capítulo VII : Entre beijos e furtos de cemitérios, prefiro os beijos

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"Pelos deuses, como pode existir alguém que beija tão bem e que ainda furtou um morto por mim? Romântico e...maluquice"

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Na Suíça, Caspian caminhava pelas ruas pedindo em seus próprios pensamentos, ele conseguiu um bom vinho por aí mas nem para ficar bêbado como uma pessoa normal ele pode porque é um deus, fora que seria constrangedor o protetor das almas mortas bêbado por aí por motivos tão...ridículos, Caspian não sabe se agredece esse fato ou choraminga.

Caspian agradecia o fato dos mortais não poderem vê-lo, no momento apenas Edmundo consegue ver ele e isso é ótimo algumas vezes, assim ele pode aproveitar e observar os mortais em diferentes partes do mundo.

- O que devo fazer agora? - Se perguntou.

"Se confesse para ele, diga seus sentimentos", as sombras disseram em seus ouvidos.

- Mas...eu não tenho nenhum sentimento por ele...acho.

"Você tem, nós temos...só não quer admitir, pode não ser o amor que o cupido espera mas é alguma coisa, você sabe que sim".

Caspian nunca pensou que estaria nessa situação, no meio de uma rua na Suíça buscando conselhos com as sombras, aquelas coisinhas estão presas pela eternidade a ele e mesmo assim conseguem ser amigas, isso é adorável.

Caspian pensou em Edmundo, no quanto ele pareceu feliz ao estar na neve e o quanto isso confortou Caspian, e quando eles se viram pela primeira vez? Caspian não quis acreditar que encontrou um mortal com uma beleza tão magnífica digna de um deus como ele, com certeza Edmundo está acima de muitos. Fora o sorriso contagiante dele, a única pessoa que conseguiu fazer Caspian sorrir um pouco depois de tantos séculos vendo sofrimentos em enterros, pensou nos olhos castanhos dele que o faziam queimar por dentro em apenas uma encarada, nos lábios vermelhos que pareciam chamar Caspian para um beijo a cada segundo, sua pele branca que pedia uma marca de chupão ali que Caspian faria com o melhor prazer, e_

- Tudo bem, chega - Caspian balançou a cabeça para despistar esses pensamentos impuros. Demorou mas o deus pode aceitar que talvez sinta algo por Edmundo, como disseram as sombras, não deve ser amor mas é alguma coisa - Mas ele nunca sentiria algo por alguém como eu, ele é um mortal e eu o deus dos mortos, mal sei como conquistar alguém.

Caspian viveu preso no seu mundo durante séculos, nunca conversou com vivos, apenas mortos e deuses como ele. Também tem o fato que Caspian é Caspian, as almas diziam que ele não é do tipo "apaixonante", diziam que ele é um homem sombrio demais para fazer alguém se apaixonar por si, obviamente Edmundo deve gostar de alguém mais alegre, gentil e que ao menos falou com duas pessoas vivas.

"Isso é fácil, flores...mortais adoram flores"

- Flores? Mas por que flores para um pretendente? Pensei que fossem para enterro.

"Já vimos um homem dar flores para a namorada, ela ficou feliz, talvez funcione"

Caspian não entende como flores podem conquistar o coração de alguém, por algum motivo ele sente que Edmundo possa não gostar disso, mas as sombras convivem mais com mortais do que ele e o melhor seria seguir seus conselhos, não tem nada melhor mesmo.

Então Caspian partiu em busca das suas flores, e também partiu na busca de mais sombras para voltar rapidamente para o apartamento, ele precisa urgentemente ver Edmundo.

Enquanto passeava, Caspian sentiu uma sensação estranha em seu corpo até que próximo ele viu um cemitério, nele pessoas estavam reunidas, Caspian se aproximou vendo que todos usavam preto e alguns choravam, se tratava de um funeral, alguém morreu, obviamente. Em uma mesa ao longe ele viu um buquê com várias rosas brancas, oh, isso é perfeito, Edmundo combina com branco.

Desejos - CASMUNDOnde histórias criam vida. Descubra agora