O Convite

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Oiee
Trazendo mais um capítulo de nosso casal amado! Estou amando escrever essa história, espero que estejam gostando também. Irei postar um capítulo por semana. Ainda não sei se será longa ou curta.
Boa leitura! 😘

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Ao chegar à universidade Penelope ficou deslumbrada com a estrutura arquitetônica do local, era um prédio bonito, grande e antigo, mas, bem conservado, com um tradicional estilo monarca, como era de costume em Londres, provavelmente pertencia à família há muitas gerações. Também havia um lindo jardim e pracinhas, e pela fisionomia das pessoas que ela observava, aparentemente esbanjava uma boa convivência, foi o que deixou ela mais relaxada.
Era totalmente diferente do seu trabalho anterior, e nesse momento ela sentiu saudades de Lisboa, pois, lá ela tinha feito muitos amigos, foram quatro anos de muitas lutas e vitórias, ela nunca iria esquecer aqueles momentos. Portanto, agora era uma nova história que estava sendo escrita, e ela sentia algo estranho, mas não sabia o que era. Já tinha alguns minutos que Eloise havia estacionado o carro, e então, começou observar Penelope, não sabia quanto tempo a amiga estava ali parada em meio aos seus devaneios. Então, perguntou com curiosidade:
- Tudo bem, Pen?
- Sim, tá tudo bem. Só estava observando o ambiente, e também me lembrei do meu antigo trabalho. – disse Penelope sorrindo e olhando novamente para o prédio.
- Eu entendo, mas, tudo vai ocorrer bem. Realmente é um pouco estranho começar um novo trabalho, mas, logo a gente se acostuma. – disse Eloise tocando no ombro da amiga como ato de encorajamento.
- Sim, eu sei. – Penelope sorriu para ela - Onde eu devo ir para me apresentar, Elo?
- Vou deixar você na recepção, lá a senhorita Thompson vai te levar ao coordenador do campus, ele vai passar todas as informações necessárias. – disse Eloise.
- Certo, então vamos lá minha nova colega de trabalho. – falou Penelope levantando a mão, e Eloise logo bateu a dela na sua.
- Isso é tão legal né? Estou tão animada! Vamos trabalhar juntas. – diz Eloise toda eufórica.
Penelope assentiu, e sorriu para amiga.
Logo em seguida saíram do carro, e Eloise a conduziu em direção à recepção, passaram por algumas salas e corredores, até chegar lá. Então, ela percebeu que havia outros professores e alunos no local, mas, a pessoa da recepção não estava.
- Provavelmente a senhorita Thompson deu uma saída, mas, aguarde aqui que ela já deve está voltando. – disse Eloise procurando a pessoa com a cabeça.
- Tudo bem, pode ir. Daqui pra frente eu assumo. – falou Penelope
- Beleza! Então, eu vou indo. Boa sorte! – disse Eloise abraçando-a e logo saiu.
Penelope ficou em pé perto da mesa, que imaginou que fosse da recepcionista. Assim, ela logo percebeu que ao lado havia uma sala que tinha escrito na porta "sala dos professores", ela sempre foi muito observadora, seus olhos sempre em alerta em busca de conhecer o ambiente em que estar. Foi então que percebeu um homem passando em direção a sala com uns papeis na mão, muito concentrado, ele ia abrindo a porta quando ela falou:
- Bom dia, sou Penelope Featherington. A nova professora de Literatura.
Nesse momento ele parou, e olhou para ela com uma expressão surpresa e curiosa também. Ela sentiu algo dentro de si, mas, não sabia o que era. Ele era muito bonito. Bonito? Não, verdade seja dita, ele era um gato. Estilo aqueles atores de cinema, por exemplo, o Henry Cavill. Bem alto, forte, com os músculos definidos, com certeza sem fazer muito esforço, os cabelos eram castanhos e todo arrumado tipo aqueles de príncipes das Disney, e os olhos eram verdes esmeralda, aqueles olhos era de deixar qualquer mulher derretida, que era o caso dela naquele momento, não sei quanto tempo se passou enquanto se olhavam, mas, ele pigarreou e falou:
- Bom dia, senhorita Featherington. Seja bem-vinda! Sou Colin Bridgerton, professor de Geografia daqui da universidade. – disse ele com um sorriso de iluminar o ambiente.
Ela ficou pasma. Ele era um Bridgerton? Então, era o irmão de Eloise, a letra "C" do alfabeto dos irmãos, algo que era muito engraçado, diga-se de passagem. Ela não lembrava muito do rosto dele, e também ele sempre estava viajando, e com o passar dos anos as pessoas tendem a envelhecer ou mudar. Ele continuava olhando-a profundamente, ela sentiu o rosto esquentar, então, olhou para a pasta que estava em suas mãos, para desviar do olhar dele, então falou:
- Muito obrigada, senhor Bridgerton. Estou esperando a pessoa da recepção para ela me informar onde fica a sala do coordenador.
Nesse momento a moça voltou, provavelmente era a recepcionista, era muito bonita, elegante, magra e com um cabelo cacheado divino. Olhou Penelope dos pés à cabeça, e deu sorrisinho amarelo. Penelope ficou sem jeito, parecia que ela estava alisando-a e ao mesmo tempo me criticando-a.
- Aí está você! Senhorita Thompson, essa é a senhorita Featherington, nova professora de literatura daqui da universidade. Peço que a ajude no que for preciso. - disse ele.
- Sim, senhor. - falou a recepcionista com uma cara de desdém, que somente Penelope pôde perceber.
- Você está à procura do coordenador, certo? - disse ele olhado para ela.
- Sim, estou. – disse Penelope.
- Eu lhe levo até ele, a sala que dou aula fica próxima da sala dele. - falou ele todo animado.
- Não quero incomodar, senhor Bridgerton. - disse Penelope toda sem jeito.
- Não será incômodo, já é o meu caminho mesmo, só peço que aguarde enquanto pego minha coisas na sala dos professores. - disse já saindo e entrando na sala, logo em seguida já estava de volta - Vamos?
- Acho que sim. – disse Penelope sem ter certeza, mas, resolveu aceitar a ajuda. – Sim, vamos. – disse ela o seguindo. Antes de se afastar da recepção, ela olhou de canto para recepcionista, viu que a recepcionista estava olhando-a de um jeito esquisito, ficou sem entender, mas, também não quis bater cabeça com isso, estava chegando agora ali, nada de criar desavenças por besteiras.
Eles caminharam em silêncio por um tempo, e logo ela percebeu que ele a olhava de forma discreta, e ela faz o mesmo. Havia muito tempo que ela não se sentia assim, sem saber o que falar, parecia que estava no colegial novamente, e ele era como um popular do time de futebol, que a deixava sem estruturas. Isso sempre acontecia com Penelope, ela tinha certo receio em relação aos homens do estilo de Colin, para ela, eles eram algo bem longe do possível para ela. Passaram por alguns corredores, até que enfim ele falou:
- Então, você é amiga de Eloise? - disse ele olhando para ela.
Ela lhe dar um olhar curioso, pois, percebeu como as noticias corriam rápidas ali. Mas, pensando bem ele era um Bridgerton, com certeza em algum momento ele ia saber sobre ela. Ele percebendo que ela estranhou a pergunta, foi logo falando:
- Desculpa! É que nós Bridgerton somos fofoqueiros. – disse ele meio envergonhado - e ontem durante o nosso almoço em família, Anthony falou sobre você.
Ela assentiu, e enfim falou:
- Sim, somos amigas. Estudamos na mesma faculdade, e ficamos no mesmo dormitório. Desse modo, logo surgiu uma grande amizade entre nós duas, considero Eloise como uma irmã, como uma alma gêmea da amizade. – disse ela com uma grande emoção no peito.
- Nossa! É de Eloise mesmo que estamos falando? – ele dar uma risada – Brincadeira, coisas de irmãos. Eloise é mesmo uma pessoa maravilhosa, somos muitos próximos. – Ele passa a mão nos cabelos.
E aquela visão a deixava sem ar. Então, ela respira fundo fazendo-a voltar aos eixos. E fala:
- Tudo bem! Que bom, que vocês se dão bem, sempre admirei quando ela falava de sua família. – disse ela.
Andaram mais um pouco, e logo ele para, então ela percebe que já estavam em frente à porta do coordenador. Ele aponta para a porta e fala:
- Bom, chegamos na sala do coordenador. A minha fica ali ao lado. - ele fala apontando com a cabeça. - Foi um prazer lhe conhecer, senhorita Featherington. - diz ele sorrindo com um brilho lindo nos olhos, e estende a mão.
- Foi um prazer para me também, senhor Bridgerton. E também agradeço sua atenção. - disse ela estendendo também a mão e apertando a dele.
O aperto foi suave. Ambos ficaram olhando para suas mãos. Ela sentiu um arrepio, como se uma energia corresse pelo seu corpo, e parecia que já tinha passado horas que eles estava de mãos dadas. E então ela teve a sensação de que ele havia acariciado sua mão, instantaneamente ela soltou a sua mão, olhando para ele meio sem jeito. E disse:
- Obrigada, novamente. Sei que vamos nos encontrar muito daqui pra frente nesses corredores, já que seremos colegas de trabalho.
- Conto muito com isso. – disse ele com um sorriso de canto.
- Certo. – falou ela sentindo o rosto esquentar. - Agora vou ter que entrar. Até mais! – disse ela entrando. E antes dela entrar, ele falou:
- Então, até mais. Boa sorte, colega! – disse ele acenando e se encaminhando para sala que ia dar aula.
Antes dela entrar olhou mais uma vez para ele, e pensou que tudo aquilo tinha sido estranho, mas, de forma boa. E então na sala.

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Quando ela falou seu nome ele percebeu que era a amiga de Eloise que Anthony tinha falado no almoço. A nova professora, e que professora, ele quis ser aluno novamente, só pra ter aula com ela. Ele ficou se perguntando por que nunca a tinha visto antes, ela era um tipo de mulher que não se deixava passar despercebida em qualquer ambiente. Então, ele voltou a si, e se deu conta que já a olhava fazia um tempo, e viu que ela ficou sem jeito. Enfim, se apresentou. Ela estava à procura do coordenador da universidade. E prontamente ele se disponibilizou para a ajudar, já que era seu caminho mesmo.
Enquanto caminhavam ele não conseguia tirar os olhos dela, ela mais forte que ele, ela exalava um perfume doce e irresistível. Ela também lhe olhava com aqueles olhos azuis, como se estivesse tentando decifrar um enigma bem interessante. Ele precisava saber mais dela, e começou a puxar conversa, na intenção de quebrar o clima, e assim eles conversaram um pouco. Para tristeza de Colin, enfim chegaram na sala do coordenador. Então, ao se despedirem, eles deram um aperto de mãos. E ao se tocarem, Colin senti a pele macia e delicada dela, e não teve como resistir o impulso de acariciar sua mão. Mas, logo se arrependeu, pois, ela soltou sua mão repentinamente. Ele também percebeu que ela ficou ruborizada por algumas coisas que ele disse, parecendo uma bonequinha com as bochechas rosadas. Assim, se despediram mais uma vez, ela entrou na sala, e ele seguiu seu caminho.
Já era quase noite, e Colin tinha passado o dia na universidade, eram aulas, orientações e também tinha seus próprios estudos. Ele era muito dedicado, e sempre queria estar atualizado nos assuntos de sua área. E por fim, decidiu que já bastava por aquele dia, e precisava ir embora. Nesse momento, ele lembro de Penelope, e ficou curioso de como teria sido o primeiro dia dela de trabalho. Será que ela tinha se saído bem? Bom, logo ele saberia, os dois trabalhando no mesmo local seria impossível não ficar sabendo de nada. Sendo assim, ele saiu da biblioteca, em direção a saída quando encontrou sua irmã Eloise. Ela conversa com alguns alunos, ele preferiu deixar ela termina sua conversa antes de se aproximar. Até que enfim ela ficou só, e ele foi até ela.
- Oi, irmãzinha! – disse ele abraçando-a de lado.
- Oi, Cols. Você por aqui ainda? – disse ela.
- Parece que não gostou de me ver. Logo eu? Seu irmãozinho preferido. – disse ele fazendo biquinho, e se afastando dela.
Ela deu uma gargalhada.
- Deixa de drama, Colin. Foi só uma perguntinha básica. – disse ela acenando com a mão com desdém.
- E você, o que ainda faz por aqui? – perguntou ele.
- Estou esperando minha amiga, Penelope. – disse ela.
- Ah, sim. Sua amiga. – o assunto interessou ele, era sobre ela mesmo que ele queria saber. - Eu a conheci pela manhã. – disse ele tentando mostrar naturalidade.
- Hum, foi? – disse ela franzindo o cenho. – Como foi isso?
- É que ela não sabia onde ficava a sala do coordenador, e eu a ajudei levando- a até lá. – disse ele todo orgulhoso.
- Mas, eu a deixei na recepção. Era para senhorita Thompson ter feito isso, ou outra pessoa. – disse ela.
- Minha sala ficava ao lado da dele, então, já era meu caminho. Fiz uma gentileza, sou um rapaz muito educado. – disse ele piscando para ela.
- Sei, e como eu sei. – disse ela mexendo no celular sorrindo.
Ele queria saber mais, então, tinha que ir mais fundo na conversa.
- E vocês vão para casa? – perguntou ele curioso.
- Não, sei. Acho que vamos sair para algum lugar. – disse ela olhando para ele desconfiada – Por que?
- Por nada, só curiosidade mesmo. – falou ele passando no cabelo e depois no queixo. - Mas, se quiserem uma dica, conheço uma barzinho bem legal. Ótimo para beber uns drinks e conversar a vontade. – finalizou ele.
- Interessante. – disse ela com um sorriso de canto. - Me passa o endereço que eu vou convidar a Pen para irmos lá. – disse ela.
Então, ele ouviu uma voz, era ela. Vinha saindo de uma sala conversando com um aluno, segurando uns livros, eles pareciam maiores que ela, isso o fez sorrir. Ela parecia uma aluna, por conta de sua aparência jovial, mas, ao mesmo tempo podia ser visto que não era. Pois, sua inteligência e maturidade era evidente ao responder os questionamentos que o aluno fazia. Ela despediu-se do aluno, e caminhou na direção deles.
- Oi, boa noite! – disse Penelope sorrindo.
- Boa noite! – disseram os dois juntos.
- Como foi o dia, Pen? – perguntou Eloise.
- Foi bem legal e tranquilo. Todos aqui são bem receptivos. – Penelope disse olhando para Colin.
- Sim, aqui todos nós somos assim. Prezamos muito pela boa convivência. – disse Colin todo cordial, e olhando de volta para Penelope.
- Certo, entendi! – falou Eloise desconfiada. – Pen, o que acha de saímos para algum lugar?
- Seria uma maravilha. Já tem algo em mente? – perguntou Penelope.
- Sim. Colin me falou de um barzinho bem legal. - Respondeu Eloise
- Sim, sempre vou lá com amigos, eles servem uns drinks saborosos. E sem falar na música, sempre toca umas bandas bem legais. – disse Colin.
- Legal! Então, vamos nesse bar. – disse Penelope toda contente. – Você também vai? – Perguntou ela a Colin.
- Não sei, não quero atrapalhar a noite das meninas. – disse o Colin sem jeito.
- Deixa de besteira, Cols. Vem com a gente, vai ser legal. – falou Eloise batendo o cotovelo de leve na costela dele. – Já que indicou o local, nada melhor do que você mesmo nos apresentar ele.
- Sim, Colin. Vamos! – disse Penelope sorrindo para ele com os olhos.
Ele olhou para aqueles olhos azuis brilhantes que o encarava, e sentiu um frio na barriga. Frio na barriga? O que estava acontecendo com ele? Nunca tinha passado por isso. Com as outras garotas era sempre só algo carnal, sem sentimento. Ele já era um homem de 31 anos, e não era mais um adolescente, mas, com aquela mulher que ele tinha conhecido naquele mesmo dia, incrivelmente sentia-se como um. Ele não entendia como uma pessoa que ele mal conhecia poderia ter uma certa influência sobre ele. E era a amiga de sua irmã, era algo bem peculiar. Ele pensou se deveria ir mesmo, mas, não conseguiu resistir e aceitou.
- Tudo bem, eu vou! – disse ele sorrindo de volta para Penelope.
- Perfeito! Vamos logo, se não passamos a noite toda aqui. – disse Eloise sorrindo e olhando para os dois.
Os três seguiram em direção ao estacionamento. Penelope e Eloise entraram no carro. E logo Colin entrou no dele, e passou ao lado do carro de Eloise e parou.
- Elo, você segue o meu carro. Mas, você já tem o endereço também – disse ele.
- Tudo bem! Nos vemos lá – disse Eloise.
Ele acenou com a cabeça e sorriu. E assim eles partiram em direção ao bar. Dentro do carro a caminho, Colin estava pensando em várias coisas. Imaginando o que poderia acontece naquela noite, ele não era bobo, e sabia que existia mil possibilidades. Mas, pensou que era melhor não focar em nenhuma delas. Ele não era emocionado, e não seria agora.

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Até o próximo! 😘

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