes antes de entrar. Não foi surpresa ver seus pais e avó ali, mas o que lhe chamou à atenção foi o jovem que os acompanhava. Ele era alto, cabelos negros, olhos castanhos, pele branca e boca vermelha. Ao ver o príncipe ele rapidamente se levantou e fez uma breve reverência a ele, Yibo levou alguns segundos para recordar que aquele jovem à sua frente era o mesmo das fotos que tinha visto outro dia, o tal pretendente ômega. 
 
      — Feche a porta ao entrar. – disse o rei.
 
     E assim ele fez. Yino reverenciou os membros da sua família e fez um breve aceno para o rapaz à sua frente.
 
       — Bom, agora que se juntou a nós, podemos finalmente resolver tudo. – disse o rei analisando alguns documentos à sua frente.
 
A mãe do rapaz permanecia com a cabeça baixa num claro sinal de reprovação, Yibo não sabia o que pensar sobre o que havia acontecido na sua ausência.
 
      — Príncipe Yibo, este é Xiao Zhan, o jovem de quem falamos anteriormente.  – a Rainha-Mãe apresentava gentilmente o visitante. O rapaz esticou a mão para cumprimentar o príncipe que ignorou a saudação, deixando o jovem um pouco constrangido. 
 
      —  Então o que decidiram? – ele pergunta para a avó.
 
       — Nós já temos uma resposta, mas esse jovem gostaria de falar com você antes.
 
     Yibo não entendia o que aquele estranho poderia querer com ele  além do que claramente já estava resolvido. Bastava saber se terá ou não casamento e começar com todo aquele circo.
 
   Todos saíram da sala deixando apenas os dois frente a frente. Zhan estava nervoso também, afinal, aquela era sua primeira vez falando diretamente com alguém como Yibo,  claramente hostil. Os outros membros da família real foram gentis com ele.
 
        — Alteza, eu gostaria de ...
 
        — Corta essa! Fala logo o que você quer, pode falar informalmente comigo temos quase a mesma idade, mas seja rápido pois eu não tenho muito tempo. Quanto você quer para acabar com essa palhaçada? 
 
    Xiao Zhan já havia pesquisado um pouco sobre príncipe e  por mais que quisesse entender a situação ainda estava inseguro quanto a sua decisão, mas não  imaginou que  ele seria tão ríspido logo de cara. Tentou apenas manter a calma e não socar a cara real do príncipe. Bom, pelo menos ele queria muito naquele momento.
 
        — Então, o que você  quer?
 
        — Eu só queria perguntar o que você está achando de tudo isso e como está se sentindo? Mas pelo visto, a cordialidade não se estender a todos os membros de sua família.
 
 De todas as pessoas, ele foi o único a perguntar isso para Yibo. O Príncipe não sabia bem como responder foi pego de surpresa com a pergunta do rapaz.
 
       —  E isso faz alguma diferença agora? Imagino que esteja animado para viver a grande vida luxuosa de um membro da realeza, não é? – Yibo estava disposto a provocar e fazer aquele rapaz a desistir de tudo.
 
        — Eu imagino que não seja fácil pra você também. Mas não precisa ser um escroto comigo. – O ômega não ia deixar que falassem daquela maneira com ele, nem mesmo um príncipe.
  
     — Acho que esqueceram de te ensinar boas maneiras, você poderia ser preso só de falar comigo dessa maneira. – Yibo se inclinou para frente num olhar desafiador para o ômega que não desviou o olhar do alfa.
 
      — Então mande me prender. Pelo que vi nos jornais, seria outra bela manchete. – O alfa paralisou por alguns minutos, aquele plebeu estava mesmo lhe ameaçando?
 
      — Você tem a língua muito afiada para um plebeu.
   
      — E você modos muito feios para um membro da realeza. Estou apenas te tratando com a mesma cortesia da qual estou sendo tratado. Respeito deve ser recíproco e mútuo.
 
     O príncipe voltou a se encostar no sofá cruzando os braços em seu peito. A maneira desleixada como estava mostrou para Xiao Zhan como aquela fachada de bom príncipe caiu rapidamente.
 
       —  Olha, eu estou cansado, tive um dia cheio, então se você puder adiantar o assunto eu agradeceria.
 
         —  Eu tinha dúvidas sobre tudo isso, mas depois de conversar com sua família estava mais tranquilo quanto a minha decisão.  Porém, dez segundos de conversa com você me fizeram repensar, nem todo dinheiro do mundo valem a pena para aturar alguém como você.
     
      — O quê? O que você quer dizer isso com isso?
 
       — Adeus, príncipe Yibo.  – o ômega se levanta e se curva minimamente e deixa a sala. Yibo sequer se mexe, ele estava mais do que satisfeito por ter se livrado daquele problema.
   
     Para dizer a verdade, ele estava mais do que satisfeito por ter evitado tudo aquilo, aquele ômega não parecia ser alguém que se encaixaria nos seus padrões. Embora não tivesse absolutamente nada contra ômegas masculinos, nunca teve interesse em um e se todos agissem daquela maneira então ele se livrou de uma boa. Ele quase sorriu com aquilo, estava livre de novo.
      Precisava providenciar um celular novo, ele queria festejar e comemorar o fim de seu noivado de um dia. Yifey já deveria ter retornado da França e com certeza estaria doida para vê-lo, só teria que encontrar um lugar onde pudesse festejar sem ser fotografado e sair do Palácio sem ser notado. Algo muito fácil para ele, já que não era a primeira vez que faria aquilo.
     Ao sair da sala viu o rapaz no corredor se despedindo de sua família. Não estava perto o suficiente para ouvir o que era dito, mas esperava que ele não dissesse nada o comprometesse ainda mais. Depois o tal ômega veio em sua direção mas passou direto por ele sem nem ao menos olhar em seus olhos.
      — Que presunçoso. Ainda bem que me livrei desse aí. – ele disse baixo vendo o rapaz sumir de suas vistas.
   Depois seguiu direto para seu quarto pegando outro celular e mandou uma mensagem para seus amigos.
      “É hora de comemorar, hoje é por minha conta”
Ele jogou o celular sob a cama e já começou a planejar a sua noitada. Yibo só queria se divertir ao lado dos amigos, longe das preocupações que rondavam sua cabeça nos últimos dias.  Ele estava retirando sua camisa quando alguém bateu na porta de seu quarto e a acompanhante de sua avó abriu a porta em seguida.
       — Vovó, aconteceu alguma coisa?
 
       — O rapaz recusou a nossa ajuda e o pedido de casamento. – havia uma certa tristeza na voz da ômega. — Então, não precisa mais se preocupar príncipe Yibo, não vai haver casamento.
       
       — Achei que fosse o que todos queriam, mas o ômega recusou não é mesmo? Não podemos apenas esquecer tudo isso, agora?
   
       — Claro. Boa noite, querido.
 
        — Boa noite, vovó.
 
  Yibo não conseguiu entender a reação da mulher, ela parecia um tanto decepcionada. Porém ele não queria pensar naquilo, não iria estragar sua noite pensando naquele ômega insolente.

♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡              Amores

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              Amores.....
Espero que tenham gostado, como podem ver muitas coisas foram mudadas. Eu realmente estou amando reescrever isso e espero que vocês também.
Nosso casal chegando como Emenies to lovers  kakaka simplesmente adoro.
       Não esqueçam de comentar e votar para dar aquela ajudinha para a autora.
           Beijos e até a próxima.

              Just Dream Girl
             

The Promisse (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora