Polin: O Triunfo do Amor

O Início

Penelope Featherington sempre foi sonhadora, alegre e muito doce, uma pessoa maravilhosa. Era também uma amante da literatura desde da época de escola, com isso, veio o desejo de cursar literatura inglesa. Ela morava na Irlanda, mas, fez seu curso na faculdade de Oxford, foi onde conheceu a sua amiga Eloise Bridgerton, que cursava Jornalismo, e logo quando se conheceram a amizade entre as duas foi de imediata, se tornaram inseparáveis, foram anos de muitas histórias vividas juntas. Após a formatura ambas tiveram que se separar para fazer suas especializações e mestrados fora do Reino Unido, em busca de consolidar suas carreiras, mas, nunca deixando de manter contato.
Assim, 4 anos se passaram após elas terem seguido suas vidas, cada uma a sua maneira, sendo assim, muitas coisas aconteceram. Atualmente, Penelope mora em Portugal, onde já era mestra e trabalhava em uma universidade como professora muito respeitada no meio acadêmico, como muitos artigos e trabalhos realizados. Através desse reconhecimento, ela tinha sido convidada para trabalhar em uma Faculdade em Londres, no qual, ela ficou muito feliz pelo convite, era próxima de seu país natal, e também de sua amiga Eloise, que tinha voltado a morar lá havia um tempo, e que ela estava morrendo de saudades. Sendo assim, ela aceitou o convite, realizou suas últimas atividades, trabalhos e despediu-se de seus amigos. Ela estava deixando aquele país onde lhe acolheu tão bem e fez parte de seu amadurecimento profissional e pessoal. E agora iria para seu novo destino, com grandes expectativas, e sem saber o que lhe aguardava, mas, com o coração feliz e realizado.
Era domingo pela manhã quando ela desembarcou no Aeroporto de Londres, ela sentiu-se em casa, não sabia o porquê mas, teve essa sensação. Todos falavam uma língua que há muito tempo ela não tinha o costume de ouvir com frequência, o ambiente era gelado, até normal para ela, já que em Lisboa tinha um clima pouco parecido. Então, ela viu ao longe uma pessoa que ela conhecia, e como ela conhecia bem. Com aqueles cabelos castanhos longos, olhos azuis expressivos, e um sorriso que ela sentia muita falta, era a sua amiga Eloise que lhe aguardava segurando em sua mão uma placa que tinha escrito "Penelope Featherington", bem característico de sua amiga, ela amava isso nos filmes quando elas assistiam juntas. Seu peito encheu-se de alegria, ela amava a amiga como uma irmã, era uma conexão se explicação.
- Peeeen, que saudades sua amiga! – disse Eloise correndo em direção dela para abraça-la.
- Eu também, Elo! Você como sempre gosta de uma encenação né? – disse Penelope enxugando as lagrimas que caiam em seu rosto e ainda abraçando forte a sua amiga.
- Você sabe que amo impressionar, e fazer um bom drama! – falou Eloise dando uma piscadela de olho, soltando-a e ajudando a amiga com as malas.
Penelope revira os olhos, e começa gargalhar.
Eloise era uma mulher forte e perspicaz, sempre soube o que queria, tinha também uma carreira de respeito, vinha de uma família grande, que moravam ali mesmo em Londres, que Penelope conhecia somente por fotos, era algo que ela não quis muito se aprofundar antes. Mas, agora teria que conhecer, pois, a universidade que iria trabalhar, pertencia a família da amiga, a Bridgerton University, onde, Eloise também trabalhava, onde no dia seguinte ela teria que se apresentar para seu primeiro dia de trabalho.
- Obrigada amiga por ter vindo me receber! Mas, devo confessar que estaria perdidinha se você não tivesse vindo. – disse Penelope.
- Eu sei, Pen. Por isso, vim lhe salvar de se perder em Londres. Mas, vamos deixar de conversa mole, e vamos para estacionamento onde deixei meu carro. – disse Eloise saindo empurrando a amiga pelo aeroporto rumo ao estacionamento.
Logo partiram para o apartamento de Eloise, que ficava no centro da cidade, na cobertura, bem o estilo da amiga, elas iriam dividir o apartamento, as duas queriam recompensar todo esse tempo que estiveram afastadas, e morando juntas logo estariam vivendo como esse tempo longe uma da outra nunca tivesse existindo. Ao chegar no apartamento Penelope se instalou no seu novo quarto, que era bem grande, onde ela poderia redecorar como bem desejasse, e passaram o restante dia conversando. Já era noite, elas pediram algo para comer em um aplicativo, e colocaram um filme para assistir. Mas, Penelope estava nervosa, no outro dia ela iria começar uma nova etapa de sua carreira, e como qualquer pessoa ela tinha dúvidas e medos.
- Elo, como é lá na universidade? Você tem alguma dica para mim? Algum conselho? – Ela olhou pra amiga com aqueles olhos azuis profundos, em busca de respostas.
- Agora você me pegou, Pen. – Ela deu um sorriso, e ficou pensativa, como estivesse escolhendo as palavras - Bom, lá é um local muito bom de se trabalhar, eu falo isso não porque é da minha família, você sabe que sou muito verdadeira no que eu penso ou acho. Como você já deve saber, o meu irmão Anthony é diretor, tenho alguns irmãos que dão aula lá também, eu sou coordenadora do curso de Jornalismo, e as vezes dou aula. Mas, eu sei que você vai se dar muito bem, conheço sua competência, logo estará bem instalada e agregando mais qualidade ao nosso corpo docente.
- Obrigada pela confiança, amiga! Espero fazer um bom trabalho, quero contribuir e aprender mais e mais. – falou Penelope toda confiante.
- Certo! Mas, vamos deixar de falar de trabalho. Me diz como está o coraçãozinho? Ou melhor como está o fogo de Penelope? – Ela fala com um sorriso enorme e dando uma cotovelada de leve nas costelas da amiga - Pegou muito português gostoso lá?
Penelope sentiu o rosto esquentar, com certeza estava todo vermelho, sem falar no frio no estomago. Eloise era sempre muito direta, e com quem ela tinha intimidade mais ainda, já tinha me desacostumado com esse lado dela. Tinha que mudar o rumo da conversa, ainda não estava preparada para falar sobre esse tema.
- Eloise Bridgerton, você nunca muda né? – disse ela fazendo uma cara feia.
- O que? Somos amigas e adultas, é um tema bem simples de se falar – ela fala colocando mais refrigerante no copo de Penelope, que deu uma bebericada no refrigerante, tentando não manter contato visual com a amiga, depois dando uma mordida no hambúrguer. Enfim, eu fala a verdade.
- Claro que somos amigas. Mas, você sabe que não gosto de falar desses assuntos, é um universo que ainda é um mistério para mim. – respira fundo e tenta focar no filme que estavam assistindo.
- Tudo bem, vou respeitar o seu tempo. Mas, se quiser conversar, estarei sempre aqui. Você sabe né? - Ela diz pegando na mão de Penelope.
- Sei sim, Elo. Não se preocupe, certo. – Aperta sua mão, e seca uma lagrima que teimou em cair. – Mas, e você está com alguém?
- Ninguém em especial, as vezes tenho uns encontros, mas, só isso mesmo. – ela fala dando de ombros. – Ainda não encontrei o famosa "Alma Gêmea", que todos falam. – ela sorri sem animação.
O filme já tinha acabado, e também já estava ficando tarde, no outro dia tinham que acordar cedo, então, resolveram ir dormir. Penelope já havia colocado a roupa de dormir, e estava deitada na cama, imaginando do dia de amanhã, e se perguntando: o que lhe aguardava lá na universidade? será que realmente iria se dar bem? Não podia mentir para se mesma, eu estava ansiosa e com medo, pois era da família da amiga, sentia que a pressão será bem maior. Tentou ler um livro, mas, logo cai no sono.
Na manhã seguinte acordou antes do despertador tocar, estava muito ansiosa, foi banhar, e quando saiu do banheiro foi procurar uma boa roupa para ir trabalhar, pegou um vestido justo azul escuro, scarpin preto e um sobretudo marrom, pois, lá fora estava muito frio, e passei uma maquiagem bem básica.
- Muito bem Penelope, chegou a sua hora, e que tudo der certo! – diz se olhando no espelho. Depois foi para cozinha.
- Preparada? – Eloise pergunta lhe dando uma xícara de café e torradas.
- Acho que sim. Não, estou sim! – diz dando um sorriso e tomo o café.
- Ótimo! Pois, vamos nos apressar, não quero que você se atrase no seu primeiro dia. – falou Eloise dando um sorriso.
Terminaram de tomar café, e logo em seguida foram para universidade, por enquanto ela iria de carona com a Eloise, pois, ainda tinha que se habituar com a cidade, e depois iria procurar comprar um carro para ela.