Capítulo 10

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Não custaria para cavar um buraco, enquanto batia o pé impaciente na calçada e se perguntava se já não tinha se atrasado. Devia esperar dentro de casa como sempre fazia, entretanto, a ansiedade era maior, aliás não tinha além dela em casa. Os plantões da mãe estavam mais frequentes, o que estava aborrecendo de certa forma.

Já ia cancelar seu percurso no aplicativo, quando os faróis revelaram o carro, ela tratou de se aproximar. Reconhecendo o motorista ela entrou e indicou o caminho, que Hae havia fornecido. Segundo as duas mensagens dela a festa ocorreria lá, uma casa de um amigo ela dissera, não esqueceu de informar Hayun que já estava saindo de casa.

Com o carro em movimento seus pensamentos caíram no que aconteceu em Jeju mais uma vez, não tinha contado para ninguém e todas as dúvidas se acumulara, mas optou por não perguntar nada a ele, Choi Mujin também dividia da mesma opinião. Durante o tempo que retornaram para Seul, ele se manteu o mesmo de sempre, como se o aviso prévio não tivesse saído da sua boca, chegou até falar para ela se divertir na festa no momento que se despediram.

Fechou os olhos pretendendo excluir aquela inquietação, porque era isso, simplesmente inquietação, mas o convencimento no chegou. Ela abriu os olhos vendo a casa que produzia uma música alta acompanhada da iluminação multicolorida, chegando ao seu destino ela pagou o motorista e saiu.

O fluxo de pessoas que saiam e entravam na casa foi maior do que ela imaginou, aparentemente todos os universitários resolveram aparecer. Ela endireitou os ombros e retirou o casaco de inverno que cobria sua fantasia, os saltos pretos provocaram um pequeno tintilar no piso à medida que ela entrava na casa.

Não foi mais do que ela previa, muita bebida, drogas e pessoas dançando. No meio de toda essa bagunça ela procurou por Hae, mas não foi uma tarefa fácil pela quantidade de pessoas fantasiadas e alguns empurrões. Só a encontrou próxima à piscina, a fantasia de coelhinha e os cabelos ruivos em uma trança inconfundíveis.

— Lana! — ela disse, esticando os lábios vermelhos. — Achei que não viria nunca, Daejung me mataria.

— Oi — cumprimentou Hae e as demais amigas dela. — Ainda não cheguei ver ele.

— Seu Jack Sparrow está bem ali — ela apontou a unha rosa em direção um canto no jardim.

Em uma conversa calorosa com Woong, Daejung vestido de pirata chegava ser um pouco fofo, ela sorriu e se aproximou deles. Woong foi o primeiro a notar sua presença, acenou para ela, enquanto Daejung a fitou lentamente deixando constrangida.

— Hera venenosa? — Daejung observou sua fantasia.

— Ou uma tentativa — ela falou.  — Hae já me adiantou a sua.

Ambos riram, Hae era capaz de falar mais do que os dois juntos, era um fato.

— Ela está sempre um passo a minha quando o assunto é você — Daejung a olhou.

As coisas não tinham sucedido bem com sua expectativa, após o beijo entre os dois o clima conseguiu ficar estranho devido um certo mafioso.

— E Minah? — ela mudou de assunto, percebendo a ausência de um membro do trio.

— Em algum lugar bebendo como se fosse água — Woong respondeu. — Falando nisso vocês poderiam pegar algo para beber.

— Você vem? —Daejung retrucou, ajeitou o chapéu.

— Sim — ela aceitou sua mão.

A música inundou seu ouvindo ao passo que adentraram a casa, algumas pessoas se pegando no sofá e até professores vira ali. Para ela tudo parecia uma grande novidade.

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