Um ano depois…
Liberdade – é o que eu sinto agora depois de tanto tempo. Quando eu deixei toda a minha vida para trás e vim me refugiar no Canadá, eu estava me sentindo só, com baixa autoestima, assustada, quebrada, fragilizada, perdida, depressiva, traumatizada. Não achei que eu poderia começar tudo do zero. Não achei que eu seria capaz de sobreviver. Me sentia sem vida e tive medo que a minha dor jamais passasse.Os primeiros meses foram os mais difíceis, mas Bryan me fez se sentir que eu não estava só e que não precisava passar por todo aquele processo de recuperação sozinha. Bryan foi como um anjo para mim. Ele me ajudou tanto. Ele segurou as minhas mãos e caminhou junto comigo até eu me sentir segura para caminhar sozinha.
Tania também esteve presente mesmo estando distante fisicamente de mim. Ela sempre me fazia rir e esquecer um pouco da minha tragédia romântica. Ela não me deixou me afundar na minha dor. Chloe quase deu uma de Solange e partiu para cima de Harry quando eu lhe contei tudo o que passei quando Harry se transformou em ogre. Ela só não foi até ele porque eu lhe implorei que não se aproximasse dele.
Além deles três, mas ninguém soube do meu relacionamento abusivo e mais ninguém sabia onde eu estava. Ainda bem que eu tive eles do meu lado. Sozinha eu realmente não conseguiria sobreviver a isso. Eu me destruiria ou talvez voltasse para os braços do meu abusador e deixaria ele acabar de me destruir. Para ser sincera, em alguns momentos, eu pensei em voltar para Harry. Eu senti saudades dele e queria-o de volta.
Não sei se Harry já me esqueceu ou se ainda procura por mim, mas felizmente eu já não o amava e estava melhor sem ele. Minha vida voltou ao normal. Espero que nossos caminhos jamais voltem a se cruzar.
– És tão linda! – Bryan diz todo babão.
Sorrio para ele e lhe dou um selinho na boca, mas ele me puxa de volta e me prende em um beijo de tirar o fôlego. Há pouco mais de um mês, eu e Bryan começamos a nos envolver. Não estávamos namorando. Apenas tendo um caso.
Eu ainda estava insegura com relação a relacionamentos e ele entende os meus receios por isso que estamos apenas curtindo um ao outro sem compromisso e sem apressar as coisas. Se estávamos apaixonados? Não sei dizer, mas que desenvolvemos sentimentos além de amizade, isso com certeza.
Eu voltei a trabalhar na GF, mas a distância, e fazia tudo o que eu parei de fazer por conta das críticas de Harry e até adquiri novos hábitos e uma nova rotina. Bryan me apresentou um novo mundo e eu tenho explorado esses novos horizontes.
– Queres ficar em casa ou podemos dar um passeio? – Ele me pergunta. Sim, eu ainda morava com ele. Me sentia mais segura.
– Está frio hoje! – Digo me aconchegando mais em seu corpo debaixo do edredom buscando a quentura do seu corpo.
Bryan era um homem bonito e atraente. Seu corpo malhado desde a nossa adolescência foi motivo para várias fantasias minhas, mas nunca antes havia acontecido nada entre a gente. Só recentemente lhe contei que tive um crush por ele na adolescência.
– Netflix e pizza? – Ele pergunta.
– Sexo, Netflix, pizza, sexo e mais sexo. – Eu digo marota.
Bryan ri e se coloca por cima de mim já selando nossos lábios e me beijando daquele jeito de tirar o fôlego.
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O amor que me prendeu
RomansaA minha história é bem cliché. Daquelas que a moça se apaixona pela pessoa errada e acha que ele é o amor da sua vida. No princípio, era tudo perfeito. Ele era o homem dos meus sonhos: gentil, amável, respeitador, cavalheiro. Eu fui feliz com ele. M...