Desço apressada as escadas, fugindo do servo do Diabo atrás de mim. Tudo o que eu queria era chegar em um lugar seguro. Não queria voltar a ser vítima do homem que um dia amei tanto.
– Tranquei tudo! – Harry me avisa assim que eu tentei abrir a porta principal da casa. – Dessa vez, você não escapará de mim.
Um arrepio percorre meu corpo ao ouvir suas últimas palavras. Que boba eu fui por pensar que ele me deixaria em paz.
– Quando eu te disse que se eu não quisesse, você nunca seria de outro homem, eu não estava brincando, Lu. – Sua voz soou ameaçadora. – Mas mesmo assim, você levou ele para sua cama, sua imoral. – Seu olhar sombrio me fez engolir em seco. – Ele usou o que era somente meu. – Seu ciúme era vísivel.
– Não machuca ele, por favor! – Digo, aflita.
– Mas eu vou machucá-lo, Lucy. Eu quero machucá-lo! – Diz num tom diabólico.
– Sou eu quem você quer punir e ter de volta. Eu vou contigo para onde você quiser.
– Veja a que extremo você me obrigou a chegar? – Fala com rispidez. – Seus erros nos trouxeram até aqui.
Sinto uma ardência no lado direito do meu rosto devido o toque brusco da palma de sua mão. Em seguida, o lado esquerdo do meu rosto é atingido também. Suas bofetadas eram cada vez mais fortes. Meu corpo vai de encontro ao chão quando eu não consegui me manter equilibrada sob meus joelhos. Começo a gritar quando ele faz de conta que a minha barriga é uma bola de futebol e dá chutes em mim.
Minha voz já ficava ronca de tanto gritar. Mas por quê ninguém até agora bateu naquela porta? Será que ninguém estava escutando meus gritos? Ou estavam todos indiferentes ao que se passava naquela casa?
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O amor que me prendeu
RomantizmA minha história é bem cliché. Daquelas que a moça se apaixona pela pessoa errada e acha que ele é o amor da sua vida. No princípio, era tudo perfeito. Ele era o homem dos meus sonhos: gentil, amável, respeitador, cavalheiro. Eu fui feliz com ele. M...