Capítulo 29

221 32 2
                                    

Quando mais nova, nos seus exatos 16 anos, sempre observava no intervalo entre as aulas seus colegas de turma brigarem pelas coisas mais fúteis, não podia se esperar grandes razões quando suas únicas responsabilidades eram tirar boas notas e implicar por fofocas. Lana ignorava isso, seu interesse estava mais nas brigas, que sempre acabavam em alguns chutes e rolar no chão da cantina entre tapas, era isso que ela olhava como uma nota mental de se esquivar de qualquer embate com as outras garotas, deveria doer muito.

Ainda que fosse a principal vítima quando o assunto era ser atormentada por um grupo de garotas, nada passava de xingamentos ou um esbarrão intencional, no entanto no seu último ano ela tinha irritado uma garota, simplesmente fazendo absolutamente nada, as vezes ser ela mesma parecia ser motivo suficiente. Os machucados foram devidamente escondidos embaixo do uniforme, mas o desconforto era mais complicado.

Comparado como ela acordou no dia seguinte após o treino com Taeju, aquilo não era nada, seu corpo agora doía em todas as partes. Comer de manhã foi doloroso, não por Hayun está claramente desgostosa vendo o estado de Lana, e sim porque a dor parecia ter se multiplicado fazendo ela desistir na metade da comida, pensou seriamente em negligenciar todo seu trabalho para aquele dia e ficar deitada pelas próximas semanas. Contudo, fez o esforço enorme para ir trabalhar.

Na escola Park chegara a perguntar se ela estava bem, parecia que tinha sido atropelada por um caminhão, palavras dela. A jovem deu um sorriso nervoso garantindo seu bom estado, esperando ansiosamente terminar o trabalho que tinha virando torturante nas primeiras horas.

Antes que Lana pudesse escapar assim que tinha sido liberada, a advogada surgiu com seu tom autoritário para mais um trabalho. Taeju e Kang só podiam estar tramando contra ela, não tinha condições naquele momento para ir trás de qualquer suposto comprador, como se a advogada fosse dar ouvidos para as reclamações de Lana, no fim ambas seguiram para mais meia hora para o próximo destino.

— Tenho alguns analgésicos — disse Kang sem tirar os olhos atentos da rua.

— Era mais fácil ter me deixado ir para casa — disse petulante pela insistência da mais velha.

— Já dei folga demais para você não acha — falou. —Você é minha assistente não uma princesinha da máfia.

Lana riu de escárnio, nem de longe era.

— E estava incluído como assistente ficar assim? — ela apontou para o hematoma roxo no seu braço.

A advogada olhou para ela nenhum pouco afetada, quando finalmente parou o carro em uma rua silenciosa.

— Falo com Taeju depois sobre isso — avisou Kang, saindo do carro.

— De jeito nenhum! — exclamou Lana.

Ele usaria isso contra Lana com gosto, afirmando que ela era fraca e não aguentava um dia sobre suas ordens, aguentaria um pouco de dor ao invés de ver um Taeju presunçoso achando que estava certo.

— Então não reclame no meu ouvido, Lana — Kang revirou os olhos. — Há muito trabalho aqui para fazer.

A jovem pensou em retrucar, mas apenas seguiu sua chefe até a entrada de um prédio, querendo acabar o mais rápido possível. Kang bateu na porta, a qual foi aberta por um homem que olhou para as duas desconfiados, ele trocou palavras curtas com a advogada para finalmente se afastar da entrada bloqueada.

— As coisas estão na mala do carro — Kang jogou a chave para ele e fez um sinal para que Lana a seguisse. — Venha.

Toda a claridade do dia foi engolida pela escuridão dentro do prédio, luzes pouco faziam diferença criando um ambiente meio tenebroso, quis voltar pelo mesmo caminho, mas continuou passos atrás de Kang, que parecia apática ao local.

FrenesiOnde histórias criam vida. Descubra agora