Capítulo 15

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O vestido branco, cheio de camadas, rodopiou quando decidiu olhar para ele, apesar das cadeiras dispostas alguns metros, fez questão de vê-la bem de perto, observando cada detalhe admirado, desde o decote elegante as camadas que cobriam a parte debaixo fazendo um vestido digno de princesa, um exagero na opinião dela.

— Como estou? — Lana indagou, girando até focar nele.

— Já pensou em se casar?

— Não é uma das minhas preocupações — ela deu de ombros.

Abraçando-a por trás, Choi Mujin retirou os cachos do seu ombro, seus lábios foram pressionando naquela região fitando Lana através do espelho. Uma imagem tentadora para ambos.

Eles podiam fazer o que quisessem.

— Coisas caras combinam com você — ele observou. — Poderia reinar nessa cidade e ninguém ousaria contrariar.

— Seria interessante — ela riu baixinho imaginando. — Mas só quero seguir minha carreira, é o bastante para mim.

Sua imaginação teria que esperar, nenhuma dessas coisas aconteceria tão cedo, enquanto ela retirou o vestido de noiva e trocava por seu jeans de sempre. Lana sorriu para ele, nesses breves momentos sentia seu coração esquentar, de uma forma boa.

— Esses são seus sonhos?

— Sim — ela afirmou.

A vida a tinha ensinado, de uma forma nada gentil, que ela não devia sonhar tão alto, não seria a garota brilhante, nem influenciável ao alcance de qualquer coisa que desejasse, esse espaço seria preenchido por outros. Ela esperava apenas que fosse invisível o bastante para não encontrar pessoas que causariam mais sofrimento.

— E os seus? — Lana indagou, calçando os sapatos.

— Tenho mais arrependimentos que sonhos — ele falou distraído, fitando as pernas dela.

Escondido nas profundezas dele, foi a primeira vez que ouviu Choi Mujin dizer da sua vida pessoal desde Jeju, embora o tom melancólico, Lana ficou contente por ele compartilhar algo com ela.

— Você pode sonhar mais então — Lana disse.

Levantou e estendeu os braços pelo corpo musculoso dele, poderia beijá-lo quantas vezes pudesse nunca cansaria, os olhos escuros de Choi Mujin a fitava na mesma intensidade.

— Você faz isso por nós dois, amor — Choi Mujin sorriu. — Não dá para fugir da realidade.

Uma verdade cortante que ela se via obrigada a concordar.

— Já pensou em deixar tudo? — ela se referiu a máfia.

Mas pelos olhos semicerrados que Choi Mujin demonstrou, fez Lana duvidar se não tinha pegado o caminho errado.

— Não — Choi Mujin ergueu o queixo dela, olhando seus lábios — Talvez eu goste do que faço.

— Eu percebi — falou.

Se já tinha aceitado tudo que ele era e representava, por que ainda sentia uma certa angústia?

— Não tente me mudar, Lana — ele advertiu — As coisas são o que são.

Contra isso não havia muitas sugestões, Lana ofereceu um sorriu e o beijou, como uma necessidade brutal que não poderia ser dispensável. Se era o único jeito de reprimir sua preocupação.

Tinham poucos minutos até Jiwoo vim buscá-la, eles se contentaram com os beijos e mãos que percorria pelo corpo, não era o bastante sabiam, de alguma forma a atração deles era como um vulcão ativo, sempre exalando chamas intermitentes.

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