Un vignoble rien que pour nous

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O chalé é lindo! Não tenho palavras para descrever, mas com certeza consigo imaginar a cerimônia e festa no pátio. Será perfeito!

Planejar esse casamento está me fazendo desejar ter um. Eu não acredito nessas coisas e sequer tenho alguém. Mas eu fico sonhando com um altar para mim, enquanto eu caminho pelo tapete vermelho com meu lindo terno e segurando um buquê. Nesse sonho eu pareço feliz.

— Vocês gostariam de conhecer o vinhedo? — A dona do local oferece, em um inglês enferrujado.

— Claro! — Aceitamos de bom grado e seguimos a mulher.

Diversos pés de uvas cercavam a gente e eu me arrisco em roubar uma, sentindo o gosto docinho na minha boca. 

— Eu tô fazendo uma pesquisa para o meu TCC. — Josh para do meu lado, estávamos só nós dois naquele corredor, só mais a frente estava alguns trabalhadores. 

— Você não faz faculdade. 

— Shh, não estraga! — Coloca o dedo na minha boca. — Uma das perguntas é se seu beijo está com gosto de uva nesse momento. Eu poderia tirar a prova? É muito importante para o meu trabalho. — Rio da tentativa dele de me beijar e seguro no rosto dele, aproximando do meu e beijando os lábios dele.

É claro que Josh tem pressa. Ele sempre tem. Então não é incomum que a língua dele invadisse a minha boca, sentindo o tal gosto de uva.

Eu até esqueci que estava trabalhando, porque beijar ele é tão incrível. 

Após cair em mim, me afasto, empurrando a cintura dele levemente. — Eu estou a trabalho agora.

— Seu chefe tá ocupando fazendo a mesma coisa que nós. — Josh sussurra de volta, tentando voltar a me beijar. — Ah, Noah! Eu nem gosto de uva e seu beijo me fez gostar.

— Ok, ok! Mas eu não posso ficar fazendo essas coisas no horário de trabalho. — Ele está emburrado, como uma criança. De braços cruzados, peito estufado e um bico enorme nos lábios. — Olha só, eu realmente preciso dessa promoção. Então, depois do período de trabalho, você pode aparecer no meu quarto.

— Você está dizendo que está aceitando a minha proposta?

Reviro os olhos em sinal de brincadeira. — É, você venceu. Eu te beijei e estou convidando você para o meu quarto.

— Eu preciso te beijar de novo! — Antes que eu impedisse, ele já está com os lábios grudados no meu e eu perco a coragem de afastá-lo.

Às vezes, tudo bem quebrar as regras. Estou em um vinhedo lindo, sendo beijado por um cara bonito. Foda-se a minha vida profissional!

Depois desse momento, nos afastamos, quando percebemos que meu chefe e sua noiva se aproximavam. No caso, eu me afastei, porque se não Josh ainda estaria me beijando, pois ele não liga pra nada mesmo.

— Você está animada com tudo? — Pergunto para a loira. 

— Estou! E nem é pela festa. A questão de me casar com o cara que eu amo já é bastante especial.

Amor… Tudo gira em torno disso. Que chato!

Ela olha para algo atrás de mim e sai, me deixando sozinho. Ou pensava que estava sozinho, pois Josh está abraçando a minha cintura. — Tu embrasses tellement bien. Espèce de petite merde... Tu joues avec ma tête et c'était juste quelques baisers. (Você beija bem pra cacete. Seu merdinha... Você está mexendo com a minha cabeça e foram só alguns beijos.)

Não entendo nada do que ele fala no meu ouvido, mas me deixou quente de alguma forma. Foi sexy! Talvez eu tenha fetiche em alguém falando em francês, imagina no sexo um xingamento em francês.

Droga! Não posso me excitar na frente do meu chefe com a minha mente maliciosa.

— O que você falou?

— Que você deveria me deixar cavalgar em você, gemendo seu nome como uma boa puta, enquanto você maceta meu ânus e eu bato na sua cara. — Eu já devia ter me acostumado com os flertes, mas é impossível. E esse tipo de coisa só aumenta minha imaginação fértil.

— Se você me xingar me francês, conversamos sobre isso.

— Salopard! (Canalha)

— Como eu vou saber que é xingamento mesmo?

— Ma pute! (Minha puta!) — Uh, isso eu entendi e eu tinha razão, tenho fetiches em xingamentos em francês.

— Josh… A noite… 

— Espèce de bâtard, fais-moi te taquiner et tu ne veux pas aller jusqu'au bout? (Seu canalha, me faz te provocar e não quer ir até o final?) — Porra, eu quero tanto…

— Meu chefe tá em algum lugar. — Josh sai me puxando, para algum lugar e eu somente sigo ele.

Entramos numa parte do vinhedo onde não tinha absolutamente ninguém. Era só nós e os pés de uvas. E então ele me beija, de forma quente, apalpando toda a minha bunda e eu me agarro a ele como se a minha vida dependesse disso. — Tem certeza que ninguém vai aparecer? — Pergunto em meio a um gemido, enquanto ele chupa o meu pescoço.

— Tenho. — Então eu me entrego.

Eu deixo ele lamber e beijar todo o meu pescoço, passar as mãos por todo o meu corpo e me masturbar. Ele está muito empenhado no trabalho de mordiscar o meu mamilo, quando eu abro a calça dele e desço até os joelhos, me ajoelhando em seguida. Antes de fazer o que ia fazer, olho uma última vez para os lados, mas ninguém estava ali.

Não acredito que eu estou prestes a pagar um boquete no meio de um vinhedo, onde meu chefe está há alguns metros de mim.

— Allez ma petite chienne! (Vamos minha putinha!) Ninguém vai ver a nós. — Olho para ele e enfio seu grande pau dentro da minha boca, ouvindo ele suspirar. — Puta que pariu, Noah!

— Em francês. — Tiro o pau da boca para reclamar.

— Eu não tô conseguindo pensar em outra língua com você me chupando! — Resmunga. — Não é a minha língua nativa.

— Donc je pense que je ferais mieux de m'arrêter ici. (Então acho melhor parar por aqui.) — Falo, com sotaque. Eu andei treinando esses dias.

— Ah, não! Seu merde! — Resmunga. — Olha o meu estado! Fils de pute! 

— Hum… Você está voltando a se lembrar, né?

— Me chupa logo e eu juro que vou estudar muito mais francês pra te xingar quantas vezes você quiser, mas por favor, não me deixa assim. — É engraçado ver ele suplicando.

Como não sou uma pessoa maldosa e eu realmente quero chupar ele, volto a minha boca para o pênis dele, lambendo toda a sua extensão e sugando. Josh leva uma das mãos até o meus cabelos, incentivando o movimento de vai e vem, enquanto geme.

— Noah… Oh, meu Deus! — Empurra o quadril contra o meu rosto e eu quase me engasgo, mas logo me recupero. Eu sinto que ele estava quase lá, então seguro a bunda dele, puxando mais na minha direção e esse é o ápice dele, pois ele goza na minha boca. — Noah! — Grita e eu rio. — Seu filho da puta manipulador! Idiota! Corno! Canalha!

— Era pra você ter me xingando assim em francês. — Fico em pé, tirando a terra dos meus joelhos. Josh está subindo as calças, enquanto me olha irritado.

— Essa noite eu vou te fuder tanto e fazer você pagar por isso. — Ameaça, só que talvez dessa ameaça eu goste.

Âme Sœur (Nosh)Onde histórias criam vida. Descubra agora