Capítulo 05

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Julgava que em menos de um minuto não poderia acontecer tanta coisa, como estava errada. No momento em que seu pé esquerdo saiu do carro, Lana foi puxada o mais longe possível por Jiwoo, a mão pressionada em seu braço foi retirada somente para sua amiga começar uma listagem de sermões.

Tentou interrompê-la, no entanto, Jiwoo só mantinha atenção em frisar palavras como perigo, morte e cuidado. Lana apenas focava no rosto da garota na sua frente, os olhos estreitados sobre as sobrancelhas só demonstravam o que ela já sabia, não fora a primeira vez que vira Jiwoo assim, não a interrompeu mais, deixou sua amiga despejar toda a frustração em seus ombros.

— Chega — Choi Mujin interviu, ficando entre elas. — Ela já entendeu.

— Isso é entre nós duas — Jiwoo argumentou, se afastando dele.

— Torna-se meu assunto quando você se descontrola.

— Eu não...

— Sim, vá para casa e eu cuido dela.

Lana voltou em si quando foi mencionada, perdida no turbilhão de pensamentos, ela desviou os olhos do mafioso para se aproximar de Jiwoo. Quando a abraçou viu a mais nova ficar estática para em seguida retribuir, ela estava com medo.

— Vou ficar segura, prometo — Lana garantiu, mesmo duvidando se suas próprias palavras.

— Desculpa — ela pediu. — Não quero perder mais ninguém.

— E não vai.

Aliviada ela acenou para Jiwoo quando se foi relutante, ainda estava receosa em deixá-la com Choi Mujin, mais uma vez mostrando seu lado protetor.

Os dois seguiram para o Liber, poucas horas foram suficientes para deixá-la cansada e se permitir cochilar no carro, entre os minutos dormindo sua mente em encontrava em um mar silencioso, sem receios. Lana despertou com uma mão macia sobre seu rosto, quando abriu os grandes olhos um certo mafioso estava fitando-a.

Choi Mujin se afastou como se saísse de um transe e Lana não ousou perguntar para ter certeza, apenas o seguiu para seu local de negócios. Nunca tinha passado tanto tempo entediada, o farfalhar de papéis pareciam uma distração justa, enquanto não ia para casa.

A jovem chegou argumentar que poderia ir muito bem sozinha para casa, o que recebeu foi apenas um olhar desafiador dele, não iria sem ele, era seu veredito. Logo, qualquer ponto sem importância recebeu uma devida atenção dela, deitada no sofá ela focou na luz que ia de um vermelho escuro a beirando um branco.

— Sua cor preferida deve ser vermelha — ela ponderou, fitando o teto iluminado.

— Você tem quantos anos?  — Choi Mujin falou de sua bancada.

— 21 — virou-se fitando o mafioso. — Preta talvez?

A única resposta que recebeu foi Choi Mujin revirar os olhos impaciente.

— Por que não disse nada para Jiwoo?

Ignorando qualquer problema descritos nos papéis na sua frente, ele entrelaçou os dedos aguardando a resposta da jovem.

— Ela só estava preocupada — Lana deu de ombros, compreendia Jiwoo.

Longe de ser a melhor abordagem, Jiwoo procurara manter Lana distante de qualquer coisa que a colocasse em perigo, contudo, ali estava ela diante de um dos homens, se não o mais perigo de Seul, que a encarava com escárnio.

— Você é ingênua — ele comentou, levantou-se e parando na sua frente. — Vamos.

Retornando ao carro, ela puxou os fones da mochila, música era uma das suas distrações. A melodia suave acompanhada por uma voz grave preencheu seus ouvidos levando-a a uma terra distante. Os pingos de chuvas contra o carro abaixaram alguns graus o clima ameno, dali em diante sua pele, por debaixo do blusão de algodão, recebeu o frio repentino, já que estava no início do verão.

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