Capítulo XVIII - O começo do fim

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3 meses depois…
 
– A Chloe? – Bryan me pergunta curioso.

Minha irmã está esses dias em Toronto. Está de férias no trabalho e resolveu me presentear com a sua presença. Eu estou adorando porque ela tem me mimado bastante.

– Saiu com alguns amigos. – Respondo.

– Aleluia. – Ele diz feliz. Olho para ele e arqueio uma sobrancelha. – Que foi? Faz quase uma semana que não te agarro como deveria ser. – Diz mimoso. – A Chloe tem me deixado aflito. – Eu rio da sua reclamação válida.

Desde que a Chloe veio passar um tempo connosco que nós quase não nos pegávamos. Digo quase porque a gente só dá uns beijinhos rápidos quando a minha irmã está no banheiro. E nas madrugadas eu a deixo dormindo no quarto e vou até ao quarto de Bryan para um fazemos um sexo rápido. Fora isso, a gente tem fingido que não temos nada além de uma boa amizade. Ela nem desconfia que a sua irmã e seu melhor amigo tem se pegado já há quatro meses. Hoje foi a primeira vez que ela se desgrudou de mim.

– Então vamos aproveitar! – Digo já retirando a minha blusa e jogo-a para o lado.

– Tentação! – Ele sela nossos lábios e nos beijamos com saudades. Entrelaço meus pés em volta da sua cintura assim que ele me ergue do chão. – Netflix?

– Só se for para ela nos assistir! – Nós sorrimos um para o outro maliciosos.

– Deus, que a Chloe demore para voltar! – Ele diz enquanto subia as escadas comigo ao colo.

 
***
 

Me espanto do meu sono. Olho para o relógio na mesa-de-cabeceira e vejo que já eram 01h00. Sinto os braços de Bryan em minha cintura, e sorrio timidamente ao lembrar o que havíamos acabado de fazer algumas horas atrás, mas de repente me lembro que Chloe poderia chegar a qualquer momento e nos encontrar deitados tão intimamente em minha cama, e meu sorriso morre. Eu sei, eu deveria contar a ela, mas o que eu lhe diria? Que éramos ficantes?

Quando estava prestes a me levantar da cama, me lembro que eu havia voltado para o meu quarto e deixei Bryan em seu quarto. Quando é que Bryan veio até ao meu quarto? Me pergunto.

– Bryan? – Chamo ele cariosamente, mas ele não me responde. – Bryan? – Volto a chamá-lo e vou dando beijinhos em seu rosto para que ele acorde.

Ele me coloca por cima dele e me beija, mas assim que sinto seus lábios nos meus, o medo se apodera de mim de repente. Aquele não era o beijo de Bryan. Eu me afasto dele e saio rapidamente da cama. Acendo as luzes só para ter a certeza que era quem eu achava que era pois eu reconhecia aquele beijo.

– Harry? – Digo assustada como se tivesse visto um fantasma.

– Surpresa, meu amor! – Ele diz sarcástico me encarando da cama.

– C-como você me encontrou? – Meu coração batia aflito e o nervosismo já percorria cada molécula do meu corpo.

Eu vejo ele se levantando da cama e caminhando sem pressa até onde eu estava parada. Minha mente dizia para eu abrir a porta atrás de mim e sair correndo, mas minhas pernas não me obedeciam.

– Você pensou mesmo que poderias se esconder de mim? – Ele diz calmo enquanto acariciava meu rosto. – Lu, meu amor, eu te encontraria até no inferno.

– Por quê você não me deixa em paz? – Pergunto com as lágrimas já caindo dos meus olhos.

Harry estar aí não era uma boa coisa. Eu voltei a sentir o medo que eu achava já ter superado.

– Por que eu não posso, Lu. Você é minha!

O amor que me prendeuOnde histórias criam vida. Descubra agora